sexta-feira, 5 de abril de 2013

O CHÁ, O CAFÉ E A LARANJA DA BAHIA




É BOM LEMBRAR: O chá foi introduzido na Europa, em fins do século XVII, da Holanda que desenvolveu a sua plantação na ilha de Java, cuja cultura desordenada encontrou um clima favorável. Chegou-nos o chá para o Brasil por intermédio da metrópole, ainda no século XVII. Os cronistas da época afirmaram que o cultivo das plantações do chá veio com os jesuítas na Bahia, depois Pernambuco e mais adiante no Rio de Janeiro. Trazido também, por mercadores da Companhia das Índias Ocidental. Os portugueses trouxeram as folhas secas e mudas da pitangueira e vassourinha para a colônia brasileira. (Fonte do livro: O Rio de Janeiro no tempo do “Onça” autor: Alexandre Passos – págns. 49) Na realidade o chá já era difundido há muitos séculos pelos chineses, Oriente Médio e toda a Ásia. A sua história remontada da China, vejamos: “A planta camélia vem de origem da China e da Índia. Sendo que o primeiro registro do chá data do século III a.C. O tratado de Lu Yu, conhecido como o primeiro tratado sobre o chá técnico, escrito no século VIII, durante a dinastia Tang, definiu o papel da China como responsável pela introdução do chá no mundo. Foi introduzido no Japão no inicio do século IX por monges budistas que levaram da China algumas sementes. ( Fonte da Google (jardim de flores)
O CAFÉ DA BAHIA:“O introdutor da planta do café, cultivado na Bahia, veio desde o ano de 1809, por Manoel Fernandes Novinho, recebeu dos Capuchinhos italianos Frei Pedro de Serravezza e Frei Marcelo de Carmagnolo, os grãos de café que lhe surtiram grande e valiosa colheita”. (Fonte do livro: Anais do 1º Congresso de História da Bahia)
“Já no Rio de Janeiro o café quem trouxe foi Francisco de Melo Palheta; sertanista brasileiro, em 1727 da Guiana francesa, até onde conseguiu penetrar, as primeiras mudas e sementes do cafeeiro no Brasil. Mas o chá continuou a ser bebida normal, quente, dos brasileiros, começando a ser superado pelo café no último quartel do século XIX.” (Fonte extraída do livro: “Rio no Tempo do “Onça” – ( séc.XVI ao XVIII )
LARANJAS DA BAHIA.
“As primeiras laranjas da Califórnia são de origem baiana. Mandadas do Brasil algumas mudas em 1830. Por um americano possivelmente do consulado americano, radicado na
Bahia. Essas mudas foram cultivadas na estufa do jardim público do Capitólio em Washington nos Estados Unidos e daí seguiram para a Califórnia por ser o clima parecido com o do Brasil, principalmente da Bahia. Tratadas com mimos, essas árvores cresceram, frutificaram e multiplicaram-se tão rápido que constituem hoje uma fonte de renda e riqueza para o Estado da Califórnia. É triste pensar que a Bahia se quisesse ter essa fortuna seria dela e o país mais promissor.
Como também nas ilhas Malásias os ingleses cultivaram em grandes extensões de terras plantas do Brasil. Principalmente a árvore chamada de “árvore da borracha” e desenvolveram maravilhosamente a cultura. É mais uma fortuna que o Brasil do tempo do Império deixou sair de regiões ricas em faunas e floras. Por não querer cultivar o que por acaso nasceu.” ( Fonte do livro: “Correio da Roça - autor: Júlia Lopes de Almeida pub. Em 1913/BA).

NOTA COMPLEMENTAR: Realmente, na capital baiana Salvador no bairro do Cabula, foi o local das famosas “laranjas seletas e de umbigos” tão recomendadas pelo povo e até indicadas por D. Pedro II para serem cultivadas em Portugal, chegando a levar para a Metrópole mudas e laranjas o que não foi possível o cultivo por causa do clima. Também no interior da Bahia em Santo Antonio de Jesus, essas laranjas eram de boas qualidades. Naquela época os domínios portugueses no Brasil só tinham olhos para o cultivo da cana de açúcar, algodão e fumo por serem os mais procurados no mercado consumidor interno e externo e o lucro eram certos. Uma vez que esses produtos já eram de grandes interesses do Império.



Trabalho de pesquisa de Álvaro B.Marques

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