É BOM LEMBRAR: O chá foi introduzido na
Europa, em fins do século XVII, da Holanda que desenvolveu a sua plantação na
ilha de Java, cuja cultura desordenada encontrou um clima favorável. Chegou-nos
o chá para o Brasil por intermédio da metrópole, ainda no século XVII. Os
cronistas da época afirmaram que o cultivo das plantações do chá veio com os
jesuítas na Bahia, depois Pernambuco e mais adiante no Rio de Janeiro. Trazido
também, por mercadores da Companhia das Índias Ocidental. Os portugueses
trouxeram as folhas secas e mudas da pitangueira e vassourinha para a colônia
brasileira. (Fonte do livro: O Rio de Janeiro no tempo do “Onça” autor:
Alexandre Passos – págns. 49) Na realidade o chá já era difundido há muitos
séculos pelos chineses, Oriente Médio e toda a Ásia. A sua história remontada
da China, vejamos: “A planta camélia vem de origem da China e da Índia. Sendo
que o primeiro registro do chá data do século III a.C. O tratado de Lu Yu,
conhecido como o primeiro tratado sobre o chá técnico, escrito no século VIII,
durante a dinastia Tang, definiu o papel da China como responsável pela
introdução do chá no mundo. Foi introduzido no Japão no inicio do século IX por
monges budistas que levaram da China algumas sementes. ( Fonte da Google
(jardim de flores)
O CAFÉ DA BAHIA:“O introdutor da planta
do café, cultivado na Bahia, veio desde o ano de 1809, por Manoel Fernandes
Novinho, recebeu dos Capuchinhos italianos Frei Pedro de Serravezza e Frei
Marcelo de Carmagnolo, os grãos de café que lhe surtiram grande e valiosa
colheita”. (Fonte do livro: Anais do 1º Congresso de História da Bahia)
“Já no Rio de
Janeiro o café quem trouxe foi Francisco de Melo Palheta; sertanista
brasileiro, em 1727 da Guiana francesa, até onde conseguiu penetrar, as
primeiras mudas e sementes do cafeeiro no Brasil. Mas o chá continuou a ser
bebida normal, quente, dos brasileiros, começando a ser superado pelo café no
último quartel do século XIX.” (Fonte extraída do livro: “Rio no Tempo do
“Onça” – ( séc.XVI ao XVIII )
LARANJAS DA BAHIA.
“As
primeiras laranjas da Califórnia são de origem baiana. Mandadas do Brasil
algumas mudas em 1830. Por um americano possivelmente do consulado americano,
radicado na
Bahia. Essas
mudas foram cultivadas na estufa do jardim público do Capitólio em Washington
nos Estados Unidos e daí seguiram para a Califórnia por ser o clima parecido
com o do Brasil, principalmente da Bahia. Tratadas com mimos, essas árvores
cresceram, frutificaram e multiplicaram-se tão rápido que constituem hoje uma
fonte de renda e riqueza para o Estado da Califórnia. É triste pensar que a
Bahia se quisesse ter essa fortuna seria dela e o país mais promissor.
Como também nas
ilhas Malásias os ingleses cultivaram em grandes extensões de terras plantas do
Brasil. Principalmente a árvore chamada de “árvore da borracha” e desenvolveram
maravilhosamente a cultura. É mais uma fortuna que o Brasil do tempo do Império
deixou sair de regiões ricas em faunas e floras. Por não querer cultivar o que
por acaso nasceu.” ( Fonte do livro: “Correio da Roça - autor: Júlia Lopes de
Almeida pub. Em 1913/BA).
NOTA COMPLEMENTAR: Realmente, na
capital baiana Salvador no bairro do Cabula, foi o local das famosas “laranjas
seletas e de umbigos” tão recomendadas pelo povo e até indicadas por D. Pedro
II para serem cultivadas em Portugal, chegando a levar para a Metrópole mudas e
laranjas o que não foi possível o cultivo por causa do clima. Também no
interior da Bahia em
Santo Antonio de Jesus, essas laranjas eram de boas
qualidades. Naquela época os
domínios portugueses no Brasil só tinham olhos para o cultivo da cana de
açúcar, algodão e fumo por serem os mais procurados no mercado consumidor
interno e externo e o lucro eram certos. Uma vez que esses produtos já eram de
grandes interesses do Império.
Trabalho de pesquisa de Álvaro B.Marques
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