Alvará de 3 de março de 1741: “Eu el-rei faço saber
aos que este alvará virem, que sendo-me presentes os insultos que no Brazil
commettem os escravos, a que vulgarmente se chamam “calhambolas”, passando a
fazer o excesso de se juntarem em quilombos; e sendo preciso acudir com
remédios que evitem esta desordem. Hei por bem que a todos os negros, que forem
achados em quilombos, estando nelles voluntariamente, se lhes ponha com fogo
uma marca em uma espadua com a letra F, que para esse efeito haverás nas
camaras; e si quando se for executar essa pena for achado com a mesma marca, se
lhes cortará uma orelha por simples mandado do juiz de fora ou ordinário da
terra ou do ouvidor da comarca sem processo algum e só pela notoriedade do
facto, logo que do quilombo for trazido, antes de entrar para cadeia.”(Fonte
extraído do livro:Album Popular Brasileiro – pág237/238 – autor Affonso Costa –
Tipografia Comercial - Bahia – 1913.)
Território dos negros fugidos – Quilombo: Termo banto
que significa acampamento guerreiro na floresta. Os habitantes dos quilombos
eram chamados de “quilombolas” ou “calhambolas” palavras também usadas por
angolanos de origem yorubá, derivadas de “ngolo-força; nbula –golpe”. Século
XVII E XVIII NA BAHIA. Como também, chamavam-se todos os escravos fugidos e sem
destino de morada “calhambolas”.
Havia muita desunião entre as étnicas e os quilombos
não houve sucessos por essas razões. O único que ficou 67 anos foi o quilombo
dos Palmares em Serra da Barriga – Pernambuco. Mas, pouco se sabe das suas
organizações em termos documental. No entanto, vários trabalhos acadêmicos e historiadores relatam fatos que supõem ter havido reinado em Palmares.
Fiz um texto
“Fatos Marcantes da Época nº 1 – Memória da Bahia. Pagina nº6 Consta no meu
Blog “Bahiatextos” – Rebelião dos escravos e suas consequências que envolvem
vários períodos da nossa História.
Muitos
africanos vindos de várias regiões da África traziam marcas no rosto (talhos),
dizia que era sinal tribal de prisioneiro em guerra. Outros aqui chegando, ao
ser vendido, o dono registrava a ferro quente a primeira letra do seu nome.
Geralmente o escravo não usava o seu nome de origem e assumia a sua nova
identidade quando tão logo chegava da viajem no desembarque após batisado declarava em registro o seu novo nome. Mas, não eram todos os proprietários de escravos que praticaram
este procedimento. Os religiosos católicos e os padres, muitos tementes a Deus, não usavam de violência com seus escravos e tratava-os bem. Esses escravos, gozavam da convivência e harmonia e não tinham marcas no corpo. Sua lealdade e honestidade em servir ao seu senhor era tanta que não raro os casos de testamento que os escravos eram citados na participação de legados familiares.
Não vou aqui relatar a História da escravidão no Brasil que durou mais de 300 anos de sofrimentos para o escravo africano e descendentes. Deixou sequelas amargas na vida dos brasileiros miscigenados.
Não vou aqui relatar a História da escravidão no Brasil que durou mais de 300 anos de sofrimentos para o escravo africano e descendentes. Deixou sequelas amargas na vida dos brasileiros miscigenados.
Material de pesquisa de Álvaro Bento Marques