Objeto atribuído a superstição com poderes de neutralizar as
energias negativas e atrair as positivas. Os símbolos de riscos geométricos
também aparecem como uma das centenas de caracteres da leitura supersticiosa
proteção e atuação catalisadora na invocação do crente. O Agnus Dey é amuleto religioso cristã, proteção divina. Surge com muita força
as Tatuagens corporais nos jovens de hoje com várias interpretações ato rebelde
ou crendice.
No passado muito distante, o índio brasileiro Tupi e Guarani
tinham suas crendices nos “amuletos” chamados de “muiraquitã” artefatos em
volta do pescoço ou preso nas orelhas. Podendo ser imagens de animais ou coisas
para enfeite; penas de aves, pedras branca, raiz de jatobá, meia lua, cachimbo,
o efeito místico está na fumaça em trair ou espantar espíritos, semente de olho
de boi. O sol e a lua fazem parte do ritual sagrado.
Os africanos escravos trouxeram da sua cultura varias
superstições populares de maioria primitiva os “amuletos” ou “patuás” em
diversos formatos de coisas e animais. Geralmente preso em cordões no pescoço
ou nas orelhas como brincos, miniaturas. As origens dos objetos confeccionados
em materiais; tecidos, madeira, ferro, metal, argila, casca de árvore, raiz,
animais, crustáceo marinho, couro de animais. Principalmente as mulheres ostentavam os "amuletos" chamados de "figa de raiz de guiné" e "figa olho de boi". Após ser confeccionado é
ritualizado antes da entrega a pessoa ou local destinado. Somente assim, o
amuleto tem o seu efeito místico.
As “bruxas” do passado, vindas de Portugal, também
implantaram a superstição no imaginário do povo. As “bruxarias” não foram
adiante por causa da inquisição tão temida no século XVIII. Não sabemos afirmar
o que restou da “bruxaria”. Mas a superstição ainda amedronta os mais céticos
das criaturas quando se trata de mistério.
São pouquíssimas as pessoas que conhecem hoje o verdadeiro
“amuleto”. Os adeptos místicos aqueles que herdaram os conhecimentos não fazem
mais essa exploração por falta de interesses das pessoas em acreditar, e acima
de tudo sentir a Fé. Nos dias atuais, encontra-se nas barracas de mercados e
locais de turismo como se fosse folclore. Cópias dos antigos “patuás” é um
rodilho de pano circular do tamanho de um limão grande podendo ser em cores
diversas. Costurado com linhas grossas, duas rodelas, uma sobre a outra, presa
nos dois lados. Com o símbolo de Salomão ou outra insígnia, dentro tem um búzio
ou outro sortilégio. Este é um dos “amuletos”. Para cada um tem que haver uma
finalidade, não importa a causa.
Sempre existiram na humanidade os poderes místicos.
Vamos acompanhar este caso: João Carpina. Ao sair de casa
tocava com dois dedos no objeto chamado de “protetor” e colocava no pescoço. O
amuleto era uma semente chamada de “chapéu de couro” tipo chapéu de Napoleão,
preso no cordão de couro de carneiro. Semanalmente, ele lavava o objeto com
“folhas sagradas” chamadas de “vence tudo”, “abre caminhos” e “comigo ninguém
pode”. Três folhas com raízes para três dias de lavagens. Estava assim,
protegendo o objeto e a si mesmo. João Carpina, como era conhecido. Foi cria da
senhora de nome Severina dos Anjos Batista, descendente de pessoas ligado ao
Candomblé de culto nagô. Cresceu o pequeno João sem pais na idolatria dos fatos
e coisas da sua seita. Tudo que o João fazia no trabalho de “carpinteiro” tinha
a sua marca na madeira talhado o chapéu de Napoleão com os dizeres “venci”.
João viveu até os 102 anos, lúcido, pouco andava com visão embasada e uma
grande certeza da Fé que ostentava no poder do amuleto como instrutor da sua
profissão. O trabalho não lhe fez rico mas muitos amigos o respeitava na
profissão e no caráter. Antes de morrer pediu ao neto que não tirasse o amuleto
do pescoço.
Esta história não é fictícia, aconteceu no século passado
(séc.XX). A história nunca repete o mesmo fato e sempre é lembrado o que não mais existe.
Batacoto