FATOS HISTÓRICOS E CURIOSOS.- Parte 1
“ A Ilha dos Frades; “Fica perto de Madre
Deus, distante a seis léguas de Salvador na Costa. Por antigas tradições,
dizem: “que a ilha dos Frades ficou com este nome depois que os índios
Tupinambás que nela habitavam, assassinaram dois Frades jesuítas que para ali
foram em missão de catequização.”
“Os índios selvagens da Bahia na época
Colonial os mais conhecidos dos Frades missionários são: Botocudos, Tupys,
Guaranys, Camacans, Tupynambás, Mongoyós, Maracás, Tobaiaras, Pataxós, Topuyas,
Aymorés, Kariris.”
(Fonte do livro; Revista do Instituto
Geográfico e Histórico da Bahia nº 46 – parte da narrativa do livro “Tradição
Baianas” – autor: João da Silva Campos.)
Usos e Costumes: Eram morenos
trigueiros, altura média, cabelos curtos e negros, fortes, rosto redondo.
Usavam plumagens de aves coloridas, anéis de couraça de tatu, ossos de paca,
dentes de cotia e capivara para colares e orelhas. Couro de jibóia e jararaca
para cobrir o corpo do tempo. Todos exerciam a caça e a pesca com arco e flecha
e guerreavam com seus inimigos quase parentes. Alguns deles eram antropófagos.
Enterravam seus mortos em vasos cerâmicos em grande ritual.”
(Fonte do livro:
Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia nº 46 pág. 42)
GÊS – Etnografia:
Um dos mais importantes grupos indígenas do Brasil, tanto sob o ponto de vista
etnólogo em geral como à língua em particular. Também são chamados grãs. Ambas
as denominações, derivadas a Von
Mathius, advêm da presença freqüente das partículas gês= pai e grã= mãe, em seu
vocabulário. O nome Tapuyas (bárbaros), usado pelos clássicos para designá-los,
corresponde também, conforme se verificou na tribos pertencentes a outros
grupos. Pelos seus caracteres antropológicos e culturais, integram a mais
antiga ou pelo menos, uma das mais antigas populações do continente americano.
Tomando por base esses hábitos primitivos e selvagens; Dormem no chão sob uma
esteira, ingerem crús a maior parte dos alimentos, e os homens usam os cabelos
curtos cortados em forma de prato ou cuia. Suas principais tribos são:
Botocudos, Aymorés, Camaçãs, Timbiras, Caiapós, Bugres, Cainganques, Pataxós,
Chavantes com barba e Chavantes sem barba, mansos, Cherentes.” (Fonte do livro:
Dicionário Enciclopédia Brasileiro – publicado em 1954).
“Muitos contrabando de ouro e escravos
foram feitos por ingleses, holandeses e franseses na Costa da Guiné, embora os
holandeses muito mais que os outros. Atacavam e saqueavam os navios negreiros e
outros com mercadorias de procedência do Brasil ou a caminho da África.”
Relação das Paróquias mais importantes de Salvador
e suas datas de fundações.
1ª) – Catedral
da Sé – Primacial do Brasil - 1553
2ª) _ Igreja
Nossa Senhora da Vitória – 1529 ou 1530 data incerta.
3ª) _ Igreja
Nossa Senhora da Conceição da Praia – 1623
4ª) _ Igreja
Santo Antonio Além do Carmo _ 1648
5ª) _ Igreja de
Sant’Anna – 1673
6ª) - Igreja de São Pedro – 1679 (velho) demolida
7ª) – Igreja de
São Pedro – 1916 (nova)
8ª) _ Igreja de
Nossa Senhora do Pilar – 1718
9ª) _ Igreja do
Santíssimo Sacramento – 1718 rua do Paço
10ª)- Igreja
Nossa Senhora de Brotas – 1724
11ª)- Igreja de
Nossa Senhora da Penha – 1760 de Itapagipe com início da construção em 1742 pelo VIII Arcebispo D. José Botelho
de Mattos (Paróquia de N. S.da Penha de Itapagipe).
12ª) –Igreja de
Nossa Senhora dos Mares – 1870
13ª) – Igreja de
Nossa Senhora de Nazaré – 1894
14ª) – Igreja de
Sant!Anna – 1913 do Rio Vermelho
15ª) - Igreja Mosteiro de São Bento (ordem dos
Beneditinos) 1752
16ª) – Igreja do
São Francisco Xavier – (ordem Franciscana) 1723
17ª) – Igreja de
Nossa Senhora da Piedade – (ordem dos Capuchinhos) 1679
18ª) - Igreja da Lapinha – ( ordem dos Agostiniano )
1771
19ª) – Igreja de
Santo Antonio da Barra – (companhia de Jesus) 1536
20ª) – Igreja da
Graça –1525/1527
21ª) – Igreja da
Palma – 1630 ( imagem vinda de Portugal )
22ª) - Igreja de São Roque – 1722 da Barroquinha.
23ª) – Igreja de
MontSerrat – 1718 de Itapagipe.
24ª) – Igreja do
Bonfim – séc. XVIII 1754
25ª) – Igreja de
Nossa Senhora do Rosário dos Pretos – ( ordem V.O.3ª S.F. ) 1701
26ª) - Igreja de São Lázaro Mendigo –
27ª) - Igreja e Convento de Santa Tereza – 1697
28ª) - Igreja e Convento do Desterro – fundado em
1677.
29ª) – Igreja e
Convento do Salete – 1861
30ª) _ Igreja de
S. Domingos – 1731 início da sua construção.
As Igrejas demolidas para o progresso
baiano:
Igreja Nossa
Senhora da Ajuda
Igreja da Sé.
Igreja de São
Pedro Velho.
Igreja de Nossa
Senhora do Rosário das Mercês – antiga.
Igreja de N. S.
da Boa Viagem – inicio da sua construção em 1712 por Frades Franciscanos.
“Igreja e
Convento de N. S. da Conceição da Lapa, fundado em 7 de dezembro de 1744, sendo
o Arcebispo Primaz do Brasil D. José Botello de Mattos foi quem mandou
construir sobre as despesas de João de Miranda Ribeiro e Manoel Antunes de Lima
e auxílios de muitos católicos ricos com intuito de enviar as sua filhas para
serem religiosas neste Convento das Religiosas Professas”(Fonte do livro: “A
Devoção do Senhor Jesus do Bom Fim e sua História”- autor: José Eduardo Freire
de Carvalho Filho.)
A FAMOSA JÓIA ROUBADA DA IGREJA DO SENHOR
JESUS DO BOM FIM
A jóia foi furtada dentro da Igreja no
dia da festa da Devoção do Senhor Jesus do Bom Fim. “ estimada de muito valor,
pequena porção do verdadeiro “LENHO DA CRUZ” em que Jesus Cristo
foi pregado e faleceu redimindo a humanidade. Essa relíquia, foi dádiva de Sua
Santidade o Papa Pio IX que entregou ao nosso virtuosíssimo Prelado de saudosa
memória D. Manoel Joaquim da Silveira, conde de S. Salvador, o qual ofereceu ao
Senhor Jesus do Bom Fim no dia 27 de dezembro de 1867; o “Lenho da Cruz” estava
dentro de um relicário de ouro cravejado de esmeralda e suspenso por um cordão
de ouro em frente a imagem de Jesus crucificado no altar mor. Mão profana
roubou essa santa relíquia e seu relicário em dia de festa que a Irmandade do
Senhor Jesus do Bom Fim fez descer do seu trono e foi colocado no corpo da
Capela à adoração dos fiéis. O esforço para descobrir o criminoso foi em vão e
nunca se soube quem cometeu tamanho crime, que se deu na administração do muito
digno Tesoureiro Dr. Thomaz de Aquino Gaspar. Não foi este o único relicário
roubado da Capela do Senhor Jesus do Bom Fim; em 1821 deu-se o roubo de outro
relicário que pertenceu a Irmandade de Nossa Senhora da Guia, pendurado na
imagem.”
“É sabido que
sempre houve roubos em Igrejas, principalmente nas Igrejas que têm muitas
Irmandades.”“Hino do Senhor do Bom Fim,
música do maestro Tenente João Antonio Wanderly e letras de Egas Muniz Barreto
de Aragão – “Pethnon de Villar”.
“Antonio Joaquim Franco Velasco, foi um
dos mais notáveis pintores filhos da Bahia, onde nasceu em fevereiro de 1780 e
faleceu em 3 de março de 1833 com 53 anos. Fora discípulo de José Joaquim da
Rocha.. Velasco fez a pintura do teto da Capela do Senhor Jesus do Bom Fim em 1818 a 1819. Os seis grandes
quadros da sacristia e os 34 painéis suspensos nos corredores da Igreja do
Senhor Jesus do Bom Fim, representa as diferentes passagens da Escritura
Sagrada. São obras do pintor baiano José Theofhilo de Jesus e os dois mais
expressivos e modernos quadros são de autoria do pintor baiano Bento Capinam
que representam a morte do Justo e a morte do Pecador.”
(Fonte do livro:
A Devoção do Senhor Jesus do Bom Fim e sua História – autor: José Eduardo
Freire de Carvalho Filho.)
“São Gonçalo de Amarante, como reza a
crônica, o milagroso Santo é patrono dos casamentos das senhoras solteironas e
das senhoritas.Na igreja do Bonfim, consta a sua devoção desde o ano de 1865
quando foi tesoureiro o Dr. José Antonio de Silva Serva.”
“As músicas das
novenas do Senhor do Bonfim é privativa, produção do notável compositor João
Manoel Dantas, nascido em Cachoeira, cidade do recôncavo baiano no ano de 1815
e faleceu em Feira de Santana no dia 9 de fevereiro de 1874.”
“As noites de novenas de festas na
Capela do Senhor Jesus do Bom Fim (era assim que se escrevia) as músicas eram
tocadas na porta por “músicos barbeiros” e cada banda tinha o seu mestre;
Manoel Francisco Nunes de Moraes, Custódio Francisco Nunes e José Antonio Etra,
que por cada música tocada recebiam em torno de 24 a 47 mil réis. Pago pela
Irmandade, depois de alguns anos, apareceu a Banda da Polícia Militar que
tocavam no coreto no largo enfrente a Igreja.”
É Bom Saber: Que os músicos barbeiros
eram escravos africanos forros, que organizavam uma banda e se apresentavam nas
portas das Igrejas e em praças públicas. Como também, nas horas vagas extraiam
dentes e faziam sangraduras.”
“ A denominação de “casas dos romeiros”
provem de terem sido edificadas para abrigar os romeiros que vinham de longe
para cumprir seus votos, dirigir suas preces, e suas suplicas na festa do Senhor Jesus do Bom Fim”.
“Foi separado a Igreja do Estado em 7 de
janeiro de 1890, por decreto nº 119 no Governo Provisório da República.”
(Fonte do livro:
“A Devoção do Senhor Jesus do Bom Fim e sua História” – autor: José Eduardo Freire
de Carvalho Filho. – publicado em 1923/Ba.)
“Rio Vermelho, o sitio que de meio
século (até inicio do século XX) se tornou arrabalde aristocrático. Outrora
povoação de pobres pescadores e de festas dos jangadeiros. Primitivos
possuidores dessas terras eram os Tupinambás.”
(Fonte do mesmo
livro acima de autor: José Eduardo Freire de Carvalho Filho)
Domingos Fernandes Calabar, polêmico, alguns historiadores considera traidor e outros não. Calabar morreu no dia 22.07.1635 em Porto Calvo, local que nasceu e morreu garroteado e esquartejado como taidor dos portugueses. Era mulato brasileiro, pernambucano, ex-militar de tropas lusitanas que virou para os holandeses. Matias de Alburquerque fez prisioneiro e julgou como traidor.
Pesquisas de Álvaro B. Marques.
Domingos Fernandes Calabar, polêmico, alguns historiadores considera traidor e outros não. Calabar morreu no dia 22.07.1635 em Porto Calvo, local que nasceu e morreu garroteado e esquartejado como taidor dos portugueses. Era mulato brasileiro, pernambucano, ex-militar de tropas lusitanas que virou para os holandeses. Matias de Alburquerque fez prisioneiro e julgou como traidor.
Pesquisas de Álvaro B. Marques.
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