sexta-feira, 26 de novembro de 2010

VESTIMENTAS REGIONAIS NA ÍTALIA SÉCULO XIII

VESTIMENTAS REGIONAIS E MODA NA ÍTALIA NO SÉCULO XIII,


“Os franceses indo a Florença, levaram suas modas de vestir. Os florentinos já acostumados com seus trajes diziam: “ o nosso traje era de anos o mais bonito, o mais nobre, o mais sério que uma nação pode usar os seus habitantes. Como eram os dos romanos, envoltos na “toga”. Agora a gente mais nova usa com uma “cota” ou “saiote” curto e estreito, que não se pode vestir sem auxilio de uma pessoa. Com um cinto que faz lembrar uma cela de cavalo, seguro pelo bico de uma grande fivela, e uma enorme sacola alemã caída sobre o ventre. Acrescenta-se um capuz a moda dos joguei, com a parte flutuante pendente até a cintura, e mais abaixo ainda que seja ao mesmo tempo capuz e manto, caso necessita, com, muitos enfeites na cabeça, quando faz frio é uso deixar crescer a barba, para que o aspecto seja mais terrível, quando se vestem com armas. Os cavaleiros adotaram um sobretudo ou “garnacha” junta ao corpo, com cinto, como acima déssemos, peles de “veiro” ou arminho, e mangas com pontas que tocam no chão. Este trajo singular, que não é bonito e nem sério, foi adotado recentemente pelos mancebos de Florença e as mulheres novas usam mangas desmedidas. Veja discriminações do historiador Varchi, no seu livro: “História” volume XII, capitulo IV anno 1341 “ Em Milão, Galvano Fiamma, também lamenta que em 1340 os mancebos de Milão, abandonassem os costumes de uso dos pais e se transformassem em figuras excêntricas; começaram a usar roupas justas e curtas a espanholas, e os cabelos cortados a francesa e deixaram a barba crescer ao modo bárbaro. A montar cavalos com enormes esporas tipo alemã e a falar línguas como os Tártaros.

As mulheres também trocaram os costumes por outros bem piores em extravagâncias. Saem com vestidos esticados, descobrem o seio e o pescoço, que cingem de anéis dourados. Usam vestidos de seda e até com fios de ouro. Cobrem a cabeça de frisados ao modo estrangeiro. Apertadas em cinto de ouro, parecem amazonas no modo de cavalgar. Usam sapatos de ponta, jogam os dados, montam cavalos de guerras com luzidas armaduras e o que ainda é pior, os corações viris. Como a liberdade das almas é ocupação de toda a mocidade, tudo se consome em adornos feminis.”

“De noite, é muito costume andar nas ruas quase todos cobrem a cabeça com “Tocchi”. E os ombros com capas chamadas a espanhola, isto é, com romeira. Para uso em casa, trazem geralmente nos ombros um “palandau” ou um “catalão”e na cabeça um grande barrete, no verão usam-se uma “chimarras” de algodão ou “gabardinas” de sarja, e um

barrete pequeno. Para montar a cavalo, põe-se uma capa ou um gibão de pano ou camisão e de feltro quando se viaja. As calças são golpeadas nos joelhos e forradas de tafetás nas coxas: Há quem aplicam enfeites de veludo em cores.

Todos os Domingos se muda de camisa, que é franzida no pescoço e nos punhos, como toda a roupa é trocada, até o cinto, as luvas e a bolsa. É dia de missas e passeios nos jardins e praças públicas. Nos cumprimentos não se tira o capuz, exceto se o cumprimento é dirigido ao Magistrado supremo, ao bispo ou cardeal, apenas se levanta diante com os dois dedos para saudar os cavaleiros e inclinando de leve a cabeça em sinal de amizade.” (Texto extraído do livro: História Universal – autor César Cantu pásgs. 146 a 148 do vol. 13º livro. Publicado em 1879. – cópia fiel ao original)

É BOM SABER: No século XVII a moda veio com regras da França e não mais da Espanha, como no período anterior, influenciando a moda nos demais países da Europa e suas concessões. Assim venho a Revolução Industrial que popularizou a moda francesa e inglesa.

Trabalho de pesquisa de Álvaro B. Marques.

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