sábado, 27 de novembro de 2010

TRAPICHE


Os Trapiches foram instituídos no século XVIII, para armazenar mercadorias importadas e exportadas e cresceram com o desenvolvimento portuário. O comércio se expandiu muito, chegando a encontrar entraves por falta de infra-estrutura. As casas comerciais iniciaram na antiga rua do Corpo Santo e logo depois até a rua Portugal, próximo ao Mercado Modelo. Mas para chegar até está rua, houve vários aterros e se estenderam proporcionalmente até Água de Menino, conforme as necessidades do comerciante. Geralmente eles eram proprietários associados dos Trapiches que vinham ter o nome do principal fundado.
Trapiche Barnabé, fica na área do Pilar, antiga freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Os Trapiches de um modo geral não ofereciam segurança, havia constantes incêndios e roubos freqüentes. Nos Trapiches eram armazenadas mercadorias que vinham da Europa: Produtos manufaturados e alimentos, tais como; bacalhau, vinho, tecidos, louças, alfaias, especiaria, etc. Como também armazenava produtos de nossa exportação das regiões dos recôncavos baianos, como sejam: açúcar, fumo, cachaça, cacau, algodão, café em períodos distintos, sempre acompanhando o desenvolvimento da produção baiana.
Dentre as funções ocupacionais, existentes nos Trapiches, que existiram internamente: almoxarifes, que cuidavam do armazenamento e conferência das mercadorias, os carregadores (escravos) e outros vigilantes externos e internos noturno.
Havia sempre a visita de fiscais da Alfândega e dos proprietários das mercadorias. Mas, precisamente no período Imperial e da República. O comércio de exportação e importação ficavam em mãos de estrangeiros, principalmente ingleses, no século XVIII e XIX. Em conseqüência do desenvolvimento nas exportações os Trapiches tornaram-se obsoletos e veio a necessidade de se expandir. Criando assim, os armazéns das Docas do Porto de Salvador, que por sua vez, hoje estão desativados.
Trabalho de pesquisa de Álvaro
Fonte: Associação Comercial e o livro: “ Da Bahia que eu vi” autor: João Varella.
“Memória sobre o Estado da Bahia” – Francisco Viana.

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