sexta-feira, 26 de novembro de 2010

AS PRIMEIRAS LOJAS MAÇÔNICAS NA EUROPA E DO BRASIL

AS PRIMEIRAS LOJAS MAÇÔNICAS NA EUROPA
“A primeira sociedade maçônica de que há notícia, foi a Confraria de Yorf do ano 926, que estabeleceu uma hierarquia legal, baseada em tradições muito mais antiga, e dividiu os obreiros em mestres, companheiros e aprendizes. No século XI, o bispo de Utrech foi morto pelo pai de um mancebo frisão, chamado Plebes, que roubou o segredo (arcanum magisterium) de fazer os alicerces de uma igreja.
Quando Erwin Steinbach (1318) começou a catedral de Strasburgo, fundou nesta cidade uma loja, modelo central das outras lojas espalhadas por toda a Europa. Os chefes destas sociedades locais, reuniam-se em Ratisbona em 25 de abril de 1459. Redigiram o pacto de confraternidade que reconhecia a loja de Strasburgo como a principal, perpetuamente, e o seu presidente ou venerável como grão mestre de todos os maçons da Alemanha. O Imperador Maximiliano aprovou este instituto em (1498), que depois foi confirmado por Carlos V e Fernando I e as suas constituições foram reformadas e imprimidas em 1563.
Os mestres, companheiros e aprendizes, formavam um corpo com jurisdição especial. Mas a jurisdição da loja de Strasburgo estendia-se sobre todas as outras, e os seus membros julgavam sem apelação as causas levadas perante ele. Em conformidade com os estatutos. Desta loja principal, dependiam as oficinas da Hungria e da Síria.
No recinto do edifício em construção, elevava-se uma cabana de madeira, e era ali que o mestre principal, sentado debaixo de um baldaquino e com a espada nua na mão, ditava as suas sentenças. Para não confundirem com a Turba, que só sabia manejar o martelo e a trolha, os maçons inventaram sinais de reconhecimento, uma iniciação simbólica, e guardaram um segredo tradicional, que só se revelava aos iniciados a medida que eles iam subindo de graus. Adotaram por símbolos os instrumentos da sua arte, o esquadro, o nível, o compasso e o martelo, fazia lembrar o martelo do Deus Thor.
Em toda a parte onde iam trabalhar, faziam contatos especiais. Ainda existem documentos de uma celebração no tempo de Henrique VI da Inglaterra. Entre os sacristães de uma paróquia de Sultalk e uma sociedade de pedreiros livres (franco-marcon) no qual se estipula, que cada obreiro recebera um avental branco e luvas de pele branca e seria edificada para todos uma loja coberta de telha. Bem melhor do que está sem entradas e pouco seguras e não têm estalagens. Os maçons são obrigados pela sua profissão a mudar muitas vezes de residências, comprometendo-se a hospedar uns aos outros. É possível que agregassem a sua sociedade pessoas estranhas a arte, ou para elas serem auxiliar nos trabalhos.Como também, para obter informações privilegiadas. Posteriormente, as suas doutrinas estenderam-se a filosofia, a moral, a política. As lojas maçônicas foram ativos instrumentos das revoluções sociais.
Essas lojas, segundo a tradição, que se perpetuou, datam da época de Salomão e tiveram origem em fato ocorrido durante a construção do templo dos israelitas.” Entre os segredos das lojas maçônicas inclui-se a ciência dos números místicos e das formas simbólicas, mediante as quais se edificava pelo modelo da Jerusalém Celeste; para a realização desta idéia, criou-se a arquitetura o sentido nas formas geométricas dos edifícios dando proporções gerais e todo o seu conjunto com ornato vegetal, tão variado nos efeitos orgânicos nos princípios até as paredes em vidrais coloridos, davam transparência. Até as estátuas e as pinturas decoravam por dentro e por fora. As ogivas, as flechas arrendadas, os florões em forma de trevo, as linhas piramidais ou perpendiculares exprimiam a aspiração para o céu. Tudo advertia que a Igreja não é um monte de pedras, mas um edifício vivo de que Jesus é a pedra angular e de que os fiéis são membros.”
“Alguns disseram que quando decaíram as corporações hierárquicas nos séculos XIV e XV, foram substituídas na arte de construção por corporações seculares e receberam delas certas crenças esotéricas, as quais se transmitiam verbalmente ou por sinais convencionais esculpidos nos monumentos. Nas catedrais góticas encontra letras e figuras cujas significações ignoram. É possível que apenas sejam marcas dos arquitetos ou indicações destinadas a auxiliar os pedreiros na colocação das pedras. Mas há também, quem as considere como caracteres simbólicas do ocultismo.”
NOTE BEM: O texto acima foi extraído do livro “História Universal” do autor: César Cantu – publicado em 1879 nas págs.454 a 459 e 466 a 467 vol. XIII.) mantido o Português da época – cópia idêntica ao original.
“A maçonaria surgiu durante a Idade Média na Europa, quando a poderosa Igreja Católica proibia reuniões de pessoas que pudesse questionar ou colocar em risco seu domínio. Assim, para fugir dos inquisidores católicos, grupos da iniciante classe média que foram ( intelectuais, artesãs e comerciantes ) criando uma sociedade secreta a Maçonaria que visava a busca da verdade através da razão e da ciência e não apenas através da fé.”
As primeiras corporações Maçônicas: As grandes lojas da Inglaterra (1717), Irlanda (1726), França (1728), Escócia (1736) foram as principais na Europa.
A PRIMEIRA LOJA MAÇÔNICA NA BAHIA – Foi na casa sobrado do coronel Paulo de Argolo, situada na Barra, referiu-se na época sendo a primeira Loja instalada da Maçonaria no Brasil, sob a denominação simbólica de “Os Cavaleiros da Luz” esse memorial dia foi 14 de julho de 1797. Aí foi criada a “Revolução dos Búzios” ou “Revolta dos Alfaiates” em 1798 no dia 25 de agosto a morte dos quatros principais participantes: João de Deus do Nascimento, Lucas Dantas de Amorim Torres, Luis da França Pires e Manoel Faustino dos Santos –“ a corda parte do lado mais fraco”. Porque esses foram ditos os principais participantes. Mas na realidade houve várias figuras importantes como por exemplo: Cipriano Barata de Almeida, Muniz Barreto e outros. O delator da conspiração foi o padre José da Fonseca Nunes”.
A Carta Régia de 28 de janeiro de 1808 e o Decreto de 16 de dezembro declara a abertura dos portos do Brasil ao comércio do mundo e elevando-a à categoria de Reino, apontaram-lhe o caminho da liberdade. Começaram a crescer os frutos das idéias liberais impulsionadas pelas sociedades as quais na Bahia tiveram participações ativa.
Nesta época floresceram as Academias e as Sociedades, dentre elas temos: Academia Brasileira do Esquecido – fundada em 7 de março de 1724 até o dia 4 de fevereiro de 1725. Academia dos Renascido – fundada no dia 19 de maio de 1759. Academia de Letras da Bahia – fundada no dia 7 de março de 1917. Todas participavam intelectuais baianos com ideais Liberais. Já no século XIX surgiram as mais importantes organizações abolicionistas e francas liberais como sejam: Sociedade 2 de Julho – a primeira sociedade emancipadora de escravos da Bahia, fundada em 1852 pelos estudantes da Faculdade de Medicina.Durante alguns anos alforriou vários escravos. Fizeram parte nessa sociedade os alunos: José Luiz de Almeida Couto foi presidente desta entidade. Aristides Cezar Spinola Zama, Jerônimo Sodré Pereira, Virgilio Climaso Damásio e outros vultos.
Sociedade Libertadora 7 de Setembro – foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1869. Seus presidentes foram: Dr. Abílio Cezar Borges (Barão de Macaúbas ), conselheiro José Luiz de Almeida Couto, Dr. Francisco José da Rocha e os conselheiros Manoel Pinto de Souza Dantas e Salustiano Ferreira Souto. Essa sociedade começou a funcionar em 1869 e paralizou-se em 1878. Restituiu a liberdade cerca de 500 escravos ao longo dos 9 anos. Sempre no dia do aniversário da sua fundação e celebrava o ato com a Carta de Alforria.
Sociedade Humanitária Abolicionista – fundada no dia 26 de setembro de 1869 e seus fundadores foram: Dr. Antonio Ferreira Garcez, professor Austriciano Coelho Hermelino Estevão de Sant’Anna, coronel Joaquim Antonio da Silva Carvalhal e outros componentes da diretoria. Teve pouca duração.
Sociedade Libertadora Bahiana ou Sociedade Abolicionista Bahiana – fundada em 1883 pelos srs. Pampilio da Santa Cruz, Eduardo Carigé e o conselheiro Luiz Álvares e
outros da diretoria. Havia 30 sócios e levou 4 anos de existência, chegando a emancipar cerca de 50 cativos.Foram essas Academias, Sociedades e Confrarias ou Irmandades que tiveram uma enorme importância na liberdade dos escravos na Bahia e recôncavos baianos. Como também fizeram parte de revoltas de pensamentos liberais em distribuições de panfletos para incentivar o povo a se libertar de Portugal.
A Maçonaria brasileira nasceu em 1796 em Pernambuco, sem comprovação documental
A Maçonaria atual no Brasil, possui fins filantrópicos e filosóficos, buscando o progresso da humanidade. Apesar de não possuir definição política ou religiosa a Maçonaria sempre procurou interferir no campo político ideológico. O que faziam ora estar no poder, ora serem perseguido.
A Grande Oriente do Brasil – fundada em 17 de junho de 1822 é que faz a ramificação ideológica de todas existente no Brasil.
É BOM SABER: A Sociedade Maçonica União e Segredo em 09.09.1876 - Faz mensão de doação no valor de cem mil réis para ser aplicado no Asilo de Mendicidade da Bahia. Sua frase: "Fazemos o que podemos, não o que quisermos." nesta época era Presidente da Sociedade Antonio Leonardo Pereira.(Fonte:Pasta/maço nº1575 Sociedade/Documentos no Arquivo Público do Estado da Bahia.)
MINHA MENSAGEM: SER MAÇÔNICO É CONSTRUIR O SEU PRÓPRIO ALICERÇO.
TRABALHO DE PESQUISA – Álvaro Bento Marques.

Um comentário:

  1. Parabéns pela esta belíssima peça de arquitetura a qual trouxe grande informações Maçonicas para eu. Obrigado pela a oportunidade que me deu de poder ler e compreender este pergaminho e grandes e importantes da história da Maçonaria no Brasil e no mundo.

    ResponderExcluir