sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PEQUENAS BIOGRAFIAS DE HOMENS NOTÁVEIS


Caetano Lopes de Moura, nasceu na Bahia em 1780. Filho de modesto marceneiro, foi na sua infância aprendiz de sapateiro. Cursou com muito sacrifício os estudos de Medicina. Ao fim dos quais, não quiseram doutorá-lo por ser preto. Passou a residir na Europa doutorando-se em Paris, onde ficou clinicando com sucesso. Napoleão I nomeou-lhe médico do Exército e da Armada Imperial. Mais tarde o Imperador D. Pedro II deu-lhe uma pensão em dinheiro quando já estava morando no Brasil. Foi mestre em Latim, escritor. O Seu nome é a melhor definição da palavra – VONTADE.” ( Fonte extraída do “Novo Guia da Cidade do Salvador”- biografia e lendário – edição de 1953.)
Luis Monteiro Caminhoá – Nasceu na Bahia em 1842, organizou as Colônias Agrícolas para delinqüentes menores e a sua recuperação para a sociedade. Foi o precursor na Bahia do sistema presídio/colônia para menores infratores.Formou-se em engº. Agrônomo na França, tendo sido premiado pelo governo Francês.”
( Fonte extraída do livro: “Novo Guia da Cidade de Salvador”- Biografia e Lendas – Oferta da Colônia Espanhola na Bahia.)
Afonso Sertão Domingos – Bandeirante na Bahia, sob as ordens do senhor da Torre. Homem destemido dos fins do século XVII. Fez diversas Entradas no sertão baiano até o Piauí. Dessa circunstância foi que surgiu o apelido “Sertão Domingos”. Obteve com isso enorme fortuna em prédios, gados, terras e fazendas cultivadas. Na sua morte doou aos jesuítas.” ( Fonte extraída do livro: “ Novo Guia da Cidade de Salvador”- Biografia e Lendas – Oferta da Colônia Espanhola na Bahia.)
Mem de Sá, morreu na Bahia e está enterrado na Catedral Basílica, sua Igreja do Colégio dos Jesuítas aonde seus restos mortais repousa. É uma honra para nos baianos. Sua oração fúnebre foi rezada por Nóbrega em vida, resumia-se em três palavras:
“Prudência, Zelo e Virtude”.
Aqui perdeu um filho, Fernão de Sá, quando o mesmo foi em expedição para caçar os índios Aymorés. Expulsou os intrusos franceses, já enraizados na Guanabara. Fundou o Rio de Janeiro, povoação honrada que quisera Thomé de Sousa, para que nestas paragens houvesse outra cidade de Salvador ( a Bahia qualificativa: obrigado Mem de Sá ). Deixou aqui seus bens vinculados, falta de descendestes. O filho Francisco morreu cedo e a filha Filipa não teve herdeiros.
Assim disse Anchieta “ajudou a fazer as suas custa; as igrejas do Colégio dos Jesuítas, a Sé e a Misericórdia.
Serviu-nos, defendeu-nos, deu seu sangre – a vida de um filho – deu-nos seus bens, deu-nos seus anos derradeiros, morrendo entre nós, enterrados no nosso solo. Que mais? Bendito seja Mem de Sá.”
O primeiro músico notável da Bahia, foi Euzébio de Mattos ou Frei Euzébio da Soledade. Nasceu em 1629 e faleceu em 7 de julho de 1692. Discípulo do Padre Antonio Vieira; mestre em filosofia no Colégio dos Jesuítas. Foi músico, compositor, poeta, filosofo, matemático, pregador e desenhista.
Afirmam ter sido um dos maiores talentos que o Brasil já teve. Irmão de Gregório de Mattos o “boca do inferno”. O Padre Antonio Vieira afirmava: “ que Deus se abastara em o fazer em tudo grande e não o fora mais por não querer”. Referindo-se ao irmão Frei Eusébio da Soledade porque tudo ele sabia, mais do que os outros”.
Silva, Juvenal Galeno da Costa – Poeta prosador brasileiro, natural do Ceará, nascido em 1836 e faleceu em 1931. Suas composições foram de grande espontaneidade e eminentemente populares. Escreveu e publicou: “Prelúdio Poéticos”, “A Machadada”, “ Lira Cearense” “Lendas e Canções Populares”. Obras em versos e “ Cenas Populares”; Folhetins de Silvanus – Medicina Caseira – Prosa.”(Fonte extraída: “ Novo Guia da Cidade de Salvador” – Biografia e Lendas – Oferta da Colônia Espanhola na Bahia.)
Manoel Roque – O laborioso artista é o honesto tesoureiro da Sociedade Abolicionista Baiano. É difícil dar uma dimensão do amor que ele tinha pela causa da Liberdade, este obscuro cidadão. Na qualidade de tesoureiro, exerceu com irrepreensível capacidade.
Por muitas vezes, suas parcas economias foram depositadas para completar despesas da Sociedade. Porque a receita da Sociedade não dava para cobrir os gastos. Os donativos em dinheiro nem sempre cobria a compra de uma “carta de alforria”.
Homem do povo, preto, artista mecânico. Manoel Roque foi mais útil a Bahia do que muitos notáveis que passaram a vida comodamente, encerrados na concha do egoísmo e não reconhecendo os deveres da sociedade.
Manoel Roque tinha boas amizades e estima de muitas pessoas cultas da Província. Ele ouvia dessas pessoas as razões contra a escravidão e reproduzia entre os menos inteligentes os novos ideais. Era um propagandista, não se limitava a ouvir, lia bastante e estava sempre atualizado nas causas abolicionistas do país. Sua morte em 18 de novembro de 1875 privou os abolicionistas do servidor da propaganda em panfletos em que distribuía ao povo. Ficamos sabendo muito pouco sobre ele e lamentamos por não saber.
Manoel Roque tinha outro ofício de sapateiro, trabalhava na Baixa dos Sapateiros na esquina da ladeira do Alvo, dentro de uma porta de casa nº 27. Ali ele reunia os amigos e passava os panfletos abolicionistas.
É curioso dizer que a maioria dos auxiliares abolicionistas eram artífice em vários seguimentos. A maioria sabia ler e escrever, sempre revoltosos e quando não morriam na forca eram presos nas enxovias públicas..”
(Fonte extraída do livro: “A escravidão o clero e o abolicionismo”)
Pedro Álvares Cabral – nasceu em Belmonte/Portugal, nos anos de 1467 ou 1468 não há certeza do ano. Foram seus pais; Fernão Cabral e D. Isabel de Gouvês. Filha de D. João de Gouvês, alcaide-mor de Castelo Rodrigo. Era casado com D. Isabel de Castro, filha de D, Fernando de Nóbrega.
D. Manoel galardôo os seus serviços dando-lhe uma tença de 13$000 por ano e mais 2$437 por mês de moradia e em 1502 outra tença de 30$000.
O visconde de Porto Seguro, historiador brasileiro, descobriu em 1829 o jazigo do grande navegador na sacristia do Convento da Graça, em Santarém.”
Américo Vespúcio – Nasceu em Florença em 1451. Visitou a América quatro vezes, deixando as relações de suas viagens escritas em Latim, as quais foram traduzidas e imprensas em 1532 em Paris. Morreu em 1514 na ilha Terceira.”
(Fonte extraída do livro: “ A Margem da História da Bahia” autor: Francisco Borges de Barros.)
É BOM SABER
O jesuíta José de Anchieta chegou á Bahia em 13 de junho de 1553 – levou 43 dias de viagem de Lisboa a Salvador. Chegando a Salvador, o jovem catequista com 20 anos. Abriu um curso das línguas latinas e portuguesa. Não só para os filhos dos colonos, mas também, para os meninos indígenas em que ele chamava de “catecúmenos”. Foi Anchieta portador e o primeiro a exercer no Brasil o magistério e o primeiro a escrever a “gramática da língua tupy” a qual aprendera com invulgar saber.”
(Fonte extraída do livro: “Riscadores de Milagres” autor: Clarival do Prado Valadares páds. 137 e 138 – pub. MEC.)
“Segundo consta no livro “Revista do Inst.Geo. e Hist. da Bahia, págs.136 e 137 de nº46 “Notas Elucidativas”- “A 8 de maio de 1553 partia de Lisboa o Padre Luiz Gran, acompanhado com o segundo governador geral do Estado do Brasil, D. Duarte da Costa, e entrava, a 13 de julho do mesmo ano, no porto da Bahia da cidade do Salvador, conduzindo um novo e valioso reforço constante de seis missionários, dentre os quais se destacava o celebrado irmão José de Anchieta. Nomeado Provincial, promoveu esforçadamente a obra missionária, consolidando os núcleos de evangelizações criados pelo Padre Nóbrega, seu antecessor imediato, e suscitando outros novos. Não contente com isto, tentou o Padre Gran levar em 1562 o trabalho dos aldeiamentos aos índios da margens do rio S. Francisco, nada conseguindo por causa da “peste da bexiga” que, de Itaparica se havia propagado com intensidade em 1563 e da grande fome de 1564.”
(relado: “Descrição Histórica e Geográfica do Município de Curaçá” autor: João Mattos) – (Fonte extraída do livro: “Revista do Inst. Geo. E Hist. da Bahia – nº 46)
Ribeiro de Sousa, Joaquim Augusto “Artista dramático, brasileiro, nasceu 1825 e morreu em 1873. Foi o primeiro ator nacional a interpretar dramas da Escola Realista. Introduzindo-a nos palcos brasileiros. Abaixo dele foi João Caetano em popularidade, pelo alto poder de interpretação.
Joaquim Augusto atingiu o apogeu nos palcos a partir de 1851, quando teve um grande mérito: conseguiu superar nos palcos suas deficiências físicas, pois era cego, manco e surdo. Morreu como nasceu pobre e esquecido.”
José Maria da Silva Paranhos, “o Visconde do Rio Branco. Nasceu em 15 de março de 1819 e faleceu em 1º de novembro de 1880. Foi um ilustre estadista, baiano, senador do Império, conselheiro do Estado no Rio de Janeiro. Morreu cheio de honras com serviços prestados ao seu país. Para perpetuar o nome, basta citar uma data 28 de setembro de 1871. em que o mesmo promoveu a lei do ventre livre, percussor lucilante de 13 de maio de 1888 em que a Pátria e a Igreja registraram na História um dos seus maiores dias. Suas palavras foram: “Ninguém mais nascerá escravo no Brasil” Por este e outros feitos profícuos como estadista em vias diplomática, integrou e aumentou o nosso território Nacional. Foi inaugurado na Av. Sete de Setembro a sua estátua de bronze com seu tamanho por iniciativa da Associação Comercial da Bahia.” ( Fonte extraída do livro: “Bahia Histórica” – autor; Sílio Boccanera Jr.)
“ A estátua do Barão do Rio Branco, foi inaugurada em 13 de maio de 1919. A estátua e os altos relevos em bronze foram fundidos em Nápoles/Itália. Já as ornamentações, folhas e símbolos, foram fundidos aqui em Salvador, nas oficinas da Escola de Belas Artes, projetos e esculturas do artista Pasquale de Chirico, italiano de méritos comprovados. A base de sustentação é de granito róseo extraído do nosso Paraguassú, onde existem granitos de cores variadas.”(Fonte extraída do livro: “O Baluarte”- autor: Altamirando Requião – públ.. Em 1940/Ba.)
“Dom Fernando José de Portugal, Marquês de Aguiar. Prestou inestimáveis serviços à Bahia e outros relevantes no Rio de Janeiro. Lá ele foi conde e depois Marquês. Fora também, governador geral e Vice-Rei de Estado do Brasil em 1801. Faleceu em 1817 no Rio de Janeiro. Na Bahia, teve seus méritos e louvores. Mandou construir Fortes levantou muralhas de pedras que sustenta a Ladeira da Misericórdia, via de muita importância para o comércio que liga a cidade Alta e a Baixa. Mandou construir o Hospital Militar no local que fora o Colégio dos Jesuítas abandonado desde a expulsão dos mesmos em 1759. Antes de ser chamado Hospital Militar, sua origem vem do “Ensino Médico-cirúrgico” e mais tarde foi criado a Faculdade de Medicina. Promoveu e execulta a “cadeia pública” nos baixos do Paço do Senado da Câmara (hoje sede da Prefeitura Municipal) e a praça é reconstruída. Determina à Câmara Municipal um subsídio para “inteligência e prendados baianos” “irem em outros centro estudar utilidades para o país.” O que seja hoje bolsa de estudos. Regulamenta a conservação das matas e reflorestamento. Pensava no futuro das nossas florestas, ato de pioneirismo da época, idéias avançadas e muita visão para o futuro. Mas, seus subordinados nada os fizeram para evitar os cortes de machados nas árvores que já eram seculares e transportes para o exterior de madeiras nobre como jacarandá, pau-brasil, vinhático e outras. Cria a “cadeira de ensino público de geometria” na capital. A pedido de negociantes, consegue do Príncipe Regente, o Branco da Bahia em 1817. Determina a construção da estrada e comunicação de Camamú á Monte Alto. Abole o monopólio do sal. Planeja um horto botânico no local que hoje é o “Passeio Público” antes era jardim de plantas brasileiras. Manta levantar a “carta hidrográfica da Bahia” Esses são os feitos históricos de um grande mandatário do Brasil do século XIX.”
(Fonte extraída do livro: “ Livro de Hora” – autor: Afrânio Peixoto)“Ás vezes, porém, o esquecimento da História que nem sempre premeia os que mais merecem, deixa no silêncio das coisas deslembradas, nomes e fatos daqueles refulgentes iluminados.”
“Relembrar, pois, os que a ingratidão dos tempos relegou para a inutilidade dos ouvidos castigados; avivar na memória dos contemporâneos grandes fatos olvidados, tirar dos fatos pretéritos a lição moral, como guia e exempla às obras e atos de hoje não nos parece idênticos sem méritos e missão sem nobreza.” ( Wanderley de Araújo Pinho)
Meus Comentários: Uma grande ação nem sempre é revelada em vida guarda-se na lembrança para à História dos heróis ou santos. (Álvaro)
Na casa sobrado do coronel Paulo de Argolo, situada na Barra. Foi a primeira Loja instalada da Maçonaria do Brasil, sob a denominação “Cavaleiros da Luz” esse memorial dia 14 de julho de 1797. Aí foi criada a “Revolução dos Búzios” ou “Revolta dos Alfaiates” em 1798. A morte dos principais participantes que eram todos humildes pessoas do povo “ a corda parte do lado mais fraco” não mereciam tanta crueldade. O padre delator dessa conspiração José da Fonseca Nunes deve estar até hoje sua alma em gritos na profundeza do inferno.”( Fonte do livro: Bahia Histórica – autor: Silio Boccanera Jr.)
Cipriano José Barata de Almeida –“o revolucionário de todas as revoltas”.Nascido na Bahia em 1762. Médico, líder na política do Brasil da Independência. O que lhe valeu várias prisões e maus tratos, Deputado, polemista. Sofreu prisão em Pernambuco, Jornalista. Morreu na indigência.” ( Fonte do Novo Guia “Estribela” publicado em1953/Ba.)”
Em 30 de agosto de 1605 – Nasceu na Bahia Frei Vicente Salvador, erudito brasileiro que ingressou para a Ordem Seráfica, foi considerado por seus estudos severos e grande ciência, um dos mais doutos de sua Ordem. Escreveu a “História da Província Seráfica do Brasil” (Fonte do livro: Almanak da Província da Bahia – ano 1881)
O historiador Sebastião da Rocha Pitta, nascido na Bahia em 3 de maio de 1660 e fez a obra “História da América Portuguesa” referindo-se a cidade da Bahia (Salvador). Neste livro ele aborda o “Dique do Tororó” que foi construído por invasores holandeses. Desde as baixas do convento de S. Bento na Barroquinha até o sítio denominado Sete Portas, seguindo direção até o rio Camarogipe, sempre ao lado da estrada da Valla, privando-se por essa forma que os ditos lagos fossem desaguar no “Dique” como outrora. Faleceu em 2 de novembro de 1738 aos 78anos. Deixando o nome em destaque na literatura histórica do Brasil.” (Fonte do livro: Revista do Inst.Geográfico e Histórico da Bahia nº 68?1942)
TRABALHO DE PESQUISA DE ÁLVARO B. MARQUES

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