terça-feira, 19 de outubro de 2010

CARNAVAL OU MICARETA

"mi-carême dos franceses, origem no Rio de Janeiro".

“No meio da quaresma não havia um dia de “gasosa” dado pela Igreja para suspensão das penitencias e dos jejuns.” Mas o povo africano com permissão da Igreja e da Irmandade do Rosário, criaram a Festa do Rosário em que os pretos escolhiam o seu imperador, imperatriz, rei, rainha e cortesões desta corte. Os pretos eram congos, angolas, minas, tapas, benguelas e de outras nações africanas, trajavam ricas vestes e luxuosamente adornados percorriam as ruas da cidade, cantando e dançando ao som de rudes instrumentos. Davam fim ao divertimento reunindo-se todos no antigo Campo de Sant’Anna. E não havia desordens, facadas ou tiros Fazendo comparação entre os negros da Bahia e os do Rio de Janeiro, o Conde dos Arcos, asseverava ter visto no precitado local, perto de dez mil pretos contentes e satisfeitos, bailando em boa ordem e com aplausos da gente branca. “Dizia o Conde que era isso devido ao bom tratamento dado pelos senhores aos seus escravos do Rio de Janeiro. Chegavam eles a gastar de seu bolso grande quantia para ver os seus escravos fazerem boas figura. Já os senhores da Bahia, além de maltratar os cativos e de lhes dar muito trabalho os matavam de fome como forma de castigo, dentre outras torturas em caso de roubo e desobediência. Daí, acrescentava o futuro ministro do príncipe D. Pedro, em 1821. Que se explica as grandes revoltas dos escravos na cidade do Salvador e seus recôncavos como sendo um dos maiores motivos a proibição dos seus hábitos e religião.”

Já havia nesta época pessoas brancas com o rosto coberto uma espécie de máscara a que os antigos deram o nome de “serração da velha” como sendo o Carnaval da Europa.

(Fonte do livro: “Revista do Instituto Histórico Brasileiro” nº 147 pághs. 303)

Fonte de pesquisa de Álvaro B. Marques.

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