domingo, 31 de outubro de 2010

É BOM LEMBRAR - NICHO

NICHO

Local onde as pessoas católicas guardavam as imagens de seus santos de devoção. Podendo ser no armário ou estante, como também em cavidade na parede.
Hábito trazido por portugueses ao Brasil, principalmente visto no Norte e Nordeste do país. Era uma maneira de trazer o seu santo ou santa de devoção da igreja para a sua casa. Na época Colonial, nas fazendas e Engenhos de açúcar, quando não tinha igreja, havia uma parte do casarão construída como se fosse uma igreja, dando-lhe o nome de capela ou oratório. Era ali que celebravam os batizados, casamentos, aniversários e outras festas religiosas. Nas residências do povo rural tinha também Nicho, só que era uma caixa de madeira em formato de igreja, dentro o santo da casa, o padroeiro da família, faziam festas e romarias na igreja e na residência. Na Capital ou cidade grande, o povo católico obedecia a essa tradição, além de ter estante ou armário Nicho, tinha outro encravado na parede da frente da casa. Mostrando assim, a imagem do santo ou santa da sua fé maior.
No Pelourinho, ainda existe em alguns casarões ou solares, cavidade na coluna principal. Ali era depositado à imagem e a lamparina acessa diariamente. Com o passar do tempo, essa cavidade, geralmente oval com base plana, foi sendo abandonada por seu proprietário do imóvel, isto porque a imagem era roubada do local. Deram preferência aos Nichos internos, havia família que tinha em cada quarto um Nicho de madeira com vários santos.
Na época, os restauradores de santos eram muito procurados, chamado de “santeiro”, verdadeiros artistas, também designados como “toreuta” arte de confeccionar em madeira.
Hoje, temos ainda erguido á “Cruz do Pascoal” ou “Oratório do Pascoal” construído em pilar octogonal, revestido em azulejos português, em cima um oratório de quatro lados, protegido com vidros brancos transparentes, dentro têm uma imagem de Nª. Sª. do Pilar e sobre uma cruz. Essa construção remonta de 1743 seu benfeitor foi Pascoal Marques de Almeida, morador do distrito, rua do Passo.

A devoção, a Fé, leva o povo a perenizar um local, uma imagem, como se fosse um pedaço de si mesmo. Passando de uma geração a outra uma ingênua tradição que ficou na incredulidade de hoje. O hábito e a tradição de um povo, só é duradoura quando o próprio povo acredita e têm Fé. A continuidade prosseguirá com a tradição quando os valores culturais são requeridos.
Com o tempo, novos hábitos surgirão, o povo esquece os antigos, quem perde é a tradição, o folclore, a cultura regional. É necessário que algum órgão governamental faça sua parte de preservar à memória do povo.
O Brasil é rico em Folclore, em cada Estado da Federação e em cada município existem várias tradições e hábitos culturais dos mais expressivos, alguns são mudáveis outros mantém raízes profundas na mente da sabedoria popular.
Trabalho de Álvaro B. Marques

Para isso a História nos conta.
“Rua do Castanheda, nº26 distrito de Santana, nesta Cidade. Residiu o Dr. Sabino Vieira em 1836 e que ali, ocorreu drama conjugal, do qual resultou a morte da esposa. Nesta época ele já estava comprometido com o movimento revolucionário que o desejo da Independência das províncias durante a menoridade do segundo Imperador, produzia no animo dos liberais exaltados.” ( Fonte extraído do livro: Revista Trimensal do Inst.Geo. r Hist. Da Bahia. – vol. Nº 9 DE 1899)
No dia 7 de novembro de 1837 deu-se a Revolução Republicana – Sabinada para outros e Revolta dos Alfaiates para os demais. Sendo o cabeça líder desta Sedição foi o Dr. Sabino Vieira.





Álvaro B. Marques- Trabalho de pesquisa
SSA,26.02.2008

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