quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A HISTÓRIA NOS CONTA - PARTE XIII (Capelas extintas e primeiro Título nobiliarquico no Brasil)

A Capela da Ajuda – Em 1551 deu inicio a sua fundação. Fora o primeiro templo erguido nesta cidade do Salvador, pelos jesuítas que vieram com o governador Thomé de Souza e com ele veio o primeiro Bispo D. Pedro Sardinha, Manoel da Nóbrega e seus três companheiros, cederam-lhe a Capela que servira de primeira Sá, e umas casinhas edificadas junto à Ajuda para residência do prelado. Demolida”
“Exercera Nóbrega o ministério de primeiro pároco da “Sé de palha”, cuja padroeira N.Sª da Ajuda, fora retirada de bordo da nau do mesmo nome vindo na frota de Thomé de Souza.”
Igreja da Sé,
“Condenada pelo progresso da cidade a preciosa relíquia à demolição. Celebrou-se a derradeira missa no dia 16 de agosto de 1932 em missa oficial do arcebispo primaz do Brasil, D. Jerônimo Thomé da Silva.
No dia 18, efetuou-se a transferência provisória das imagens para a igreja de S.Domingos da V.O.3ª por oferecimento da mesa administrativa.”
“O forro da Capela da Ajuda, demolida, apresentava um painel á óleo de valor incalculável, com uma imagem da Virgem, circundada de estrelas e as paredes laterais internas eram revestidas de azulejos e painéis sacros.”
“A frente desta igreja dava para o mar e havia uma ponte tipo arco que ligava com a residência do Bispado”. (Fonte do livro: “ Revista do Instituto Geográfico e Hist. da Bahia” nº 56)
A Igreja Bom Jesus da Massaranduba que fica no mesmo local onde se encontra o cemitério pertencente à S.S.Trindade. Já desaparecidos.”
Capela de João de Deus – inaugurada em 24 de junho de 1874 data também da inauguração do Hospício dos Alienados São João de Deus. Prédio onde Castro Alves teve a sua mocidade. Está pequena ermida ainda existe na antiga Fazenda Boa Vista, da qual foi seu primeiro proprietário conhecido negociante Manoel José Machado, em principio do século XVIII no caminho do Engenho Velho.”
“Capela de São Gonçalo do Amarante, localizado no Rio Vermelho, visto até 1903 vestígios dos seus alicerces de um templo levantado não sei quando e dedicado ao milagroso São Gonçalo, frade português da Sagrada Ordem Dominicianos, vulgarmente promotor das solteironas”( Fonte do livro: Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – narrativas de João da Silva Campos em seu livro: Tradições Baianas.)
Capela de Nossa Senhora do Rosário. Foi construído em 1656 dentro do Quartel da Palma, extinto, pelo mestre de campo André Cuca. Era ricamente paramentada. Esteve está capela interditada por alguns anos em virtude de em seu recinto, ter sido assassinado um cadete do exército. Quando acabou o prazo de interdição, foi a capela reformada, realizando-se ali pomposas festas até a proclamação da República.
No terreno do antigo Quartel da Palma, hoje ocupados pelo Quartel General da 6ª Região (situado no largo da Mouraria) foi primitivamente local da senzala de escravos que pertenciam aos frades agostinados.
Casa das Sete Mortes, na Rua do Passo, tem um sobrado, nº 24 em que na frente é revestido de azulejos. Foi reformado em 1889 conforme uma pedra de mármore existente no alto da sua porta de entrada. Por motivo de ter havido sete assassinatos no interior deste sobrado. Morava uma família de casal com crianças e serviçais, pertencendo ao proprietário português, cujo inimigo entrou na hora da janta e a golpes de faca matou todos os sete familiares. Este foi a razão do nome.”
(Fonte do livro: “ Revista do Instituto geográfico e Histórico da Bahia.” Parte referente a narrativa do livro “Tradições Baianas” autor: João da Silva Campos.)
Dentro do mercado de Santa Bárbara na Baixa do Sapateiro, existia uma Capela de Santa Bárbara, fundada pelo coronel Francisco Pereira do Lago, instituidor do morgado do mesmo nome. Em 11 de janeiro de 1900, começou a demolição da Capela que havia ficado arruinado com o incêndio que deu inicio ao fogo no prédio vizinho, contíguo. Onde era o Hotel das Nações.
Todas ás imagens: Stª Efigênia, e S. Jerônimo foram recolhidos a Capela de S. Pedro Gonçalves ou S. Pedro Velho para veneração. As festas de Stª Bárbara a padroeira, eram festejadas com muita pompa por seus devotos pretos africanos que pertenciam a sua Irmandade de Santa Bárbara, no culto do candomblé é Mãe d’agua, povo do terreiro de Mina.” (Fonte do livro: “Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia nº 56 – parte da narrativa do autor: João da Silva Campos em seu livro “Tradição Bahia.”)
Fundação da Igreja do Corpo Santo – situada na cidade baixa, próximo ao Elevador Lacerda, na rua Corpo Santo. Erguida por devoção em louvor a São Pedro Gonçalves Telmo, por muitos anos os marinheiros fizeram devotos peregrinações. Eram marujos portugueses.”( Fonte do livro: Revista do Instituto Geográfico e Histórico. da Bahia. n 56 na narrativa de João da Silva Campos, em seu livro “Tradições Baianas”)
Igreja de São Lázaro Mendigo, conhecida S. Lázaro do camarão. Já existia em 1762. “onde via os quintal e parte frontal do noviciado das religiosas ursulinas chamado de “Villa Santa Ângela”. Neste local tem a melhor visão do mar e a grande extensão de terra ao redor do Convento.” (Fonte do livro: Revista do Inst. Geo. E Hist. da Bahia, n 56 – parte ref. A narrativa de João da Silva Campos do seu livro “Tradições Baianas”pág.479)
O primeiro titulo monárquico consentido no Brasil pela coroa portuguesa, foi para Antonio Pires de Carvalho e Albuquerque Cavalcanti d’Avila Pereira, Visconde da Torre de Garcia d’Avila – Coronel das ordenanças do seu senhorio, grande do Império, gentil homem da Imperial Câmara, portador das medalhas; Venerado Cruzeiro e de Cristo, e da medalha da guerra da Independência.
Teve dois irmãos, O capitão-mor Francisco Elesbão, Barão de Jaguaripe; presidente da Junta de Cachoeira, durante a campanha libertadora. José Joaquim,, Visconde de Pirajá, brigadeiro do exército Imperial, grande do Império, conselheiro da sua majestade, gentil homem, condecorado com as Ordem do Cruzeiro e do Cristo e com a medalha da campanha da Independência, deputado provincial, comandante das armas das Províncias da Bahia e Ceará. Sendo ele comandante do Batalhão da Torre, era composto do contingente mais belicoso formado por índios em crescentes números. Foram eles que ajudaram e muito na guerra da Independência. O carro alegórico do caboclo e da cabocla que desfilam no dia 2 de julho é homenagem a esses bravos genuínos brasileiros que viviam nas margens do Rio S. Francisco, nas caatingas e serras do nordeste baiano, dentro das linhas do morgado.
É bom lembrar, que os Pires de Carvalho, são descendentes de Catharina Paraguassú que teve uma das filhas casada com um dos Pires. Por essa razão os Pires de Carvalho e Albuquerque tinham plena confiança nos índios nas guerras.”
(Fonte do livro: Revista do instituto Geográfico e Histórico da Bahia nº 56 –narrativa de João da Silva Campos no seu livro “Tradição Baianas”).
A Ilha dos Frades; “Fica perto de Madre Deus, distante a seis léguas de Salvador na Costa. Por antigas tradições, dizem: “que a ilha dos Frades ficou com este nome depois que os índios Tupinambás que nela habitavam, assassinaram dois Frades jesuítas que para ali foram em missão de catequização.”
Os índios selvagens da Bahia na época Colonial os mais conhecidos dos Frades missionários são: Botocudos, Tupys, Guaranys, Camacans, Tupynambás, Mongoyós, Maracás, Tobaiaras, Pataxós, Topuyas, Aymorés, Kariris.”
(Fonte do livro; Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia nº 46 – parte da narrativa do livro “Tradição Baianas” – autor: João da Silva Campos.)
Usos e Costumes: Eram morenos trigueiros, altura média, cabelos curtos e negros, fortes, rosto redondo. Usavam plumagens de aves coloridas, anéis de couraça de tatu, ossos de paca, dentes de cotia e capivara para colares e orelhas. Couro de jibóia e jararaca para cobrir o corpo do tempo. Todos exerciam a caça e a pesca com arco e flecha e guerreavam com seus inimigos quase parentes. Alguns deles eram antropófagos. Enterravam seus mortos em vasos cerâmicos em grande ritual.”
(Fonte do livro: Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia nº 46 pág. 42)
GÊS – Etnografia: Um dos mais importantes grupos indígenas do Brasil, tanto sob o ponto de vista etnólogo em geral como à língua em particular. Também são chamados grãs. Ambas as denominações, derivadas a Von Mathius, advêm da presença freqüente das partículas gês= pai e grã= mãe, em seu vocabulário. O nome Tapuyas (bárbaros), usado pelos clássicos para designá-los, corresponde também, conforme se verificou na tribos pertencentes a outros grupos. Pelos seus caracteres antropológicos e culturais, integram a mais antiga ou pelo menos, uma das mais antigas populações do continente americano. Tomando por base esses hábitos primitivos e selvagens; Dormem no chão sob uma esteira, ingerem crús a maior parte dos alimentos, e os homens usam os cabelos curtos cortados em forma de prato ou cuia. Suas principais tribos são: Botocudos, Aymorés, Camaçãs, Timbiras, Caiapós, Bugres, Cainganques, Pataxós, Chavantes com barba e Chavantes sem barba, mansos, Cherentes.” (Fonte do livro: Dicionário Enciclopédia Brasileiro – publicado em 1954).
Muitos contrabando de ouro e escravos foram feitos por ingleses, holandeses e franseses na Costa da Guiné, embora os holandeses muito mais que os outros. Atacavam e saqueavam os navios negreiros e outros com mercadorias de procedência do Brasil ou a caminho da África.”
Relação das Paróquias mais importantes de Salvador e suas datas de fundações.
1ª) – Catedral da Sé – Primacial do Brasil - 1553
2ª) _ Igreja Nossa Senhora da Vitória – 1529 ou 1530 data incerta.
3ª) _ Igreja Nossa Senhora da Conceição da Praia – 16234ª) _ Igreja Santo Antonio Além do Carmo _ 16485ª) _ Igreja de Sant’Anna – 1673
6ª) - Igreja de São Pedro – 1679 (velho) demolida
7ª) – Igreja de São Pedro – 1916 (nova)
8ª) _ Igreja de Nossa Senhora do Pilar – 1718
9ª) _ Igreja do Santíssimo Sacramento – 1718 rua do Paço
10ª)- Igreja Nossa Senhora de Brotas – 1724
11ª)- Igreja de Nossa Senhora da Penha – 1760 de Itapagipe com início da construção em 1742 pelo VIII Arcebispo D. José Botelho de Mattos (Paróquia de N. S.da Penha de Itapagipe).
12ª) –Igreja de Nossa Senhora dos Mares – 1870
13ª) – Igreja de Nossa Senhora de Nazaré – 1894
14ª) – Igreja de Sant!Anna – 1913 do Rio Vermelho
15ª) - Igreja Mosteiro de São Bento (ordem dos Beneditinos) 1752
16ª) – Igreja do São Francisco Xavier – (ordem Franciscana) 1723
17ª) – Igreja de Nossa Senhora da Piedade – (ordem dos Capuchinhos) 1679
18ª) - Igreja da Lapinha – ( ordem dos Agostiniana ) 1771
19ª) – Igreja de Santo Antonio da Barra – (companhia de Jesus) 1536
20ª) – Igreja da Graça –1525/1527
21ª) – Igreja da Palma – 1630 ( imagem vinda de Portugal )
22ª) - Igreja de São Roque – 1722 da Barroquinha.
23ª) – Igreja de MontSerrat – 1718 de Itapagipe.
24ª) – Igreja do Bonfim – séc. XVIII 1754
25ª) – Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos – ( ordem V.O.3ª S.F. ) 1701
26ª) - Igreja de São Lázaro Mendigo –
27ª) - Igreja e Convento de Santa Tereza – 1697
28ª) - Igreja e Convento do Desterro – fundado em 1677.
29ª) – Igreja e Convento do Salete – 1861
30ª) _ Igreja de S. Domingos – 1731 início da sua construção.
As Igrejas demolidas para o progresso baiano:
Igreja Nossa Senhora da Ajuda
Igreja da Sé.
Igreja de São Pedro Velho.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Mercês – antiga.
Igreja de N. S. da Boa Viagem – inicio da sua construção em 1712 por Frades Franciscanos.
“Igreja e Convento de N. S. da Conceição da Lapa, fundado em 7 de dezembro de 1744, sendo o Arcebispo Primaz do Brasil D. José Botello de Mattos foi quem mandou construir sobre as despesas de João de Miranda Ribeiro e Manoel Antunes de Lima e auxílios de muitos católicos ricos com intuito de enviar as sua filhas para serem religiosas neste Convento das Religiosas Professas”(Fonte do livro: “A Devoção do Senhor Jesus do Bom Fim e sua História”- autor: José Eduardo Freire de Carvalho Filho.)
A FAMOSA JÓIA ROUBADA DA IGREJA DO SENHOR JESUS DO BOM FIM
A jóia foi furtada dentro da Igreja no dia da festa da Devoção do Senhor Jesus do Bom Fim. “ estimada de muito valor, pequena porção do verdadeiro “LENHO DA CRUZ” em que Jesus Cristo foi pregado e faleceu redimindo a humanidade. Essa relíquia, foi dádiva de Sua Santidade o Papa Pio IX que entregou ao nosso virtuosíssimo Prelado de saudosa memória D. Manoel Joaquim da Silveira, conde de S. Salvador, o qual ofereceu ao Senhor Jesus do Bom Fim no dia 27 de dezembro de 1867; o “Lenho da Cruz” estava dentro de um relicário de ouro cravejado de esmeralda e suspenso por um cordão de ouro em frente a imagem de Jesus crucificado no altar mor.
Mão profana roubou essa santa relíquia e seu relicário em dia de festa que a Irmandade do Senhor Jesus do Bom Fim fez descer do seu trono e foi colocado no corpo da Capela à adoração dos fiéis. O esforço para descobrir o criminoso foi em vão e nunca se soube quem cometeu tamanho crime, que se deu na administração do muito digno Tesoureiro Dr. Thomaz de Aquino Gaspar. Não foi este o único relicário roubado da Capela do Senhor Jesus do Bom Fim; em 1821 deu-se o roubo de outro relicário que pertenceu a Irmandade de Nossa Senhora da Guia, pendurado na imagem.”
“É sabido que sempre houve roubos em Igrejas, principalmente nas Igrejas que têm muitas Irmandades.”
Hino do Senhor do Bom Fim, música do maestro Tenente João Antonio Wanderly e letras de Egas Muniz Barreto de Aragão – “Pethnon de Villar”.
Antonio Joaquim Franco Velasco, foi um dos mais notáveis pintores filhos da Bahia, onde nasceu em fevereiro de 1780 e faleceu em 3 de março de 1833 com 53 anos. Fora discípulo de José Joaquim da Rocha.. Velasco fez a pintura do teto da Capela do Senhor Jesus do Bom Fim em 1818 a 1819.”
“ Os seis grandes quadros da sacristia e os 34 painéis suspensos nos corredores da Igreja do Senhor Jesus do Bom Fim, representa as diferentes passagens da Escritura Sagrada. São obras do pintor baiano José Theofhilo de Jesus e os dois mais expressivos e
modernos quadros são de autoria do pintor baiano Bento Capinam que representam a morte do Justo e a morte do Pecador.”
(Fonte do livro: A Devoção do Senhor Jesus do Bom Fim e sua História – autor: José Eduardo Freire de Carvalho Filho.)
São Gonçalo de Amarante, como reza a crônica, o milagroso Santo é patrono dos casamentos das senhoras solteironas e das senhoritas.Na igreja do Bonfim, consta a sua devoção desde o ano de 1865 quando foi tesoureiro o Dr. José Antonio de Silva Serva.”
“As músicas das novenas do Senhor do Bonfim é privativa, produção do notável compositor João Manoel Dantas, nascido em Cachoeira, cidade do recôncavo baiano no ano de 1815 e faleceu em Feira de Santana no dia 9 de fevereiro de 1874.”
As noites de novenas de festas na Capela do Senhor Jesus do Bom Fim (era assim que se escrevia) as músicas eram tocadas na porta por “músicos barbeiros” e cada banda tinha o seu mestre; Manoel Francisco Nunes de Moraes, Custódio Francisco Nunes e José Antonio Etra, que por cada música tocada recebiam em torno de 24 a 47 mil réis. Pago pela Irmandade, depois de alguns anos, apareceu a Banda da Polícia Militar que tocavam no coreto no largo enfrente a Igreja.”
É Bom Saber: Que os músicos barbeiros eram escravos africanos forros, que organizavam uma banda e se apresentavam nas portas das Igrejas e em praças públicas. Como também, nas horas vagas extraiam dentes e faziam sangraduras.”
A denominação de “casas dos romeiros” provem de terem sido edificadas para abrigar os romeiros que vinham de longe para cumprir seus votos, dirigir suas preces, e suas suplicas na festa do Senhor Jesus do Bom Fim”.
Foi separado a Igreja do Estado em 7 de janeiro de 1890, por decreto nº 119 no Governo Provisório da República.”
(Fonte do livro: “A Devoção do Senhor Jesus do Bom Fim e sua História” – autor: José Eduardo Freire de Carvalho Filho. – publicado em 1923/Ba.)
Rio Vermelho, o sitio que de meio século (até inicio do século XX) se tornou arrabalde aristocrático. Outrora povoação de pobres pescadores e de festas dos jangadeiros. Primitivos possuidores dessas terras eram os Tupinambás.”
(Fonte do mesmo livro acima de autor: José Eduardo Freire de Carvalho Filho)
Trabalho de Pesquisa de Álvaro B. Marques.
m 24 de junho de 12874 data tamba que fica no mesmo local onde se encontra o cemitresidencia estidas de azulejos e pain

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