terça-feira, 21 de setembro de 2010

FATOS MARCANTES DA ÉPOCA- MEMÓRIA DA BAHIA


Pequenas Histórias dos Correios da Bahia.
“Os primeiros serviços datados do meado do século XVII “teve o governo de organizar um serviço de correspondências na Bahia, porque em Carta de Doação e Regimento de 12 de junho de 1627, fez El-Rei mercê do Oficio do Correio das Cartas do Mar a Luiz Gomes da Mata o primeiro empresário que teve o seu assistente Duarte de Souza Coutinho da Mata. Criou o “Correio-mór” do Reino. É o que estabelece as Cartas Régis de 23 de fevereiro de 1692 e 15 de janeiro de 1698.
Foi entre os anos de 1797 á 1799 que se organizou o serviço regular do Correio Marítimo. Após a Independência, o serviço do Correio muito melhorou o que também aconteceu nos regimes Imperial e Republicano. (Fonte do livro; “A Margem da História da Bahia” autor: Francisco Borges de Barros.)
O serviço Postal Urbano em Salvador, foi inaugurado no dia 04 de janeiro de 1881, sendo colocado as respectivas CAIXAS POSTAIS, nas principais ruas da cidade. Onde se pode depositar a correspondência para qualquer parte do território nacional e exterior.”
Comemorou-se no dia 8 de fevereiro de 1925 – O primeiro avião-postal chegou em 5 de setembro do mesmo ano da empresa Late – Coere. Com percurso do Rio de Janeiro a Salvador em 9hs. E 20min.(Fonte do livro: “Cantando e Rindo” – autor: Aloísio de Carvalho – Lulu Perola.)
Telegrafo: O telegrafo submarino, foi inaugurado no dia 1 de janeiro de 1874, e o telegrafo nacional teve inicio na Bahia em janeiro de 1872. Em 11 de dezembro de 1873 aquí na Bahia aportou o navio inglês Hoop, que conduzia o fio elétrico, tendo emergido 1300 milhas de cabo entre o Pará e Pernambuco e a Bahia, no total de 1731 milhas.”
(Fonte do livro de Aloísio de Carvalho o Lulú Perola em seu livro: “Cantando e Rindo.”
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Catedral da Sé ou Igreja dos Jesuítas, no salão nobre existe dois gavetões de jacarandá puro, negro. Guarnecidos superiormente, por dezesseis painéis, sobre laminas de cobre, alusivos ao Rabi da Galiléia, com incrustações de marfim e tartaruga... Presume-se a data de 1624, essas incrustações é todas superpostas de rubis e esmeralda. Em outras palavras, são 16 quadros pintados sob laminas de cobre que têm imenso valor. Infelizmente, não está gravado o nome do autor desta obra prima que segundo os padres da Igreja “ essas obras tem mais valor do que a própria Igreja.”
E Bom Saber: Eram poucos artistas até o inicio do século XIX que tinham o hábito de colocar as suas iniciais nos seus trabalhos e por isso a identificação ficou a cargo de traços distintos de cada autor.
(Fonte do Livro: “O Baluarte” – autor: Altamirando Requião – publicado em 1940 SSA/Ba.)
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O PRIMEIRO ROUBO DO BANCO DA BAHIA
“ Foi criado a 1ª Caixa de Descontos Banco da Bahia, pelo Príncipe Regente em 16 de fevereiro de 1816, subordinada ao título e afiliada ao Banco do Brasil. Seus principais acionistas foram: Pedro Rodrigues Bandeira, o mais credenciado da época, Felisberto Caldeira Pontes Pires e Horta, o futuro marquês de Barbacena e Manoel João dos Reis, cujas instalações deu-se em 2 de janeiro de 1817 no sobradinho de aluguel na esquina do Terreiro com a rua das Portas do Carmo.
Por largos anos, ficou com o nome de “casa do Banco” segundo escreveu Braz do Amaral no seu “Resumo Cronológico”.
Em 22 de dezembro de 1866 foi descoberto um desfalque de 266 contos de réis no Banco da Bahia, fato que abalou o comércio profundamente.
O Roubo: “ envolveu-se em sombras negras de mistérios e cercou-se de circunstâncias tal que nem a Policia e nem o Banco conseguiram elucidar o crime. Houve várias hipótese levantadas; a ousadia e a coragem do crime com a facilidade de execução; a remoção dos valores que formavam não pequeno volume e a segura guarda deles, sem que fosse possível descobri-los, deu então, motivo de muitas conjeturas que envolveu muito tempo e perdeu-se o rastro do dinheiro. Os acionistas do Banco, passado hum ano em 6 de agosto de 1867 fizeram também a sua parte: “ Às 9 horas da noite na praça pública dessa cidade, freguesia de S. Pedro, foi arrebatado (raptado) e metido num carro (puxado a animal) o ex-porteiro e caixeiro do Banco da Bahia, onde se havia dado o roubo no ano anterior, sendo aquele individuo levado para a casa arruinada do moinho, a margem do Dique, na fazenda Garcia. Aparecendo ele no dia seguinte, pela manhã, amarrado e conduzido à Repartição Policial e em vista das suas declarações, ele citou os três Diretores do Banco e deu os respectivos nomes abertamente. Mas caiu sobre ele a suspeita por autoridades e comerciantes. Levaram para casa o aludido, e ali o seviciaram barbaramente com o propósito de forçá-lo a confessar-se delinqüente. Não sei como foi para o homem se libertar do poder dos seus algozes. Isto é, ouvi contar que colocaram ele em uma embarcação e o mesmo jogou-se ao fundo do mar, estava com as mãos amarradas e não sabia nadar. Comentou assim os jornais da época, fazendo menção da forma de operação como o ex-porteiro roubou o Banco: “Os valores estavam depositados em uma caixa semi-lacrada, só quem tinha acesso eram os Diretores. Porém, o ex-caixa, porteiro, sabiamente tirava-os pouco os valores dos pacotes e substituía o espaço com papel, ficando sempre a mesma altura e volume. Porque em cima dos amarrados tinham escrito os valores. Quando um dos Diretores abria a caixa para contar o dinheiro só via os valores acima e não passava as unidades. Quando fizeram novo balanço, contaram em unidade celular e deram a falta com desfalque”. Com essas declarações públicas no jornal “Alabama”, abriu a boca no mundo, dizendo quanto quis e soube. Outras bocas jornalística disseram: “que ele não tinha essa engenhosidade para roubar tamanha fortuna e etc.” Mas a corda só quebra no lado mais fraco”. ( Fonte do livro: Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia” nº 56 parte da narrativa de João da Silva Campos no seu livro: Tradições Baianas”.)
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A GRUTA DE BOM JESUS DA LAPA
Francisco de Mendonça Mar estabeleceu-se no São Francisco. Veio para a Bahia no fim do século 17 e adotou o ofício de pintor em Salvador. Encarregado da pintura da Casa Nova, que edificou junto do Palácio do Governo e não agradado os serviços ao Provedor, foi preso na enxovia da Câmara Municipal. Solto e desgostoso, vestiu o hábito de São Pedro e enveredou pelos sertões, tomando o rumo do São Francisco. Adotou o nome de Francisco da Soledade e instalou-se na gruta a que deu o nome de Bom Jesus da Lapa.
“Algum tempo depois, começou a correr a notícia de que nos confins do sertão baiano, numa gruta milagrosa, um religioso fazia congresso de fiéis, tratava enfermos, asilava os crentes que ocorriam de todos os pontos ínvios das brenhas. Assim como outros que vinham da corrente do grande rio abaixo, trazendo todos pela fé e esperança, e outros movidos pela curiosidade. Em 1717, Mendonça Mar pediu “passais” ao Rei (certa quantidade de terra) a mesma poção. Dizia ele; “que Sua Majestade era sensível em mandar dar aos vigários e missionários dos sertões”, ficando a dita Igreja da Lapa, no meio da mesma terra, correndo esta pela margem do rio São Francisco. Fora ele um grande colonizador, indo para aquelas bandas os descendentes dos Guedes de Brito e Antonio de Souza Andrade, que estenderam suas sesmarias do Rio das rãns á Urubú.
(Fonte do livro: “A Margem da História da Bahia” – autor: Francisco Borges de Barros)
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Encontra-se na Prefeitura de Salvador, publicou em 1945 o primeiro tomo dos documentos Históricos do Arquivo Municipal, as “Atas da Câmara” de 1625 á 1641, que evocam a vida da Bahia nesse tempo, tal como era. E um trecho do cotidiano baiano
a 16 anos em que ocorreram acontecimentos prestigiosos como esses: 1625 restauração da Bahia, após a primeira invasão holandesa, um ano de ocupação flamenga; 1638 sítio da Bahia por Maurício de Nassau, por pouco mais de um mês, abandonando o campo, batido. 1640 restauração de Portugal, do domínio de Espanha; e a vida diária dos portugueses após libertação. (Fonte do livro: “Livro de Horas” autor; Afrânio Peixoto – “São suas palavras: História não é vida: é cemitério. Mas o documento,que foi vida, pode ser História e, então, vivida.”
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“Estrada de 2 de julho, nome antigo da rua que liga a Usina do Dique a antiga estrada da Vila América (hoje Vasco da Gama). O nome Fonte Nova deriva de um sítio do mesmo nome. Quando os holandeses ocuparam esta cidade, em 1624, e foram eles que represaram o Dique. Às águas da Fonte, existente ali, vem da colina das Pitangueiras e desce a ladeira dos Galés.” (Fonte do livro: Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – nº 56)
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Foi inaugurado em 9 de fevereiro de 1859 a primeira linha férrea da empresa “Trilhos Centrais” e entregue ao transito público nas margens do Dique e do rio Lucáia, onde conduz á povoação hoje do Rio Vermelho.”(Fonte:”Almanack da Província da Bahia – 1881)
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“O cemitério do Campo da Pólvora, foi demolido em 1844 e pertencia a Santa Casa da Misericórdia, localizado ao lado do Asilo dos Expostos. Neste cemitério foi enterrado todos aqueles revoltosos da época principalmente o Padre Roma o líder da revolução de Pernambuco em 1817. Era comum e exclusivo enterrar os indigentes e os condenados por traição.” (Fonte da Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia– nº 56)
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O papel moeda começou a circular nesta cidade de Salvador antes de 1835 data não precisa. Depois de muito tempo foi que o povo aceitou sem muita desconfiança a repugnante comercialização.”
(Fonte extraída do livro: Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia nº 56)
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15 de janeiro de 1856. Foi nivelado o piso do Campo Grande de S.Pedro e plantado diversas árvores para abrigo e arborização dos transeuntes.”(Fonte do Almanack da Província da Bahia – ano 1881.)
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Frei Antonio Ventura, foi o primeiro e fundador, abade do Mosteiro de S. Bento. Em 16 de julho de 1586, frei Antonio Ventura, tomou posse da ermita da Graça e terrenos adjacentes, doados ao Mosteiro de S. Bento por Catharina Álvares Paraguassú.”
Na Igreja do Senhor Jesus do Bom Fim, em uma das suas torres, parte baixa, era cafua de esconderijo de escravos vindo da África. Por volta de 1849, era tesoureiro o comendador Manoel José de Figueiredo Leite. Nesta época, havia escravos de ambos os sexos, oferecidos para o Senhor Jesus do Bom Fim por negociantes que se davam ao tráfego infame de africanos. Costumavam os traficantes, ao chegarem com seus navios após tormentas em viagens vindo da Costa d’África, carregados de pretos, dar uma “peça”, como chamavam aos míseros vindos privados de sua Pátria e de sua liberdade, para o serviço da Capela e como ela tanto não precisava e logo vendido e o dinheiro entrava na receita da Capela. Essas dádivas foram até 1850 quando foi extinto o comércio ilegal dos escravos por Decreto Lei nº 708 de 14 de outubro do mesmo ano. Cortou por completo á pratica dos contrabandistas que desrespeitavam a Lei de 7 de novembro de 1831, que declarava livre todos os escravos que entrassem no território ou porto do Brasil.” (Fonte do livro: “A Devoção do Senhor Jesus do Bom Fim e sua História” – autor: José Eduardo Freire de Carvalho Filho.)
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No dia 7 de fevereiro de 1867, mandou o Presidente da Província fazer reparos na Praça D. Isabel, em frente a Igreja da Sé. Colocando-se ali um chafariz e plantando palmeiras. Sendo feito também, encanamento para o gás carbono nos candelabros já existentes para ter iluminação. Está praça, no centro da cidade é chamada hoje de Praça da Sé, onde existe uma bela vista para o mar na Igreja da Sé.”
No dia 27 de janeiro de 1808, o Príncipe Regente D. João VI, aconselhado pelo ilustre brasileiro José da Silva Lisboa, depois Visconde de Cayrú, assinou, cinco dias depois de sua chegada á Bahia, o Decreto que franqueou os portos do Brasil a todas as Nações amigas.”
É Bom Lembrar: É a partir desta data após este Decreto, foi que o Brasil passou a ter mais intercambio comercial e cultural com o resto do mundo. Vindo intelectuais de várias nacionalidades, principalmente os cientistas, biólogos, artistas e outros curiosos para ver a nova América. ( Álvaro)
O Mercado de Santa Bárbara na Baixa do Sapateiro, foi inaugurado em 1874. O Mercado da rua da Valla “Baixa do Sapateiro” em frente ao Taboão. O povo chama de “Mercado de Stª Bárbara, na inauguração tinha 39 arcadas (box) para açougue e vários cômodos para verduras, frutas, peixes e outros gêneros de primeira necessidades. Construído com recursos particulares de uma Empresa cujo dono é proprietário do Mercado.”
(Fonte extraído do livro: “Almanak da Província da Bahia” publicado em 1881)
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O ASSALTO E O CASTIGO: “ No dia 6 de fevereiro de 1845, aconteceu este assalto e roubo: “ Tendo que fazer entrega na Tesouraria da Fazenda Geral, uma grande soma de dinheiro, proveniente da arrecadações da Rendas Públicas na Mesa do Consulado. O Tesoureiro chegou abafado e suando muito na repartição, queixando-se de que subindo a ladeira da Misericórdia, fora assaltado por ladrões, que cortaram a aba da casaca, onde trazia o dinheiro. Roubaram, fugindo eles impunemente, porque não achou quem o acudisse. Levando o caso ao conhecimento do Presidente da Província, mandou este recolher logo preso o Tesoureiro e foi processado pelo juiz do Direito da 1ª Vara Criminal e condenado á prisão e perda do emprego.”
(Fonte do livro: “Almanack da Província da Bahia – 1881” organizador Antonio Freire)
No dia 5 de janeiro de 1809 – Surgiu o primeiro levante de escravos de Nação Ussá. Praticaram toda a sorte de atentados á três léguas distante da cidade, sendo completamente controlado e presos pela força militar”
No dia 28 de fevereiro de 1813 – Rebentou nesta cidade uma insurreição de africanos chamados Ussás, em números de 500 praticaram grandes hostilidades mas sendo perseguidos e batidos na Armações de Baleias em Itapoan. Foram muitos deles presos e castigados, sofrendo os chefes a pena de morte. Em 18 de novembro do mesmo ano foram mortos no patíbulo da praça da Piedade.” (Fonte do livro: “ Almanack da Província da Bahia – 1881”).
“No dia 24 de fevereiro de 1835 – deflagrado nova e grande rebelião dos escravos e alforriados negros africanos de várias Nações, principalmente os Ussás em maioria nesta cidade tendo o Presidente da Província Dr. Francisco Gonçalves Martins. O Visconde de São Lourenço, feito enérgicas providencias e acabou definitivamente com as pretensões dos mesmos revoltosos. Foram presos, castigados, alguns mortos com açoites, outros condenados e expulsos os líderes.”(Fonte do livro: “Almanack da Província da Bahia – ano 1881 “).
TRABALHO DE PESQUISA DE ÀLVARO

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