segunda-feira, 2 de agosto de 2010

FATOS HISTÓRICOS DA MEMÓRIA DA BAHIA ANTIGA

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“Os sete grandes acontecimentos na Bahia no século XIX”
A guerra do Madeira de Mello ou a Independência.
A guerra do Carneiro ou Sabinada.
A epidemia ou cholera morbus em 1855 a 1856.
A guerra do Paraguai (recrutamento violento dos voluntários contra Lopez)
A guerra dos escravos chamados “Malês”.
A abolição dos escravos.
O banimento do Imperador Pedro II
(Frases de José Wanderley de Araújo Pinho – Revista do Inst. Geo. E Hist. da Bahia nº 46)
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FATOS MARCANTES:
O Brasil no período Imperial, em duas década e meia de existência política independente, era um vastíssimo território povoado por 5 milhões de habitantes, dos quais cerca de metade índios e negros escravos (1819). Em 1823 iniciou a sua organização política e administrativa: Constituinte (1823); Carta constitucional (1824); Supremo Tribunal de Justiça (1828); Código Criminal (1830); Reforma do Tesouro (1831); Ato Adicional (1834); Código Comercial (1850). Dificuldades Internacionais e guerras cisplatinas (1825/1828); Tratados com a França e Inglaterra (1826, 1828 e 1831); Repressão de tráfico de escravos até a sua abolição (1850 a 18880)”.
Dificuldades Financeiras: Falência do Banco do Brasil (1829); Depressão Cambial de 1824/1826; Omissão do papel moeda e de moeda divisória de cobre (1833); Déficit Orçamentário: Receita 14.135 e Despesa de 14.340 contos de réis em 1835.
Lutas internas: Abdicação de D.Pedro I (1831); motins na Corte e revoltas nas províncias de Pernambuco, Ceará, Maranhão, Bahia, Minas e São Paulo de 1824 a 1848.” (Fonte extraída do livro:”A Instrução e o Império” – autor: Primitivo Moacyr – subsídio para a História de Educação no Brasil no período de 1823 a 1853.)
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Coisa digna de nota é que durante o período que compreende o fim do século XVIII e o principio do século XIX, formou-se neste país o espírito de Independência e Liberdade, como provam a Conspiração Republicana de 1798, a Revolução de 10 de fevereiro de 1821, a Independência do Brasil, os movimentos federalistas de 1831, 1832 e 1833 e depois a Sabinada” (Fonte do livro: “Fatos da Vida do Brasil” – autor: Braz do Amaral)
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Fato importante: no ano de 1832 foi a vinda do célebre naturalista Charles Darwin à Bahia. Fez vários comentários sobre o clima, vegetação, formação de superfície, valas, floras e faunas em que o mesmo encontrou em nosso território e fez comparações com outras regiões do país. Sua passagem foi curta, porém, quase desconhecida pela maioria da população”.(Fonte extraída do livro: “A Bahia de Castro Alves”- autor: Waldemar Mattos.)
O general Inácio Luiz Madeira de Mello, enviado de Portugal á Bahia, em 1817. Comandou as tropas lusitanas na guerra da Independência, retirando-se da Bahia com destino a Lisboa junto com os seus soldados, derrotados em 1823. “Levando com ele uma fortuna em ouro e pedras preciosas, saqueou os lugares em que passou, principalmente os cofres dos municipais e estaduais. Como também das igrejas. Deixando a Bahia na miséria e fome”.( Fonte do livro: “ A Bahia de Castro Alves” autor: Waldemar Mattos.)
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“ Na sua passagem na cidade de Salvador, as tropas portuguesas do Brigadeiro lusitano Inácio Luiz Madeira de Mello, invade casas e nem o sagrado poupam, violando a clausura do Convento da Lapa. Quando no dia 19 ou 20 de fevereiro de 1822, batem e forçam a porta a golpes de coice de armas, deixando-a por morte o velho capelão Daniel da Silva Lisboa (irmão do Visconde de Cairú) e varada por uma baioneta no peito Madre Angélica de Jesus, abadessa do Convento, que impedia aos intrusos penetrarem no recinto sagrado. Falecida ao meio dia horas de 20 de fevereiro do ano inesquecível. Vitima de seu dever, mártir de sua fé. Torna-se a primeira heroína da Independência.”
(Fonte extraída do livro: “Livro de Horas” autor: Afrânio Peixoto.)
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O Cholera-morbus, apareceu na Bahia no dia 21 de junho de 1855 no povoado de pescadores no Rio Vermelho. Vindo do vapor “Imperatriz” no dia 20 de junho. Já no seu interior achava-se a grande e transmissível peste, saiu para ceifar o pequeno povoado e alastrou-se até os Recôncavos baianos, levando mais de 26.000 vitimas”.
(Fonte do livro: “Revista do Inst. Geo. Hist. da Bahia nº 46 págs. 141 e 142)
“As atitudes dos médicos, hesitam e se contradizem. As maiores autoridades em medicina na época, acompanharam, são eles: Wucherer, Petterson, Antonio José Alves (pai de Castro Alves), Malaquias, Dr.Jonnath Abbot e outros. Afirmaram tratar-se de “Cholera morbus. E nada que fizeram surtiram efeito.
Nesta época a cidade de Salvador não tinha o serviço de água encanada e fazia-se assentamento do primeiro chafariz público na cidade baixa, em frente ao edifício da Associação Comercial.
Começaram crescente os óbitos, recolhendo cadáveres de diversas classes sociais. Havia uma carruagem fúnebre chamada “patusca” só para aqueles que podiam pagar e ter um enterro de luxo. Os pobres e remediados eram transportados em “bangüê”. Foi então, aberto o cemitério das Quintas para o público, até ali reservado ao lázaro e ampliando o espaço para mais 30 Irmandade que edificaram seus carneiros para irmãos. Cessando o enterramento nas igrejas que era uma antiga reivindicação.
“O Hospital dos Lázaros – Foi instalado por D. Rodrigo José de Menezes e Castro (Conde de Cavaleiros) quando governador da Bahia, em 4 de dezembro de 1784 e inaugurou em 27 de agosto de 1787. Foi destinado ao tratamento de Morfhéticos de qualquer sexo, nacionalidade e religião.O valor desta construção foi de 6.000$000 contos de réis. Anteriormente era a fazenda retiro dos jesuítas denominada “Quinta dos Padres” na freguesia das Quintas. Hoje século XXI Arquivo Público Estadual.
Na época que era o Hospital das Quintas dos Lázaros, dividia-se em duas enfermarias uma chamada de São Cristovam para homens e a outra N.S. de Sant’Anna para mulheres.”
O Cemitério da Quinta dos Lázaros, foi inaugurado na mesma data do Hospital, em 27 de agosto de 1787 exclusivamente para nele servir os mortos vindo deste Hospital. Porém, em Ato oficial de 27 de janeiro de 1870 o Dr. Francisco Vicente Vianna, Presidente da Província e o conselheiro Francisco Gonçalves Martins (depois, Barão do São Lourenço) mandaram que fosse considerado Cemitério Público. Depois foi entregue a Santa Casa da Misericórdia para administrar em 21 de junho de 1895 no período de 27 anos, até maio de 1912 se desobrigou. E finalmente, passou a pertencer a Irmandade Sociedade Pias e Ordem Terceira do São Francisco”
(Fonte extraída do livro: “A Bahia de Castro Alves” autor: Waldemar Mattos.)
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"Relatos de Silva Lima em "A Bahia de há 66 anos" edição de 1907 págs. 25 refere-se ao meado do século XIX: "As inhumações continuaram a ser feitas nas igrejas, apesar da lei que deu direito a uma empresa particular o privilégio dos enterramentos nos seus cemitérios com exceções dos prelados diocesanos, das religiosas e das recolhidas. Para os cemitérios só iam os cadáveres dos pobres e dos escravos; os dos ricos e dos irmãos de confrarias iam para os cemitérios das igrejas até que na epidemia da colera-morbus, foram definitivamente proibidas". José Francisco da Silva Lima, corretamente se refere ao Contrato que o governo fez com José Augusto Pereira de Matos e Cia, em 1835, concedendo-lhe o privilégio de explorar a fazenda São Gonçalo (atual Campo Santo)como cemitério. Tal concessão motivou indignação pública, manifestada na agitação que se denominou "Cemiterada", quando as Irmandades, Ordens e o povo marcharam e arrasaram as instalações da firma junto ao novo cemitério previlegiado em 5.outubro de 1836. Cinco anos após, a Santa Casa da Misericórdia adquiriu o direito de administrar o indesejável cemitério Campo Santo."
Fizeram orações públicas para São Francisco Xavier, foi tirado da sua igreja e transportado em romaria para a Piedade. O glorioso apóstolo de Oriente, como em 1686, também percorreu as ruas da cidade em volta no luto e na dor.”
“A imagem do Senhor do Bonfim, só saiu do altar quatro vezes. Por calamidade pública, em 1823, 1842 e 1855. E a última em 3 de julho de 1923 para ser realizado a procissão de sua imagem por mar e terra e no dia 7 de julho retornou a sua capela. Ficando 3 dias na igreja da Vitória comemoração dos 100 anos de libertação sob domínio de Portugal ( 1º centenário de sua grande festa cívica 2 de julho a Independência do Brasil).(Fonte extraída do livro: “A Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim” autor:José Eduardo Freire de Carvalho Filho).
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A pintura do teto e dos painéis dos altares da igreja do Bonfim, erguida em 24 de junho de 1754, foi pintada pelo artista Franco Velasco e representa os passos da Paixão. Os quadros da sacristia e dos corredores têm os temas da “Escritura”, trabalho do artista pintor José Teófilo de Jesus e mais os dois vastos painéis de autoria do artista Bento Capinam se encontra na entrada da Capela e que representa a “morte do justo”. Na construção dos corredores que foram antigamente alpendres e que hoje são os corredores dos votos e milagres. Tinha um chafariz de mármores de carrara a pouco distante do adro em cima estava á estátua do Salvador.” (Fonte do livro: “Revista do Inst. Geo. Hist. da Bahia. nº 46 – “Festas e tradições da Igreja do Bonfim” autor:Xavier Marques.)
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O primeiro padroeiro da Cidade do Salvador é Santo Antonio de Arquim – Segundo nos refere o abalizado cronista da época, Frei Antonio de Santa Maria Jaboatão, “em solenidade procissão da igreja da Ajuda para o Convento de São Francisco, aonde teve altar distinto durante muitos anos, até o dia em que clandestinamente desapareceu. Descoberto o mistério, conforme relato de João Carneiro de Couros, escrivão residente na Câmara Eclesiástica desta cidade, disse para o irmão Fr. Francisco da Conceição. “que estava em seu poder, que por devoção particular pedira ao Prelado e que não obstante estar a imagem mui derrotada, ele a tinha reformada no melhor que pode.” Assim devolvida.
Em 1645, a Câmara Municipal, como consta no livro nº 5 dos termos das respectivas variações (atas) em sessão de 20 de novembro do mesmo ano, fez o voto Perpétuo a Santo Antonio de Arquim, mandando ainda celebrar, todas as quartas-feiras do ano, missa ao mesmo. A festividade começou em 1654 no dia 27 de janeiro. Anos seguintes não houve mais festas e caí novamente o santo no esquecimento popular.”
(Fonte do livro: “ A Bahia de Castro Alves” – autor: Waldemar Mattos.)
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Costumes monásticos na Bahia”- Referente aos Frades e Padres no século XVIII.
Vejamos o que disse Tollenare (Luis François) em suas “Notas Dominicas” escrito em 1816, notava:>”Muito perto da minha casa fica a igreja chamada de N.S. da Graça que é administrada por cônegos ociosos, mas polidos. Raramente os encontros com vestes eclesiásticas de ordinário trajam jaquetas e calças de chita como os outros habitantes. Sendo o voto de castidade considerado aqui como mera formalidade e sem obrigação real. As suas intrigas amorosas não provocam escândalos e eles não renegam seus filhos”.( Fonte do livro: Revista do Inst. Geográfico e Histórico da Bahia, nº 13 pag.64)
Prossigo com casos de sacerdócios que não respeitam as Leis Canônicas. Em 1735 o Juiz de Cachoeira, Joaquim de Amorim Castro “ acusa o Padre João da Costa Ferreira de escandalosamente perturbar a ordem pública com as suas provocações, calunias e os escândalos que praticava e que exigiam castigo eficaz”. Quatro anos depois, esse mesmo Padre andava nas malhas de um processo com ordem de prisão”.
“Em 1789 havia sido um dos escândalos mais falados desta cidade de Cachoeira. O processo que consta uma mulher de nome D. Anna Maria Joaquina e o cônego da igreja da Sé, José da Silva Freire foram denunciados por crime de adultério por Jacinto Thomaz de Faria, marido. Foi designado pelo juiz que a ré ficaria morando na casa da senhora Joaquina Vieira da Silva por medida cautelar e por fim no Recolhimento dos Perdões (convento ) separando definitivamente casal e amante”.
(Fonte do livro: Revista do Inst. Geográfico e Histórico da Bahia. Nº 46 págs. 173 autor: Wanderley Pinho – I.G.H.B.)
“Em 1784 o arcebispo D. Fr. Antonio Corrêa, em oficio de 12 de janeiro de 1784, notava “o péssimo comportamento da maioria dos eclesiásticos”. Os editas de suspensão eram comuns. Nem ao menos as vestes talares se dignavam a usar. Visto assim, D. Antonio em pastoral. “ Proibir aos eclesiásticos o uso de casaca de granacha dentro da cidade e de fivelas de ouro e das que fossem adornadas com pedras preciosas.”Aliás esse abuso chegou até bem perto do final do século, como disse o autor Wanderley Pinho: “Fazia-se mister licença para pregar? Pregavam sem permissão, pouco importando a pena de excomunhão mais que assim fosse, tal como esse Padre Mestre Frei Joaquim de S.Thomaz, na sua esperteza, escolheu para assunto de seu sermão, na igreja de S. Francisco, o panegírico do Conde Oeiras que logo depois passou a ser Marquez de Pombal, e já Ministro. Impediu assim o chefe da igreja de castigar pelo temor de intrigas com o voluntarioso chanceler D. Sebastião José de Carvalho e Mello cognominado “O grande Marquez” nasceu em Coimbra em 1699 e morreu em 1782. Foi adversário declarado dos jesuítas e tudo fez para bani-los em todas as possessões de Portugal. Os jesuítas foram expulsos na Bahia em 1760 e o governo confiscou todos os seus bens.
Não era oficio dos menos árduos ao príncipe da igreja o de chefe de policia que não exercia. Mas, mesmo assim, mandou recolher mulheres de más condutas para os Conventos. Com essa atitude, faz punição e desrespeitando as freiras, mas sobretudo prendendo e encarcerando frades e padres criminosos. Atos que acusam uma grande parte dos religiosos daquela Comarca de Jacobina de terem uma vida desregrada e imoralíssima.” Seria tarefa longa o numero das prisões de frades e padres neste século, era preciso uma lista interminável.”(Fonte do mesmo livro acima- autor Wanderley Pinho) Continua: “Mal chegando a Bahia em 1774 o arcebispo D.Joaquim Borges de Figuerôa, inspeciona a indisciplina dos frades e padres. Fica horrorizado com suas atitudes pessoais e mesquinhas. Como ele afirma: “Falta às ovelhas separadas do rebanho do Senhor, obediência, humildade e piedade.”
Wanderley do Pinho, neste livro expressa no “Costumes no século XVIII” no texto abaixo: “Rivalidade no Reino com os brasileiros, nativos: “ O sistema escravidão da metrópole, iludia no proveito dos lucros imediato, fundando uma economia insensata que dificultava a civilização da colônia, esgotando a besta sem dar-lhe o trato que a tornasse sadia e proveitosa, refletia então, por todos os ramos da sociedade aquele desprezo dos portugueses do Reino pelos nascido no Brasil. Somente os bons cargos públicos, administrativos da Corte eram para os protegidos portugueses. Apenas alguns pouquíssimos americanos mais felizes, bispavam no joeirar dos favores, com exceção de propina.”(Fonte extraída do livro. “ Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia” – nº 46 págs. 164/181)
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A Bahia que eu não vi: O Mercado de Santa Bárbara da Baixa do Sapateiro, foi inaugurado em 1º de março de 1874 – Não existia o Cinema Jandaia, neste trecho, também era o Mercado. Tinha várias “quitandas” de pretas, moças algumas e varias do “partido alto”. Onde homens ainda não vendiam peixes e nem verduras. Desapareceram as pesadas africanas vendedoras de “badofe” e não havia peixe gelado. O gelo era custoso de adquirir. Na época de sua festa em dezembro, o Mercado se notabilizava. Enche de luzes e bandeiras coloridas, cantigas e pilhérias. Celebra-se a festa de Santa Bárbara, com muito samba e candomblés, regado a comida típica da sua seita” (Fonte do livro: “Da Bahia que eu vi” – autor: João Varella.).
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Exatamente quando se destruiu por se achar feio, o velho Mercado e a Capela de Santa Bárbara; quando se desfigurava o Paço Municipal da austeridade original para a atual aparência; quando se arruinava a “Casa dos Governadores”, de mais de três séculos, com granadas de uma disputa política local, que também incendiaram e destruíram uma das mais ricas bibliotecas do país; quando a titulo de progresso, se pôs abaixo uma série de igrejas quase tetracentenárias que foram: Igreja da Ajuda, Igreja de São Pedro Velho, Igreja do Rosário e das Mercês. Reformas mau feitas e destruições irreparáveis seguiram seu curso até o corrente século XX, atingindo a Sé Primacial do Brasil (1932) uma das últimas que tinha a sua entrada na frente com o mar. Pondo-a abaixo e prossegue insensível na febre do progresso e interesses estrangeiros vindo para o nosso país”. (Fonte do livro: “Riscadores de Milagres” autor: Clarivaldo do Prado Valladares – pág. 23 segunda parte.
Meus Comentários: A quem disse: “Sem as reformas e derrubadas de Igrejas e casas não existiria o que temos hoje, ruas largas e mais higienização na cidade”. Outros dirão: “ Poderia permanecer tudo isso, sem derrubar os patrimônios que levaram tantos fiéis a contribuírem com sacrifícios e verem os seus ideais e sonhos realizados no chão”.(Álvaro) – O progresso é necessário vir sem ferir o passado.
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“A Igreja da Sé Primacial do Brasil, mais conhecida como Igreja da Sé, mandada construir pelo primeiro Bispo do Brasil, D. Pedro Fernandes Sardinha, em 1553, e reconstruída pelo Bispo D. Pedro da Silva Sampaio, entre os anos de 1635 a 1638, com nova arquitetura e dimensões. Dentre todos os altares o que mais se destacava era a Capela de N.S. da Fé, onde celebrava e sempre orava o grande padre Antonio Vieira. Demolida em nome da remodelação da cidade”.(Fonte extraída do livro: “O Baluarte” autor: Altamirando Requião – publ. Em 1940 em Sal/Ba.)
A velha Igreja de São Pedro, antiga Matriz se erguia no alto ou Largo de São Pedro (Hoje), perto trezentos metros do Mosteiro de São Bento.Paralelas a Igreja, passavam duas ruas estreitas: a Duarte e a do Portão da Piedade. Na garganta era o pacato Beco do Vigário, desaparecido com a Igreja e casas contíguas, para a abertura da Av. Sete de Setembro. O novo tempo da Igreja de São Pedro foi construído menor que o anterior. Teve a primeira pedra fundamental lançada em 2 de julho de 1916. De estilo bisantino construída em 18 meses pelo arquiteto Rossi Batista, orçado o custo em cr$ 252.000,00 mil cruzeiros. Fica situada no ângulo da Praça da Piedade, rua 13 de maio, transversal a Av.Sete de Setembro, no local que existiu o sobradinho da taverna de José Augusto Doria da Silva, fundador da “Sociedade Beneficente Bolsa dos Patriotas”.
A construção do Forte de Santo Antonio da Barra, é o primeiro que a Bahia teve. Foi iniciada entre os anos 1534 a 1536 pelo primeiro donatário Francisco Pereira Coutinho. Foi inaugurado em 2 de dezembro de 1839”(Fonte: “O Baluarte” autor: Altamirando Requião).
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Cadeirinha de arruar” – Assim chamado pelo povo. Supõem muitos que a “cadeirinha de arruar”, entrou a fazer parte dos meios de transportes dos baianos, no curso do século XVII, sendo antecedido pela “rede” e pela “serpentina”.Isto não é exato. A “cadeirinha de arruar” remete ao primeiro quartel do século XVII, sendo usado pelo 5º Bispo do Brasil. Já nesta época o Gregório de Mattos referia-se em 1682 como “portátil silha” conforme mais facilmente se pode averiguará na consulta do livro “História Social do Brasil” tomo, 1ºº(Espírito da Sociedade Colonial) autor: Pedro Calmon, págs.63 nota 95.”
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Meios de Transportes da época: Cadeira de Arruar: eram suspensas e carregadas por dois negros africanos bastantes fortes, alguns bem vestidos, conforme o luxo do veículo representava o poder financeiro do proprietário. Havia cadeira para uma ou duas pessoas.Certos proprietário alugavam.
Carro puxado por cavalos: Tendo o maior ou menor números de parelhas, conforme a finalidade do uso. Representava o automóvel de hoje. Como também existia uma carruagem chamada “Patusca” carro Fúnebre, todo revestido de pano preto, penacho preto nos cavalos com guarnições de panos nos lombos dos animais, quando eles passavam na rua tocavam sinos que estavam presos nos pescoços dos animais. Duas foram as Companhias de Carruagens: A do Ernesto Cunha, no Largo 2 de Julho e a de Eduardo Vaz, na Baixa do Sapateiro.
Bondes puxados por animais cavalos ou burros, eram em tamanho pequenos de cinco bancos. Havia duas Companhias que exploravam os serviços, a saber: Transportes Urbanos, Linha Circular e a Trilhos Centrais e Veículos Econômicos. Depois veio a Companhia Carris Elétricos – Bondes Elétricos. Para transportes de carga existiam as “carroça”, “carroção” e o transporte chamado de “carro de mão” muito usados por estivadores no porto. Assim como, estava incluso o transporte individual feito por escravos africanos ou forros Chamados de “ganhadores”.
(Fonte do livro: “Vultos, Fatos e Coisas da Bahia” – autor: Carlos Torres.)
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“A Companhia Inglesa “The Bahia Transway Light and Power. Co.” e a “Companhia d’ Eclairage da Bahia”, responsável pelo tráfego dos veículos(bondes) de Itapagipe e dos serviços de iluminação da cidade, ambas haviam sido encampadas em 1912 pelo governo municipal, por motivo das constantes reclamações populares, não só da falta de energia como também das inúmeras paralisações dos bondes. Os veículos ficavam horas parados e as ruas a escura por falta de energia problemática. As irregularidades e deficiências só melhoraram com os serviços em mãos de outras empresas particulares. Companhia de Carris Elétrica da Bahia em 6 de junho de 1897, passando em 1898 para a firma Siemens-Halske. Em 28.02.1029 a atual administradora.(Fonte extraída do livro:”Cantando e Rindo” – autor: Aloísio de Carvalho – Lulu Perola)
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Fato marcante da época:
“A tragédia da ilha dos frades, em 19 de junho de 1515, chegaram a está cidade os primeiros frades italianos que deram começo a catequese dos indígenas depois destes vieram outros, e finalmente dois náufragos foram dar na ilha que passou a ser chamada de “ilha dos frades” porque ali eles foram devorados pelos índios Aymorés.”
(Fonte do livro: “A Margem da História da Bahia”- autor: Francisco Borges de Barros”.
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A Bahia e os primeiros gados: “Tomé de Souza, mandou vir da Ilha de Cabo Verde, gado e semente de cana, e distribuiu terras para lavouras e para criação de gado. Iniciando a colonização. Foi assim que criou o império de Garcia D’Avila – o morgado da Casa da Torre. Este foi o primeiro criador de gado no Brasil e o maior proprietário de terras. Em recompensa de seus serviços que foram inúmeros; maior desbravador do sertão e o maior colonizador de terras indígenas. “D. João III concedeu-lhe uma sesmaria de cinco légua de costa e cinco para o sertão iniciando do Rio Pojuca – Depois de prestar inestimáveis serviços ao Rei, o primeiro Governador da Bahia retorna para Lisboa em 1553.”
(Fonte do livro: “Bahia Encantada” – autor: Ricardo Manocal – publ. Em 1957/Ba.)
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Casa da Torre de Garcia D’Avila.- a sucessão do morgado, com a morte do Mestre de Campo Garcia D’Avila, sem herdeiros diretos, herda sua sobrinha, Dona Ana Maria de São José Aragão, casada com José Pires de Carvalho e Albuquerque, Alcaide-mór de Maragojipe e depois Capitão-mor da Bahia e Secretário do Estado do Brasil, ter um lar abençoado por três filhos varões, que iriam ser devotos a causa da Independência do Brasil. São eles; Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, Barão e depois Visconde da Torre de Garcia D’Avila, na sua casa forte ou sobrado de Tatuapara.
Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque, Barão de Jaquaripe. e Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, coronel de Linha graduado Brigadeiro, depois Visconde de Pirajá. O primeiro título nobiliárquico concedido pelo Império é o do Barão da Torre de Garcia D’Avila, dado a Antonio Joaquim, homenagem a tradição nobre de sua casa e aos serviços pessoais. Os três Pires de Albuquerque, prestaram relevantes serviços a Bahia, não só na Libertação dos domínios portugueses como também foi um dos fundadores da nossa economia financeira, desde a Colônia até a
República.” ( Fonte extraída do livro: Livro de Horas - autor Afrânio Peixoto)
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O nome Cidade do Salvador: Foi em nome de São Salvador do Mundo que Thomé de Souza, dedicou a Fundação da Cidade, pelo que denominou-a – CIDADE DO SALVADOR e não São Salvador, como se ler nos escritos dos modernos documentos, enquanto que nos sermões do Padre Antonio Vieira, nas Bulas Pontifícios, nas Cartas Régis e em cronografias antigas é denominada CIDADE DO SALVADOR e lá está sobre o arco cruzeiro do Colégio de Jesus, hoje Catedral a imagem colossal de Jesus, Salvador do Mundo as três letra: I.H. S.
A Cidade de Salvador foi fundada e instalada em 24 de junho de 1549” (Fonte do livro: “ Bahia Encantada” – autor: Ricardo Manocal”)
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Em 1728, aconteceu a primeira rebelião militar no Brasil deu-se no governo de Vasco Fernandes César de Menezes, Conde de Sabugosa, Foi Vice-Rei do Brasil. A revolta aconteceu com soldados do chamado “Terço Velho da Praça”, autores da proeza, dizem que por terem sido presos alguns camaradas e além disse passaram vexações e sofrimentos das famílias. O Terço Velho constava de 600 praças, acampados perto da Casa da Pólvora (Campo da Pólvora), antiga Praça Pedro II, mais da metade rebelados.
O Vice-Rei Vasco Menezes, permaneceu aqui de 1720 a 1735, edificou a Alfândega e ordenou a fundação do Convento da Lapa para as franciscanas “concepcionistas”, porque essas freiras se consagravam de modo especial: Honrar o mistério da Imaculada Conceição. Terminada a construção em 1744, foi quando veio as primeiras professoras do Convento do Desterro.”(Fonte do livro: “A Margem da História da Bahia” autor:Francisco Borges de Barros).
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“A fundação do Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, concluída em 1744, com ajuda de dois devotos: João de Miranda Ribeiro e Manuel Antunes de Lima. Em 1733 El-Rei Vasco Fernandes César de Menezes, com regras de Júlio II de 1511, destinar de “modo especial” a ministério da Imaculada Conceição, as franciscanas ditas “concepcionistas” quiseram ter seu Convento. Saindo as Madres do Convento das Franciscanas do Desterro, Madre Maria Castana da Assunção para abadessa e Madre Josefa Clara de Jesus para ser vigária e mestra de noviças da Lapa.Assim foi até a última freira “concepcionista” Madre Maria Sofia do Nascimento, falecida em 1912. Desde 16 de julho de 1902, entretanto, que as Irmãs do Bom Pastor a principio hóspedas, depois, por indulto da Santa Sé em 1921, tornaram-se proprietárias do Convento.” (Fonte do livro: Livro de Horas – autor: Afrânio Peixoto.)
Trabalho de Pesquisa de Álvaro B. Marques

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