A figura em anexo, mostra a escrava africana carregando seu filho nas costas, na maneira de seus ancestrais e também, carregando na cabeça um cesto com frutas. Cena muito comum nas ruas de Salvador e cidades do recôncavo baiano. Este era um serviço exclusivo para mulheres, os homens preferiam serviços mais pesados.
Eram homens ganhadores ou mulheres vendedeiras, escravos ou forros, sejam obrigados por leis da Câmara Municipal a pagar uma taxa de permissão para vender qualquer tipo de mercadorias e os preços eram tabelados. Caso não tivessem essa autorização, pagariam um valor estipulado e sujeito à prisão. Naquela época o comércio ambulante era bastante concorrido, vendia-se de tudo.
Quem mais se beneficiava com esse tipo de vendas era o proprietário dos escravos. Escolhidos, principalmente se fossem escravas espertas é mais adaptável do que o homem, eles não aceitavam de bom gosto esse serviço.
Tudo começou no período Colonial, quando os senhores tinham os seus excedentes de produção na fazenda ou engenho e mandavam os escravos venderem. Por exemplo: Frutas, verduras, ovos, galinha, mel, farinha, porco, cabrito,etc. E quando não dispunha dessas mercadorias, compravam para revender. Era o caso dos senhores que moravam na cidade e não tinham chácara ou fazenda. Usavam o escravo para qualquer negociação. Se bem que, o comércio ambulante já existia em toda parte do mundo, mesmo (a.C.). Os portugueses trouxeram esse costume de Portugal vindo dos mouros.
Entregava a escrava uma determinada quantidade de mercadoria, pela manhã, já contabilizado e ao retorno no final do dia, era apurado o valor vendido e então, entregue ao “sinhô” ou ao feitor o dinheiro.
As mulheres quando saíam para vender, mesmo com o filho em período de amamentação, teria que levá-lo é o que vemos na figura em anexa. O trabalho escravo não tinha regras nem leis de proteção ao escravo. Isto só apareceu poucos anos antes da Abolição..
Quando o escravo ou escrava, recebia a sua Carta de Alforria e não tinha outro meio de sobreviver, continuava na mesma função de ganhador e vendedeira. Porém, com vantagens de serem donos das mercadorias e de terem as suas liberdades Como também, havia escravas forras que adquiriam um ponto comercial, chamado Quiosque. Geralmente, localizado em praça pública para vender todo o tipo de mercadorias.
Além de todas as obrigações domésticas que as mucambas e a “mãe de leite” exerciam na casa grande, tinham o dever de carregar o neném da “iaiá”. ou “sinhá”, como eram chamadas, em período de amamentação amarrado nas costas e assim podia praticar outros serviços. Isto até quando a criança dependia do leite da “mãe preta”, depois quando andava, ela já não carregava tanto, mas, continuava a proporcionar mimos e afetos nas horas do sono. Enquanto seu filho ficava na senzala sobre vigia de escravas velhas e doentes ou então já crescido a brincar com os sinhozinhos envolta da casa grande.
Curioso que até hoje, vemos vendedores ambulantes a cantarolar as suas mercadorias. A tradição revela o povo e a sua cultura nos mínimos detalhes das necessidades humana.
“Tia Benta mascava um pedaço de fumo fino. Cuspia as vezes, deixando aparecer a dentadura alva. É quitandeira, vendia coisas de barro e comidas, cuscús, mingaus, batofe, aruá. E mercava alto pra gente de longe ouvir.”
Álvaro B. Marques
SSA,jun.de 2006
Eram homens ganhadores ou mulheres vendedeiras, escravos ou forros, sejam obrigados por leis da Câmara Municipal a pagar uma taxa de permissão para vender qualquer tipo de mercadorias e os preços eram tabelados. Caso não tivessem essa autorização, pagariam um valor estipulado e sujeito à prisão. Naquela época o comércio ambulante era bastante concorrido, vendia-se de tudo.
Quem mais se beneficiava com esse tipo de vendas era o proprietário dos escravos. Escolhidos, principalmente se fossem escravas espertas é mais adaptável do que o homem, eles não aceitavam de bom gosto esse serviço.
Tudo começou no período Colonial, quando os senhores tinham os seus excedentes de produção na fazenda ou engenho e mandavam os escravos venderem. Por exemplo: Frutas, verduras, ovos, galinha, mel, farinha, porco, cabrito,etc. E quando não dispunha dessas mercadorias, compravam para revender. Era o caso dos senhores que moravam na cidade e não tinham chácara ou fazenda. Usavam o escravo para qualquer negociação. Se bem que, o comércio ambulante já existia em toda parte do mundo, mesmo (a.C.). Os portugueses trouxeram esse costume de Portugal vindo dos mouros.
Entregava a escrava uma determinada quantidade de mercadoria, pela manhã, já contabilizado e ao retorno no final do dia, era apurado o valor vendido e então, entregue ao “sinhô” ou ao feitor o dinheiro.
As mulheres quando saíam para vender, mesmo com o filho em período de amamentação, teria que levá-lo é o que vemos na figura em anexa. O trabalho escravo não tinha regras nem leis de proteção ao escravo. Isto só apareceu poucos anos antes da Abolição..
Quando o escravo ou escrava, recebia a sua Carta de Alforria e não tinha outro meio de sobreviver, continuava na mesma função de ganhador e vendedeira. Porém, com vantagens de serem donos das mercadorias e de terem as suas liberdades Como também, havia escravas forras que adquiriam um ponto comercial, chamado Quiosque. Geralmente, localizado em praça pública para vender todo o tipo de mercadorias.
Além de todas as obrigações domésticas que as mucambas e a “mãe de leite” exerciam na casa grande, tinham o dever de carregar o neném da “iaiá”. ou “sinhá”, como eram chamadas, em período de amamentação amarrado nas costas e assim podia praticar outros serviços. Isto até quando a criança dependia do leite da “mãe preta”, depois quando andava, ela já não carregava tanto, mas, continuava a proporcionar mimos e afetos nas horas do sono. Enquanto seu filho ficava na senzala sobre vigia de escravas velhas e doentes ou então já crescido a brincar com os sinhozinhos envolta da casa grande.
Curioso que até hoje, vemos vendedores ambulantes a cantarolar as suas mercadorias. A tradição revela o povo e a sua cultura nos mínimos detalhes das necessidades humana.
“Tia Benta mascava um pedaço de fumo fino. Cuspia as vezes, deixando aparecer a dentadura alva. É quitandeira, vendia coisas de barro e comidas, cuscús, mingaus, batofe, aruá. E mercava alto pra gente de longe ouvir.”
Álvaro B. Marques
SSA,jun.de 2006
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