segunda-feira, 24 de maio de 2010

TRADIÇÕES E FESTAS ESQUECIDAS EM SALVADOR



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Festa em Itapagipe na sua Igreja.
Festa de Ternos e reis no Pelourinho e Lapinha ou Festas dos Ranchos. Geralmente, esses Ternos se reunião no dia 5 de janeiro na Festa dos Reis na Lapinha. Vindo de vários bairros de Salvador, cada um com seu nome figurativo no porta estandarte.
Pesca do Xaréu. Promovida por pescadores nas praias de Amaralina e Rio Vermelho.
Festa da padroeira da Irmandade de Nª.Sª da Boa Morte da Igreja da Barroquinha.
Oferendas na Lagoa da Abaeté.
Oferendas no Dique do Tororó.
Oferendas em São Bartolomeu.
Visitação a Gruta de São Lázaro em Ondina, local muito venerado.
"A Festa do Rio Vermelho: No dia 13 de Janeiro de 1880 os pescadores dos portos de Sant'Anna e da Mariquita no Rio Vermelho fazem uma Romaria com suas jangadas, todas embandeiradas de um porto a outro, com música, pelo mar. Depois regressam a praia e mandam Festa com celebração à Senhora Sant'Anna em sua Capela no largo da praça, e a Festa continua com muito divertimentos no campo em frente a Capela. Muita gente vinda da cidade conduzidos pelos bondes das Empresas dos Transportes Urbanos e dos Trilhos Centrais nas linhas férreas.
A povoação do Rio Vermelho (elevada a Freguesia) é muito procurado pelos doentes para uso dos banhos salgados e tem feito curas em doenças reumáticas e doenças de peles, pode até dizer milagras.
O rio Lucaia, que parte do Dique e o Camurujipe que sai do Cabula se reunem em certas distâncias e formam o Rio Vermelho que tomou este nome em vista do terreneo de barro vermelho ser em toda a sua extensão e nas grandes inchentes às águas tomam essa cor, cuja foz é na Mariquita". ( Fonte: Resumo Cronologico e Noticioso da Provincia da Bahia desde o ano de 1500 até 1885 - págs.32 e 34 autor: José Alvares do Amaral).
A FESTA DE 2 DE JULHO NO AREAL.
"Começava no dia 2 de julho e terminava em 15 de agôsto, homenagem em toda à cidade. Celebrava a vitória de 1823 a Independência do Brasil, em particular na Bahia. Cada bairro tinha seu carrinho alegórico, seus caboclos enfeitados de penas de papagaio e nas cabeças penas de outras aves grande. A maioria das pessoas usavam roupas brancas engomadas com laço de fita verde e amarelo na manga do casaço ou nos braços nús. Os meninos pusavam as guias do carro triunfal do caboclo e as meninas tinhão cocais e colares, simbolo de Catarina Paraguassú a mulher de Caramurú. Na rua principal da cidade os préstitos seguiam com os meninos do Arsenal da Marinha, Banda de música do Colégio de São Joaquim e os alunos das Escolas Públicas com seus professores. A multidão circulavam. Já no dia 15 de agôsto os africanos comemoravam a festa da Boa Morte no adro da Igreja do Bonfim. Eles, subindo a ladeira do Bonfim já tocando os seus instrumentos; canzás, xererés, agogôs, atabaques, berimbaús, gaitas de bambú com roupas multicoloridas e chapéus de palha tipo funil grande, com fita larga presa. As roupas variadas; saietas, calções, meia casaca. Adornos vários na cintura, nos punhos, joelhos, pescoços e nos tornozelos eram contas, búzios, penas e com o rosto pintado em cores. Está festa chamavam de Cacumbi." 
(Fonte: "Meu Menino" autor: A. J. de Souza Carneiro - "Memória Histórica sobre religião na Bahia" - autor Muller, Cristiano.- "Religião Negras" autor; Edson Carneiro.- Caixa nº5264 Seção de Arquivo: Colonial/Provincial - Religião - Irmandade - Livro 1 de 1839/1885.
Todas essas tradições foram legados do negro afro-baiano que não mais são cultuados. Se existiram outras não chegaram aos nossos conhecimentos, não houve continuidade.
Álvaro B. Marques

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