sábado, 29 de maio de 2010

A HISTÓRIA NOS CONTA - PARTE VII ( CARAMURÚ E CATARINA PARAGUSSÚ)


-->

O que conhecemos de Diogo Álvares Corrêa, o aventureiro português (n.1475 m.1557)
“Conseguiu-se salvar-se de um naufrágio no Rio Vermelho, região da cidade de Salvador Bahia, onde morreram todos os seus companheiros. Escondeu-se na ocasião, num penhasco a beira mar; daí ser Caramurú ou Mareia, que significa “peixe jogado pela maré contra os penhascos, misturando aos sargaços”. Conta a lenda que teria matado uma ave com um tiro de bacamarte, e por isso, o chamavam “Filho do Trovão”.
Viveu entre os índios durante 51 anos, enfrentando-os em suas revoltas contra Francisco Pereira Coutinho, o donatário da capitânia, casou-se depois com uma índia, filha de um cacique Tupinambá que mais tarde foi batizada como Catarina Paraguassú. Imortalizado no poema épico Caramurú do poeta Frei José de Santa Rita Durão. Morreu na povoação de Pereira da Aldeia Velha e foi sepultado no Mosteiro de Jesus”. (Fonte extraído do livro: “Grande Dicionário da Língua Portuguesa – Histórico – págs.216)
NOTA COMPLEMENTAR: Naquela época chamava-se povoado de Pereira da Aldeia Velha, abrangendo hoje os bairro de Farol da Barra, Barra Avenida e Graça. Fazia um só mapa. Por essa razão, alguns historiadores afirmam que a igreja da Graça é a primeira do Brasil. Lá encontra-se o famoso quadro de Catarina Paraguassú – “ o sonho de Catarina Paraguassú”, pintura do século XVI.” ( Fonte do livro: Relíquia da Bahia – autor: Edgard de C. Falcão)
É BOM LEMBRAR;
“ O primeiro templo católico erigido no Brasil., segundo Frei Jaboatão, foi construído em Porto Seguro, pelos jesuítas no ano de 1503.
“O segundo templo foi construído por Diogo Alves Correia – o Caramuru, entre os anos, de 1528/30 é a igreja de Nossa Senhora da Vitória..Manuscrito existente no arquivo do Convento de São Francisco, foi lido no livro “Livro dos Guardiões”, onde estão registradas todas as crônicas do Convento, deste a sua fundação.”(Fonte do livro:Bahia Histórica – autor Sílio Boccanera Jr.)
CATARINA ÀLVARES CARAMURÚ – Considerado por muitos historiadores como heroína brasileira (n.1504 m.1586). Filha de um cacique tupinambá. Casou-se com Diogo Álvares Corrêa, o Caramuru; com ele foi para a França em 1526. Lá batizou-se com o nome de Catarina. O casal teve quatro filhas que se casaram com colonos portugueses vindo com Martim Afonso, e dos quais descendem muitas famílias importantes, entre elas os Garcias D’Avilas, origem da nobreza Imperial brasileira, com o primeiro titulo honorifico conferido por D. Pedro I, no dia da coroação.
Madalena, casada com Afonso Rodrigues, se tornou célebre por ter sido a primeira mulher brasileira que aprendeu a ler e a escrever” (Fonte extraída do livro: Grande Dicionário da Língua Portuguesa – Histórico. págns.216).
É BOM LEMBRAR: “A mulher só depois de 1879 pode ser concretizado o ideal da liberdade educacional, graças a reforma liberal do conselheiro Leônico de Carvalho.
A mulher estava presa a educação rígida e as vezes exagerada de uma prisão doméstica, a qual até os cursos secundários e superiores oficiais, eram proibidos a sua admissão. Só nos primeiros anos do século XX, causava admiração uma jovem estudar Medicina, Direito e Engenharia. Antes, no máximo eram as prendas domésticas, tocar piano e saber ler e escrever a língua pátria, Francês ou Inglês, isso nas famílias ricas.”( Fonte do livro: Manuel Vitorino e o Desencanto Político” – autor: Alexandre Passos – págns.216)
É BOM LEMBRAR: O chá foi introduzido na Europa, em fins do século XVII, pela Holanda que desenvolveu a sua plantação na ilha de Java, cuja cultura desordenada aí encontrou um clima favorável.
Chegou-nos o chá para o Brasil por intermédio da metrópole, ainda no século XVII. Os cronistas da época afirmaram que o cultivo das plantações do chá veio com os jesuítas na Bahia, depois Pernambuco e mais adiante no Rio de Janeiro. Trazido também, por mercadores da Companhia das Índias Ocidental. Os portugueses trouxeram as folhas secas e mudas da pitangueira e vassourinha para a colônia brasileira. (Fonte do livro: O Rio de Janeiro no tempo do “Onça” autor: Alexandre Passos – págns. 49) Na realidade o chá já era difundido há muitos séculos pelos chineses, Oriente Médio e toda a Ásia. A sua história remontada da China, vejamos: “A planta camélia vem de origem da China e da Índia. Sendo que o primeiro registro do chá data do século III a.C. O tratado de Lu Yu, conhecido como o primeiro tratado sobre o chá técnico, escrito no século VIII, durante a dinastia Tang, definiu o papel da China como responsável pela introdução do chá no mundo. Foi introduzido no Japão no inicio do século IX por monges budistas que levaram da China algumas sementes. ( Fonte da Google (jardim de flores)
O CAFÉ DA BAHIA:
“O introdutor da planta do café, cultivado na Bahia, veio desde o ano de 1809, por Manoel Fernandes Novinho, recebeu dos Capuchinhos italianos Frei Pedro de Serravezza e Frei Marcelo de Carmagnolo, os grãos de café que lhe surtiram grande e valiosa colheita”. (Fonte do livro: Anais do 1º Congresso de História da Bahia)
“Já no Rio de Janeiro o café quem trouxe foi Francisco de Melo Palheta; sertanista brasileiro, em 1727 da Guiana francesa, até onde conseguiu penetrar, as primeiras mudas e sementes do cafeeiro no Brasil. Mas o chá continuou a ser bebida normal, quente, dos brasileiros, começando a ser superado pelo café no último quartel do século XIX.” (Fonte extraída do livro: “Rio no Tempo do “Onça” – ( séc.XVI ao XVIII )
TELEGRÁFOS: submarino foi inaugurado no dia 1 de janeiro de 1874, e o telegrafo nacional teve inicio na Bahia em janeiro de 1872.
Em 11 de dezembro de 1873 aqui na Bahia aportou o navio inglês Hoop, que conduzia o fio elétrico, tendo emergido 1.300 milhas de cabo entre o Pará e Pernambuco e 341 milhas de Pernambuco a Bahia, no total de 1731 milhas.”
LARANJAS DA BAHIA.
“As primeiras laranjas da Califórnia são de origem baiana. Mandadas do Brasil algumas mudas em 1830. Por um americano possivelmente do consulado americano, radicado na Bahia. Essas mudas foram cultivadas na estufa do jardim público do Capitólio em Washington nos Estados Unidos e daí seguiram para a Califórnia por ser o clima parecido com o do Brasil, principalmente da Bahia.
Tratadas com mimos, essas árvores cresceram, frutificaram e multiplicaram-se tão rápido que constituem hoje uma fonte de renda e riqueza para o Estado da Califórnia. É triste pensar que a Bahia se quisesse ter essa fortuna seria dela e o país mais promissor.
Como também nas ilhas Malásias os ingleses cultivaram em grandes extensões de terras plantas do Brasil. Principalmente a árvore chamada de “árvore da borracha” e desenvolveram maravilhosamente a cultura. É mais uma fortuna que o Brasil do tempo do Império deixou sair de regiões ricas em faunas e floras. Por não querer cultivar o que por acaso nasceu.” ( Fonte do livro: “Correio da Roça - autor: Júlia Lopes de Almeida pub. Em 1913/BA).
NOTA COMPLEMENTAR:
Realmente, na capital baiana Salvador no bairro do Cabula, foi o local das famosas “laranjas seletas e de umbigos” tão recomendadas pelo povo e até indicadas por D. Pedro II para serem cultivadas em Portugal, chegando a levar para a Metrópole mudas e laranjas o que não foi possível o cultivo por causa do clima. Também no interior da Bahia em Santo Antonio de Jesus, essas laranjas eram de boas qualidades.
Naquela época os domínios portugueses no Brasil só tinham olhos para o cultivo da cana de açúcar, algodão e fumo por serem os mais procurados no mercado consumidor interno e externo e o lucro eram certos. Uma vez que esses produtos já eram de grandes interesses pelo Império.
Trabalho de pesquisa de Álvaro B.Marques

Nenhum comentário:

Postar um comentário