sábado, 29 de maio de 2010

A HISTÓRIA NOS CONTA - PARTE VI - (Breve comentário sobre a escravidão no Brasil)

-->
Breve comentário da escravidão  no Brasil.
Lendo o comentário no livro “Manuel Vitorino Pereira e o Desencanto Político” do autor Alexandre Passos na parte da Escravidão no Brasil, ele diz: “Se bem que fosse comum, entre os povos romanos e gregos, a escravidão dos vencidos após guerra. Já a escravidão na Idade Média, houve tentativa de abolir uma vez. Mas não passou de uma ilusão o nobre designo; menos de cem anos depois, a escravidão é restabelecida pelos europeus. Inglaterra, França, Espanha, Holanda e Portugal encontraram na Àfrica o seu melhor núcleo de recrutamento de trabalhadores para as suas Colônias, sem nenhuma remuneração. Nasceu dessa forma a escravidão negra em massa. Mas esse procedimento não podia durar indefinitivamente.
A Inglaterra, em 1807, aboliu o trafico, policiando os mares, a fim de que outras nações não a praticassem.
Em 1833, deu-se a abolição total em todas as suas Colônias.
A grande revolução socialista de 1884 de que se originou a primeira República francesa, extinguiu a escravidão na França e suas Colônias.
Portugal foi a primeira nação a reiniciar a escravidão, ainda no reinado de D. João I (1383/1433), em pleno século XV. Foi também das últimas a extingui-la. As Colônias portuguesas só em 1876 ficaram livres da escravidão. Mas, no Brasil veio com Tomé de Souza e só terminou em 13 de maio de 1888. ( Fonte do livro “ Manuel Vitorino e o Desencanto Político.” – autor Alexandre Passos.
É bom lembrar:
“Os primeiros mestres de obras que aportaram na Bahia, foram: Luís Dias e depois Filipe Guilhem, foram também os primeiros construtores das casas de Engenhos e das casas grandes.” ( Fonte do livro “Manuel Vitorino e o Desencanto Político.” – autor Alexandre Passos.)
VAMOS ACOMPANHAR A NARRATIVA ABAIXO DE UM ESCRAVOCRATA QUE NÃO QUERIA A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA TOTALMENTE LIVRE, PÓS EM SUA OPINIÃO A MELHOR MANEIRA SERIA EM FORMA DE IDENIZAÇÃO AOS SENHORES DO ESCRAVO E LIBERDADE GRADUAL. Para não prejudicar o comércio e a lavoura. Como também, é contra o pagamento de imposto sobre a compra e venda do escravo.
“O imposto sobre escravos só atinge aos não pertencem à lavoura. Sempre considerados injustos, semelhante distinção entre o escravo do campo e o da cidade, e em tese essa regalia concedida ao proprietário rural importa uma desigualdade para com os demais senhores de escravos.
È sabido que, em regra geral, o escravo na cidade é muito melhor tratado, vestido, alimentado, trabalha menos, com serviços leves. E os lucros que eles dão aos seus senhores em serem vendeiros e alugues, deixa em mãos uma boa soma, são maiores do que os do campo. Não é justo está cobrança de imposto, é claramente injusta. É uma forma de proteger a lavoura e os grandes ricos donos de Engenhos e terras. Isenta-os de pagar pelos seus trabalhadores e penaliza aqueles que não têm lavoura.”
( Fonte do livro: “ Elemento Escravo”- as questões econômicas do Brasil – 1885 autor: Augusto Álvares Guimarães – págns.69)
ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL: 1º - Proibiu-se o tráfico de Africano em 183l
2º- Libertação do ventre livre(a Lei Auréa) em 1871
3º- Libertação dos sexagenários em 1885.
4º- Libertação incondicional de todos os escravos em 13
de maio de 1888.
FATOS MARCANTES DA ÉPOCA
Pelourinho é uma coluna de pedras ou pilastra, erguida em meio da praça pública chamada também terreiro, símbolo do poder municipal. É uma coluna de cantaria com argolões fixos de bronze, amarrados aí os condenados a açoites públicos.
A patriótica Sociedade Dois de Julho conseguiu da Câmara Municipal a abolição do infamante instrumento de súplica Colonial, sendo destruído a 7 de setembro de 1835.
As execuções públicas se realizavam em vários lugares; na praça da Piedade os nossos mártires da Inconfidência Baiana, padeceram ( hoje treze de maio ). No Campo da Pólvora foram os condenados da Revolução Pernambucana de 1817, daí chamado o largo Campo dos Mártires, ( hoje Dom Pedro II ). No Terreiro de Jesus, houve execução capital. O “Pelourinho” ficou somente o nome que lembra “pelouro” ou pedra de arremessos, porque o apedrejamento era sanção pública, com que se castigava o “escândalo”, que é pedra também, embora, que isso seja “ pedra de escândalo” ou dito popular: “ atrás do apedrejado – corre às pedras como os pelouros atados ao poste, do Pelourinho”. ( Fonte do livro: “ Livro de Horas “ – autor: Afrânio Peixoto).
O Pelourinho, uma coluna de pedras de cantarias, com argolas de bronze, onde eram amarrados e castigados, pública e barbaramente, os escravos e os condenados à pena de açoite. Mais tarde, este poste de súplica, foi mudado para o alto da ladeira do Rosário da Baixa dos Sapateiros, ficou até poucos anos, denominado o local de Largo do Pelourinho, hoje praça José de Alencar.
Por ordem da Câmara Municipal, foi demolido o infame “Pelourinho” em 1835, colocando no seu lugar um chafariz em 1857, ano em que começou esta cidade a ter fornecimento de água potável, sendo então levantados vários chafarizes nas principais praças. Alguns de mármores de carrara de valores artísticos, que pouco a pouco, estão desaparecendo de nossas vistas, por serem já coisa inúteis para o senso estético de nossos governantes”. ( Fonte extraído do livro: “ Bahia Histórica” autor: Sílio Boccanera Jr.)
Trabalho de pesquisa de Álvaro B. Marques

Nenhum comentário:

Postar um comentário