sábado, 29 de maio de 2010

A HISTÓRIA NOS CONTA - PARTE IV (ARTÍFICES BAIANOS E OUTROS ASSUNTOS)

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O marceneiro do início do século XIX, assim chamado de artífice, fabricante de móveis em madeira de lei, procedentes da Amazonas, Espírito Santo e do interior da Bahia, principalmente, destacavam-se o jacarandá, a sucupira, o gonçalo-alves, a peroba, o louro-rosa, o pau de ferro, o pau cetim, o cedro, o vinhático, o mogo, a canela e a sapucaia. Depois foi o embúia que despertou nos compradores de móveis o interesse por novos estilos. O pau Brasil já era muito difícil a aquisição.
Naquela época as famílias ricas tinham o prazer de ter seus mobiliários nos estilos do século XVIII e de D. João VI, e os franceses de Luís XV e algumas vezes os interessados reuniam um ou três estilos clássicos em suas residências.
Marceneiros, carpinteiros ou carpinas, entalhadores e santeiros, fundidores, ferreiros, alfaiates, ourives e prateiros, eram ao mesmo tempo, antes da aprendizagem da respectiva profissão, ser um bom riscador do desenho, faziam o curso na escola do Liceu Arte ou aprendiam com mestres abalizados. Sem este requisito básico não adquiriam a autorização da Câmara Municipal para exercer a profissão. ( Fonte extraído do livro: Manoel Victorino e o Desencanto Político – impresso em 1956 – autor: Alexandre Passos.)
A palavra mestrança ou artífice têm a mesma origem; ferreiro, calafate, carpina, polieiro, tanoeiro, pintor, funileiro, carreiro e os chamados artesãs em geral. Eram considerados os profissionais acima até o século XIX, na Bahia.”(Fonte do livro: “Cronografia do Império do Brasil”)
Curiosidade da época: Em 3 de março de 1854 a Sociedade dos Artífices desta Provincia criou cursos elementar com as disciplinas; aritimética, principio de algebra até o 2º grau, geometria, trigonometria, máquinas, noção de química e física, desenho linear de máquinas, arquitetura civil e naval para as instruções dos socios e seus filhos com a Direção do artista José Francisco Lopes. Solicitação encaminhada ao Governador da Provincia Dr. João Mauricio Wanderley.
É BOM LEMBRAR: O PRETOR DA BAHIA = Nosso Senhor do Bonfim.
A música em louvor ao Senhor do Bonfim, foi composta pelo Maestro Tenente João Antonio Wanderley e a letra do notável poeta Dr. Muniz Barreto de Aragão ( Petion de Vilar). O Hino ao Senhor do Bonfim, foi aprovado em 16 de maio de 1923. ( Fonte do livro: A Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim”- autor: José Eduardo Freire de Carvalho Filho.)
É BOM LEMBRAR:
O PRIMEIRO GADO DA BAHIA – “Tomé de Souza, mandou vir da Ilha de Cabo Verde, gado e semente de cana, e distribuiu terras para a lavoura e para criação de gado, iniciando a colonização. Foi assim que criou o Império de Garcia D’Avila e depois, seu neto Francisco Dias D’Avila o morgado da Casa da Torre.
Em recompensa de seus serviços, D. João III concedeu-lhe uma sesmaria de oito léguas de costa e cinco léguas para o sertão no Rio Pojuca. Tornou-se o maior criador de gado do Brasil colônia e o maior proprietário de terras.
Depois de prestar inestimáveis serviços, retirou-se para Lisboa em 1553, o primeiro Governador Tomé de Souza.” ( Fonte do livro: “Bahia Encantada” – autor: Ricardo Menocal).
MOURARIA: “Local em que se estabeleceram degredados ciganos, expulsos de Portugal, por ordem de Dom João III, que não tolerava; eram acusados de furtos e feitiçarias. Degredou os ciganos para a Bahia por Carta Régia de 11 de abril de 1718. Chegando a nossa terra a 31 de julho de 1718, acomodados na Mouraria que tinha sua predestinação. Tem nome de uma igrejinha pitoresca, dita Santo Antonio da Mouraria, note bem: Rua de
Santo Antonio da Mouraria.” ( Fonte do livro: “Livro de Horas” – autor: Afrânio Peixoto )
Trabalho de pesquisa de Álvaro B. Marques
SSA, abril de 2001

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