sábado, 29 de maio de 2010

A HISTÓRIA NOS CONTA - PARTE II

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As esculturas de artistas baianos, são trabalhos em barro cozido, miniaturas e peças de utilidades domésticas e presépio de Natal. Haja visto que outros trabalham em pedra jaspe, madeira e casca de cajazeira.”( Artistas baianos – autor: Manoel Querino – págas. 96 a 115.)
No dia 7 de setembro de 1847, foi inaugurada a iluminação pública desta cidade, com os clássicos lampiões para azeite de baleia.”( Fonte extraída do livro: Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – Quarto Centenário do Brasil- vol.I nº 23/1900 ).
Na Bahia antiga, remonta ao século XVII, os africanos reuniam-se em “colônia” etnia.
As principais foram: Haussas-(malês) de maioria instruídos, islâmicos. Iorubanos em geral, inclusive gêges em maioria de culto. Angolanos e Bantus. Os sudaneses eram de minoria islâmica e não aceitavam outras religiões de origem totêmica. Havia muitas rivalidades entre eles.”
Nagô ou iorubas – Língua Iorubana ou iorubá – Língua de Angola em que pertencem os Gêges.
No culto gêge-iorubana – babá:- pai, chefe, guia, adivinho, mago, curandeiro, profeta.
Língua – Quibundo – principal das línguas bantu, língua geral dos Africanos.
( Raças e Assimilação – autor: Oliveira Vianna )
Língua Tupi – José de Anchieta e Gonçalves Dias, foram os primeiros á traduzir do Tupi ao Português no Brasil. ( Quarto Centenário do Brasil – vol.nº 23)
PADRE LUIZ FIGUEIRA – escreveu a “Gramática da Língua Geral dos Índios do Brasil”(Tupi e Guarani), reimpressa na Bahia, em 1854, aos esforços do sr. João Joaquim da Silva Guimarães. Este padre, Luiz Figueira foi um desses vultos angélicos, que iluminara as primeiras páginas da história dos jesuítas em nossa terra. Já velho e cansado não cessava de viajar pelos sertões brasileiros, para catequizar e doutrinar “os pobres brazis”,como ele chamava os índios. com muita ternura, no prólogo da sua gramática. Gozou glórias dos martírios: foi morto e devorado pelos indígenas na ilha de Marajó, no Pará.”(Fonte extraída do livro: “ Apontamento para a história dos jesuítas no Brasil” autor: A.Henrique Leal)
NOTA COMPLEMENTAR:
Foram vários jesuítas que andavam por esse Brasil á fora, descobrindo, catequizando, doutrinando, educando e amando esses numerosos filhos da terra, como eram chamados
de curumins os filhos dos índios.
É BOM LEMBRAR
“Padre José de Anchieta, padre Luiz Figueira, padre Montoya que também escreveu um livro: “O Tesouro da Língua Guarani” foram os que chegaram até nós os seus trabalhos. Não citando outros vultos que para se comunicarem com os índios eles tinham de aprender a língua nativa e seus dialetos. Conviver por longos meses a se envolver com a vida quase nômade dos indígenas, sempre a fugir dos brancos perseguidores.. Só com muitos anos de trocas de mercadorias é que algumas tribos aceitaram a presença dos jesuítas em suas aldeias. Principalmente as tribos antropófagas.
As suas missões eram árduas e sempre cobertas de glórias na sua inabalável fé cristã. Por amar ao próximo eles deram a sua própria vida.
Outro vulto merecedor de glórias eternas na cultura baiana e do Brasil: Padre Alexandre de Gusmão, que viveu e morreu na Bahia. “Nasceu em 1629, em Portugal e morreu em
Belém, no seminário que construiu em 1724. Foi um pedagogo e educador, doutrina e exercício, teoria e prática. Escreveu os livros: “Escola de Belém” e “Jesus nascido no Presépio”. Publicado em Évora, em 1678 “História de Predestinação Peregrino”, saído em Lisboa, no ano de 1682: “Arte de criar bem os filhos na idade da puerícia”, também editado em Lisboa, em 1685. Creio que foi o primeiro a percorrer o caminho da Puericultura em nosso País. Pedagogia e romance pedagógico, intercalar. Portanto grande novidade na época, mesmo em Portugal. Gusmão tinha convicções firmes sobre a educação, não só para a vida religiosa como também da Companhia de Jesus a qual fez parte diretório. O Seminário de Belém concorreu para a educação do Brasil, no começo do século XVIII.” (Fonte extraída do livro: “Livro de Horas” autor: Afrânio Peixoto – publicado em 1947.)
Os jesuítas foram expulsos desta Cidade em 1760 em virtude do célebre decreto do Marquês de Pombal, e dissolvida a Ordem. Sede a Catedral, local do seu antigo templo.
Os jesuítas embarcaram para Lisboa, em 19 de abril de 1760. Atravessaram as ruas centrais no meio de escoltas. Seus bens foram seqüestrados e vendidos em hasta pública pelo governo.
Antes da Igreja do Colégio dos jesuítas e da Catedral, a primeira igreja que serviu a Sé na Bahia, foi a Capelinha da Ajuda, toda de taipa, coberta de palha, levantada pelos jesuítas em 1519, quando Tome de Souza lançou os fundamentos da Cidade”.
(Fonte do livro: “ Bahia Histórica” – autor: Sílio Boccanera Jr. )
É BOM LEMBRAR: “Senhor de Engenho, viam-se esses homens toscos como verdadeiros aristocratas, comendo com talheres de prata e andando de carruagem.
Casa de Engenho; mesa grande, bancos de madeira de lei, cobertura da casa em telha vã, banho dentro de barrica com cuia, quando tinha que fazer às necessidades, era feito no mato, sem papel, limpava-se com folhas. Vários quartos grandes com janelões, moveis de estilos ou simples, camas com lastro de couro. Geralmente, esses casarões tinham corredores no meio para dividir os quartos. Sala de visita grande com móveis clássicos, sala da cozinha grande com mesa central de madeira, muita fumaça, vindo de fogão a lenha. Lá fora no alpendre, uma rede de pano grosso para gosto da cesta. Os carros de boi passavam gemendo sob o peso da cana madura indo para os picadeiros. E o cambiteiro estala o chicote no lombo do animal, dentro do silêncio da estrada.
Na madrugada quando o sino dobrava já era dia, todos de pé, a iniciar as suas tarefas. Dentro da casa grande, reinava um regime patriarcal, a grandeza moral da família no mundo de dignidade e nobreza”.( Fonte do livro: Bangüê – autor: José Lins do Rego –pgns. 10 a 15)
BANGUÊ – Espécie de padiola ou liteira muito usado nos Engenhos de Açúcar no século XVIII até meado do século XIX. Como também era usado como meio de transporte de defunto indigente. ( Fonte do Livro:Bangüê – de José L. do Rego)
Versinho malicioso e pejorativo que o branco cantava até final do século 19 no recôncavo baiano:
"Branco Deus fez
Branco dorme na sala
Mulato Deus pintou
Mulato dorme no corredô
Caboclo bufa de porco
Caboclo dorme na cozinha
Negro diabo cagou
Negro dorme no cagadô.
( Fonte extraída do livro: “ O elemento escravo” autor: Augusto Álvares Guimarães )
Trabalho de pesquisa de Álvaro B. Marques

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