“Viajando nas águas do rio Pojuca, refere-se, como uma lenda
pungente, a história de um papagaio, sobrevivente da extinção de toda uma
tribo selvagem a quem essa ave pertencera.”
“Ficará ele só, o papagaio, único naquela região, a repetir
as vozes dos selvagens Tupis, língua desaparecida, havia muito tempo, o último
representante vivo da dizimada peste que assolou toda a região. Ali estava ele com suas cores alegres,
pronunciando palavras em linguagem morta.”
“Pousado sobre as ruínas da aldeia, solitário e triste, a ave
fiel cortava o silêncio da solidão do local que outrora houvera vozes e gritos
dos selvagens. Linguagem que ninguém mais compreende; era um fantasma vivo,
diante do qual passava canoas levando os novos dominadores da terra Tupi.”
(Trecho da narrativa” Os Novos Colonizadores no Brasil” do livro Revista do
Instituto Geológico e Histórico da Bahia, v.7/8/9/10 ano 1896.)
Meus Comentários: Na realidade dos fatos, não houve a
“peste”. A dizimação do povo desta e de
outras regiões foi causada por mortes violentas e incêndios postos por
invasores portuguêses na tomada do Brasil Colonial. Expulsaram os indígenas
para o interior seco do sertão baiano e lá também os índios foram massacrados e exterminados por grandes latifundiários. A língua Tupi foi traduzida por José de
Anchieta, o jesuíta que criou a 1ª Gramática da Língua Tupi no sistema escrito
e o Padre Azpilcueta Navarros foram os primeiros etnógrafos do Brasil. Por
ordem do Marquês de Pombal em 1756 foi proibido a língua Tupi-Guarani falada por índios
e jesuitas no Brasil. E expulsos todos os jesuítas das Colônias Portuguesas.
Mas os índios continuaram a falar o Tupi-Guarani por ser o dialeto mais usado na maioria do território brasileiro.(Álvaro).
“O papagaio é notável pela faculdade de imitar a voz humana.
Um belo jogo de cores faz desta ave verdadeiro ornamento da região amazônica e
nordeste brasileiro. Seu período de vida é longo em média de vida é de 60 anos.
Eles podem viver até mesmo 80 anos se bem tratado. É a única ave que costuma
ter um parceiro.” ( Fonte: Moderna Enciclopédia de Pesquisar, Consultar e
Aprender – Novo Brasil Editora Brasileira Ltda.1984)
Álvaro B. Marques.
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