Estamos em pleno século 21 e nada se compara hoje com os
séculos passados, principalmente a medicina que tomou um grande impulso de
desenvolvimento na área científica, médica e hospitalar.
Lendo as Guias de Óbitos do século XVIII, constatei nomes de doenças que se
fossem hoje não haveria tantas mortes.Principalmente as doenças endêmico que tornaram-se epidemias e ainda hoje são desafios para a saúde pública. Naquela época tínhamos médicos clínicos
gerais, competentes e jubilados, alguns com conhecimentos no exterior França,
Estados Unidos e Inglaterra, mas os medicamentos só apareceram aqui em fins do
século XIX. “Foi somente no século XIX que se iniciou a procura pelos
princípios ativos presentes nas plantas medicinais, criando assim, os primeiros
medicamentos com características que nós os conhecemos atualmente. A primeira
indústria farmacêutica nasceu na Alemanha em 1897 também a primeira patente que
se tem conhecimento na área de medicamentos.” “Foi na era das enfermarias e
boticas dos Colégios Jesuítas que o povo do Brasil colonial encontram drogas e
medicamentos vindos da Europa”(Hist.das Farm.no Brasil – autora:Renata
Carvalho, jornalista –Internet). Nesta época eram chamados de físicos os
médicos e cirurgiões.
No passado, havia a profissão chamada de sangradouro e barbeiro,
estes além dos cortes de barba praticavam ventosas, sanguessuga, faziam
curativos e arrancavam dentes e muitos nas horas vagas eram músicos. Os
remédios eram vendidos nas boticas e drogarias importadas quase sempre uma
prerrogativa para os brancos ricos. Os pobres a maioria escravo serviam-se dos
curandeiros, remédios caseiros, formulas feitas de ervas, sangradouros e
barbeiros. Recorriam ao Hospital da Santa Casa da Misericórdia (que era o
único) quando a doença já era grave.
Termo médico(diagnóstico) nos Óbitos: raquitismo, congestão de baço e
fígado, congestão cerebral, lesão cardíaca, tétano umbilical, febre perniciosa,
tétano e tuberculose, renitente, bronquite, cardíaco, delirium tremens,
insuficiência aórtica, acesso (tosse) pernicioso, ataxia, moléstia interna,
hepatite, carcinoma do reto, gastrenterite, tísica pulmonar, pneumonia crônica,
febre renitente biliosa, convulsões, febre palustre, asfixia, nefrite, caquexia
palustre, caquexia cancerosa, enterite aguda, dentição, beribéri, coqueluche,
carcinoma do útero, mal do umbigo em estado de putrefação, cólicas intestinais,
gangrena, catarro sufocante, marasmo senil, congestão interna, peritonite
aguda, moléstia do coração, cólera morbus, glicosina, congestão pulmonar,
hemorragia, decreptude, mielite, moléstia hepática, varíola, disenteria crônica,
insuficiência mitral, eclesia da aorta, tosse sufocante, cirrose crônica do
fígado, difteria, insuficiência aórtica, abscesso do fígado, envenenamento,
cancro no útero, tuberculose mensetérica, meningite, febre puerperal, tumor
maligno, mal de Brecht, estupor enterite, asfixia, vermes intestinais, cardo
vaso, cancro no nariz, erisipela, fibroma uterino, retenção de urina, tétano
dos recém-nascidos, úlcera, fagedomina complicada de diabete, atrepsia, lesão cardíaca,
meningite, ruptura de aneurisma, entero colite, hiperemia, cerebral espinhal,
linfagite, hidrofasia, nefrite, angina, difteria, sanidade gestação, cólicas,
úlcera gástrica, bronquite capilar, infecção purulenta, ferimento na região
carotidiano (arma de fogo) endocardite, bronco pneumonia, ascite, sífilis
cerebral, estreitamento aórtico, carcinoma do estômago, congestão do baço e
fígado, enterocolite, moléstia da boca, disenteria bacilar, vermes intestinais,
moléstia venérea.
Na minha opinião de leigo. A maioria dos nomes de doenças que o médico escreveu nos óbitos não me parece ser de causa morte em relação a medicina atual.
Fonte: Livro Registro Clínico e Estatístico Neológico do Hospital da Caridade da Bahia - Encaminhado ao Cemitério da Quinta dos Lázaros em 1869.
Relação dos gêneros alimentícios de consumo diário dos doentes e empregados do Hospital de Caridade e da Santa Casa da Misericórdia da Bahia em 1849/50.
O que seria inadequado hoje como alimento hospitalar. Caso da maioria dos gêneros citados abaixo:
Couve verde, arroz, toucinho,açúcar, farinha, farinha de trigo, farinha de tapioca, aletria, galinha, carne verde(ás vezes) carne seca, chá, café, manteiga de vaca, manteiga de porco, vinho tinto, vinagre, leite, água, sal, azeite de mamona, cevada, feijão, azeite doce, pimenta da Índia, cravo, cominho, erva doce, cebola.
Permaneceu essa alimentação em todo o século 18 até meado do século 19 foi quando entrou outros alimentos e aboliu aqueles considerados nocivos ao doente.
Na minha opinião de leigo. A maioria dos nomes de doenças que o médico escreveu nos óbitos não me parece ser de causa morte em relação a medicina atual.
Fonte: Livro Registro Clínico e Estatístico Neológico do Hospital da Caridade da Bahia - Encaminhado ao Cemitério da Quinta dos Lázaros em 1869.
Relação dos gêneros alimentícios de consumo diário dos doentes e empregados do Hospital de Caridade e da Santa Casa da Misericórdia da Bahia em 1849/50.
O que seria inadequado hoje como alimento hospitalar. Caso da maioria dos gêneros citados abaixo:
Couve verde, arroz, toucinho,açúcar, farinha, farinha de trigo, farinha de tapioca, aletria, galinha, carne verde(ás vezes) carne seca, chá, café, manteiga de vaca, manteiga de porco, vinho tinto, vinagre, leite, água, sal, azeite de mamona, cevada, feijão, azeite doce, pimenta da Índia, cravo, cominho, erva doce, cebola.
Permaneceu essa alimentação em todo o século 18 até meado do século 19 foi quando entrou outros alimentos e aboliu aqueles considerados nocivos ao doente.
OBS: ESTE TEXTO É PARTE DE UMA PESQUISA MAIS AMPLA A
DESENVOLVER.
Álvaro B. Marques