domingo, 28 de novembro de 2010

A IGREJA MOURISCA DA BAHIA

O QUE FICOU DOS MOUROS CATÓLICOS NA BAHIA
uma referência nos faz crer, até o momento, que os Mouros passaram e deixaram a sua originalidade na Igreja da Lapinha. A única no Brasil pelo seu estilo mourisco de seu interior, quase uma Mesquita com suas inscrições em árabes na parte superior das paredes de sua nave central nas laterais do teto. Comprovando a sua autenticidade árabe ao dizer “está é a casa de Deus, a porta do céu".
 A Igreja Católica na época da sua data suposta em  1771 não aceitava nenhuma outra religião que não fosse a Católica e fizeram várias campanhas para espulsar os mouros da provincia, até que conseguiram deportar os negros libertos.
Criou-se assim, outra história para a referida Igreja: “Em 14 de abril de 1930 foi renovada a Igreja, sobre a assistência do Bispo Primaz D. Augusto Álvaro da Silva, e supervisão da obra o Frei Leão Uchoa que lhe deu um estilo neogótico e colonial na parte externa e na interna estilo mouçarábico."
“O Frei, pertencente a congregação dos agostinianos (após a reforma que não foi aprovada pela Arquidiocese de Salvador) separou-se e levou com ele as documentações da Igreja, bem como os nomes dos responsáveis pelas reformas e comprovação da construção, no mínimo consta na relação de despesas da Igreja da Lapinha."
Cabe lembrar que nesta Igreja há um trabalho do notável escultor baiano Manoel Ignácio da Costa à imagem em estátua de Santa Madalena, uma verdadeira obra de arte.
Houve outras reformas, porém nada significante em relação ao seu estilo.
A Igreja da Lapinha tem como padroeira a Virgem Maria e erigida por Matriz a Nossa Senhora da Conceição da Lapinha..
É curioso saber que perto desta Igreja existe o Pavilhão dois de Julho onde estão guardados os carros do caboclo e da cabocla que simbolizam a participação popular na luta pela Independência da Bahia em 1823 e o busto do General francês Pierre Labatut que lutou ao lado dos brasileiros.
Fonte extraída da Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e do livro Histórias das Igrejas de Salvador.
Trabalho de pesquisa – Álvaro B. Marques

sábado, 27 de novembro de 2010

TRAPICHE


Os Trapiches foram instituídos no século XVIII, para armazenar mercadorias importadas e exportadas e cresceram com o desenvolvimento portuário. O comércio se expandiu muito, chegando a encontrar entraves por falta de infra-estrutura. As casas comerciais iniciaram na antiga rua do Corpo Santo e logo depois até a rua Portugal, próximo ao Mercado Modelo. Mas para chegar até está rua, houve vários aterros e se estenderam proporcionalmente até Água de Menino, conforme as necessidades do comerciante. Geralmente eles eram proprietários associados dos Trapiches que vinham ter o nome do principal fundado.
Trapiche Barnabé, fica na área do Pilar, antiga freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Os Trapiches de um modo geral não ofereciam segurança, havia constantes incêndios e roubos freqüentes. Nos Trapiches eram armazenadas mercadorias que vinham da Europa: Produtos manufaturados e alimentos, tais como; bacalhau, vinho, tecidos, louças, alfaias, especiaria, etc. Como também armazenava produtos de nossa exportação das regiões dos recôncavos baianos, como sejam: açúcar, fumo, cachaça, cacau, algodão, café em períodos distintos, sempre acompanhando o desenvolvimento da produção baiana.
Dentre as funções ocupacionais, existentes nos Trapiches, que existiram internamente: almoxarifes, que cuidavam do armazenamento e conferência das mercadorias, os carregadores (escravos) e outros vigilantes externos e internos noturno.
Havia sempre a visita de fiscais da Alfândega e dos proprietários das mercadorias. Mas, precisamente no período Imperial e da República. O comércio de exportação e importação ficavam em mãos de estrangeiros, principalmente ingleses, no século XVIII e XIX. Em conseqüência do desenvolvimento nas exportações os Trapiches tornaram-se obsoletos e veio a necessidade de se expandir. Criando assim, os armazéns das Docas do Porto de Salvador, que por sua vez, hoje estão desativados.
Trabalho de pesquisa de Álvaro
Fonte: Associação Comercial e o livro: “ Da Bahia que eu vi” autor: João Varella.
“Memória sobre o Estado da Bahia” – Francisco Viana.

A LAVADEIRA DE ROUPAS NA BAHIA ANTIGA.


Por volta de 1957 a nossa metrópole beira meio milhões de habitantes, podia-se contar nas pontas dos dedos o número de família, que possuíam máquina de lavar roupa. Só os muitos ricos, eram importados às máquinas. Lavanderia industrializada são coisas desconhecidas em nossa pacata cidade. Só havia um chinês que morava na ladeira de São Bento e ali mesmo ele tinha a sua loja “Lavanderia Chinesa”, que lavava ternos de linho branco, cobrava preço exorbitante, que só os granfinos podiam pagar! A maioria da população tinha as suas velhas lavadeiras e aos sábados, a tardinha, vemo-las ainda pelas ruas, acompanhadas de um moleque, que carregava a trouxa da roupa lavada, rumando a casa da freguesa para fazer a entrega, e retornando com outra, bojuda de roupas servidas.
Lavavam a beira das fontes ou de regatos, ou às margens do Dique do Tororó, onde sempre em grupos, esfregavam o sabão e batiam a roupa na pedra. Quase sempre acompanhadas com cantigas populares. Assim as lavadeiras faziam na Lagoa de Abaeté, local de grande concentração turística.
Ao ferver as roupas sujas, adicionavam folha de mamão ou nativo, para tirar as nódoas e manchas; deixavam corar sobre a grama, alvejando com água de anil, e depois de passarem a roupa a ferro de carvão e assopro, colocavam “capim cheiroso” de modo que ao abrir-se a trouxa, emana aquele cheiro indefinido de sol, água e alfazema. Que nos recorda os odores das velhos baús e armários de nossos avós.
( Narrativa extraída do livro: “ Casos e Coisas da Bahia” – autor: Antonio Viana) publicação do Museu do Estado da Secretária da Educação e Saúde da Bahia em 1950.
Meus Comentários.
O progresso industrial traz novas tecnologias e deixa na lembrança uma saudade do que era velho e usado com amor. Em cada tempo, espaço de anos, é inventado coisas mais modernas para dá menos trabalho ao homem, mas não dá o mesmo prazer das coisas que passaram. A evolução cria e destrói o mais conservador dos costumes.
Trabalho de Álvaro B. Marques

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

AS PRIMEIRAS LOJAS MAÇÔNICAS NA EUROPA E DO BRASIL

AS PRIMEIRAS LOJAS MAÇÔNICAS NA EUROPA
“A primeira sociedade maçônica de que há notícia, foi a Confraria de Yorf do ano 926, que estabeleceu uma hierarquia legal, baseada em tradições muito mais antiga, e dividiu os obreiros em mestres, companheiros e aprendizes. No século XI, o bispo de Utrech foi morto pelo pai de um mancebo frisão, chamado Plebes, que roubou o segredo (arcanum magisterium) de fazer os alicerces de uma igreja.
Quando Erwin Steinbach (1318) começou a catedral de Strasburgo, fundou nesta cidade uma loja, modelo central das outras lojas espalhadas por toda a Europa. Os chefes destas sociedades locais, reuniam-se em Ratisbona em 25 de abril de 1459. Redigiram o pacto de confraternidade que reconhecia a loja de Strasburgo como a principal, perpetuamente, e o seu presidente ou venerável como grão mestre de todos os maçons da Alemanha. O Imperador Maximiliano aprovou este instituto em (1498), que depois foi confirmado por Carlos V e Fernando I e as suas constituições foram reformadas e imprimidas em 1563.
Os mestres, companheiros e aprendizes, formavam um corpo com jurisdição especial. Mas a jurisdição da loja de Strasburgo estendia-se sobre todas as outras, e os seus membros julgavam sem apelação as causas levadas perante ele. Em conformidade com os estatutos. Desta loja principal, dependiam as oficinas da Hungria e da Síria.
No recinto do edifício em construção, elevava-se uma cabana de madeira, e era ali que o mestre principal, sentado debaixo de um baldaquino e com a espada nua na mão, ditava as suas sentenças. Para não confundirem com a Turba, que só sabia manejar o martelo e a trolha, os maçons inventaram sinais de reconhecimento, uma iniciação simbólica, e guardaram um segredo tradicional, que só se revelava aos iniciados a medida que eles iam subindo de graus. Adotaram por símbolos os instrumentos da sua arte, o esquadro, o nível, o compasso e o martelo, fazia lembrar o martelo do Deus Thor.
Em toda a parte onde iam trabalhar, faziam contatos especiais. Ainda existem documentos de uma celebração no tempo de Henrique VI da Inglaterra. Entre os sacristães de uma paróquia de Sultalk e uma sociedade de pedreiros livres (franco-marcon) no qual se estipula, que cada obreiro recebera um avental branco e luvas de pele branca e seria edificada para todos uma loja coberta de telha. Bem melhor do que está sem entradas e pouco seguras e não têm estalagens. Os maçons são obrigados pela sua profissão a mudar muitas vezes de residências, comprometendo-se a hospedar uns aos outros. É possível que agregassem a sua sociedade pessoas estranhas a arte, ou para elas serem auxiliar nos trabalhos.Como também, para obter informações privilegiadas. Posteriormente, as suas doutrinas estenderam-se a filosofia, a moral, a política. As lojas maçônicas foram ativos instrumentos das revoluções sociais.
Essas lojas, segundo a tradição, que se perpetuou, datam da época de Salomão e tiveram origem em fato ocorrido durante a construção do templo dos israelitas.” Entre os segredos das lojas maçônicas inclui-se a ciência dos números místicos e das formas simbólicas, mediante as quais se edificava pelo modelo da Jerusalém Celeste; para a realização desta idéia, criou-se a arquitetura o sentido nas formas geométricas dos edifícios dando proporções gerais e todo o seu conjunto com ornato vegetal, tão variado nos efeitos orgânicos nos princípios até as paredes em vidrais coloridos, davam transparência. Até as estátuas e as pinturas decoravam por dentro e por fora. As ogivas, as flechas arrendadas, os florões em forma de trevo, as linhas piramidais ou perpendiculares exprimiam a aspiração para o céu. Tudo advertia que a Igreja não é um monte de pedras, mas um edifício vivo de que Jesus é a pedra angular e de que os fiéis são membros.”
“Alguns disseram que quando decaíram as corporações hierárquicas nos séculos XIV e XV, foram substituídas na arte de construção por corporações seculares e receberam delas certas crenças esotéricas, as quais se transmitiam verbalmente ou por sinais convencionais esculpidos nos monumentos. Nas catedrais góticas encontra letras e figuras cujas significações ignoram. É possível que apenas sejam marcas dos arquitetos ou indicações destinadas a auxiliar os pedreiros na colocação das pedras. Mas há também, quem as considere como caracteres simbólicas do ocultismo.”
NOTE BEM: O texto acima foi extraído do livro “História Universal” do autor: César Cantu – publicado em 1879 nas págs.454 a 459 e 466 a 467 vol. XIII.) mantido o Português da época – cópia idêntica ao original.
“A maçonaria surgiu durante a Idade Média na Europa, quando a poderosa Igreja Católica proibia reuniões de pessoas que pudesse questionar ou colocar em risco seu domínio. Assim, para fugir dos inquisidores católicos, grupos da iniciante classe média que foram ( intelectuais, artesãs e comerciantes ) criando uma sociedade secreta a Maçonaria que visava a busca da verdade através da razão e da ciência e não apenas através da fé.”
As primeiras corporações Maçônicas: As grandes lojas da Inglaterra (1717), Irlanda (1726), França (1728), Escócia (1736) foram as principais na Europa.
A PRIMEIRA LOJA MAÇÔNICA NA BAHIA – Foi na casa sobrado do coronel Paulo de Argolo, situada na Barra, referiu-se na época sendo a primeira Loja instalada da Maçonaria no Brasil, sob a denominação simbólica de “Os Cavaleiros da Luz” esse memorial dia foi 14 de julho de 1797. Aí foi criada a “Revolução dos Búzios” ou “Revolta dos Alfaiates” em 1798 no dia 25 de agosto a morte dos quatros principais participantes: João de Deus do Nascimento, Lucas Dantas de Amorim Torres, Luis da França Pires e Manoel Faustino dos Santos –“ a corda parte do lado mais fraco”. Porque esses foram ditos os principais participantes. Mas na realidade houve várias figuras importantes como por exemplo: Cipriano Barata de Almeida, Muniz Barreto e outros. O delator da conspiração foi o padre José da Fonseca Nunes”.
A Carta Régia de 28 de janeiro de 1808 e o Decreto de 16 de dezembro declara a abertura dos portos do Brasil ao comércio do mundo e elevando-a à categoria de Reino, apontaram-lhe o caminho da liberdade. Começaram a crescer os frutos das idéias liberais impulsionadas pelas sociedades as quais na Bahia tiveram participações ativa.
Nesta época floresceram as Academias e as Sociedades, dentre elas temos: Academia Brasileira do Esquecido – fundada em 7 de março de 1724 até o dia 4 de fevereiro de 1725. Academia dos Renascido – fundada no dia 19 de maio de 1759. Academia de Letras da Bahia – fundada no dia 7 de março de 1917. Todas participavam intelectuais baianos com ideais Liberais. Já no século XIX surgiram as mais importantes organizações abolicionistas e francas liberais como sejam: Sociedade 2 de Julho – a primeira sociedade emancipadora de escravos da Bahia, fundada em 1852 pelos estudantes da Faculdade de Medicina.Durante alguns anos alforriou vários escravos. Fizeram parte nessa sociedade os alunos: José Luiz de Almeida Couto foi presidente desta entidade. Aristides Cezar Spinola Zama, Jerônimo Sodré Pereira, Virgilio Climaso Damásio e outros vultos.
Sociedade Libertadora 7 de Setembro – foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1869. Seus presidentes foram: Dr. Abílio Cezar Borges (Barão de Macaúbas ), conselheiro José Luiz de Almeida Couto, Dr. Francisco José da Rocha e os conselheiros Manoel Pinto de Souza Dantas e Salustiano Ferreira Souto. Essa sociedade começou a funcionar em 1869 e paralizou-se em 1878. Restituiu a liberdade cerca de 500 escravos ao longo dos 9 anos. Sempre no dia do aniversário da sua fundação e celebrava o ato com a Carta de Alforria.
Sociedade Humanitária Abolicionista – fundada no dia 26 de setembro de 1869 e seus fundadores foram: Dr. Antonio Ferreira Garcez, professor Austriciano Coelho Hermelino Estevão de Sant’Anna, coronel Joaquim Antonio da Silva Carvalhal e outros componentes da diretoria. Teve pouca duração.
Sociedade Libertadora Bahiana ou Sociedade Abolicionista Bahiana – fundada em 1883 pelos srs. Pampilio da Santa Cruz, Eduardo Carigé e o conselheiro Luiz Álvares e
outros da diretoria. Havia 30 sócios e levou 4 anos de existência, chegando a emancipar cerca de 50 cativos.Foram essas Academias, Sociedades e Confrarias ou Irmandades que tiveram uma enorme importância na liberdade dos escravos na Bahia e recôncavos baianos. Como também fizeram parte de revoltas de pensamentos liberais em distribuições de panfletos para incentivar o povo a se libertar de Portugal.
A Maçonaria brasileira nasceu em 1796 em Pernambuco, sem comprovação documental
A Maçonaria atual no Brasil, possui fins filantrópicos e filosóficos, buscando o progresso da humanidade. Apesar de não possuir definição política ou religiosa a Maçonaria sempre procurou interferir no campo político ideológico. O que faziam ora estar no poder, ora serem perseguido.
A Grande Oriente do Brasil – fundada em 17 de junho de 1822 é que faz a ramificação ideológica de todas existente no Brasil.
É BOM SABER: A Sociedade Maçonica União e Segredo em 09.09.1876 - Faz mensão de doação no valor de cem mil réis para ser aplicado no Asilo de Mendicidade da Bahia. Sua frase: "Fazemos o que podemos, não o que quisermos." nesta época era Presidente da Sociedade Antonio Leonardo Pereira.(Fonte:Pasta/maço nº1575 Sociedade/Documentos no Arquivo Público do Estado da Bahia.)
MINHA MENSAGEM: SER MAÇÔNICO É CONSTRUIR O SEU PRÓPRIO ALICERÇO.
TRABALHO DE PESQUISA – Álvaro Bento Marques.

AS LEIS DO REI SÃO LUIZ IX DA FRANÇA

AS LEIS DO REI SÃO LUIZ IX DA FRANÇA – (COROADO EM 1226)

Lendo o livro “História Universal” de César Cantu, publicado e renovado em 1879, encontrei nas paginas 190 a 197 as antigas Leis Medievais o absurdo do poder humano e o silêncio mortal do povo oprimido. Segue abaixo:

“ Para assegurar o exercício uniforme da justiça, promulgada por barões e Jurisconsultos. Não são apenas um código penal. São também, um corpo de Direito Civil, com duzentos e dez capítulos que acompanha o homem em todas as circunstâncias da vida. O batismo, a benção nupcial, o funeral, serviço de Registro Civil; nascimento, casamento e morte. Constituíram-se os dotes e abriam-se os testamentos perante a igreja. O fidalgo menor ficava até aos vinte e hum anos sob a tutela do suserano, que também interferia no consórcio das donzelas e viúvas nobres. Os plebeus, que não eram obrigados para com o rei, a homenagem nem a serviços pessoais não ficavam sob a sua tutela, mas sob a do parente mais próximo, até chegarem a idade de poderem escolher um tutor do qual, também estavam libertos aos quinze anos e se não tinham feudos.

Os fidalgos eram obrigados a deixar para o primogênito as duas terças partes do seu patrimônio, e podia dispor livremente dos bens adquiridos. O nobre, quando casava o filho ou armava cavalheiro, tinha que lhe dar um terço das terras. O vassalo não podia instituir legados em favor da igreja, sem licença do senhor, nem a igreja podia aceitar sem a licença. Norma que permitia ao rei limitar as propriedades eclesiásticas.

As penas eram aflitivas, infamantes, rudes e perversas. Um simples furto era castigo com a perda de uma orelha, com a perda de um pé no caso de primeira reincidência. Com morte na força no caso de segunda reincidência,. Bem como o banditismo, o assassinato, o furto doméstico era considerado também como traição. Mandava aplicar pena capital por furto de um cavalo, o roubo de uma besta de carga morte por tiro, e por cumplicidade nesses crimes. Iguais penas serviram para o arrombamento de prisão. A acusação caluniosa de crime capital revertia em prisão.

Quem roubava numa igreja ou fazia moeda falsa, perdia os olhos e perdia a mão quem batia em seu senhor sem ter sido maltratado por ele. Em caso de rapina, invasão seguido de assassinato na residência era considerado culpado julgado para a força e o seu cadáver era arrastado em via pública, seus bens móveis, ficavam pertencendo ao barão só ele podia queimar a casa, secar os prados, destruir todas as árvores e as vinhas. A mulher infanticida, era entregue a igreja para sofrer as penas canônicas e ser queimada em vida isto é em caso de reincidência. Ao fidalgo que abusava de uma donzela, confiada a sua honra, quebrava-se o escudo e se houve violência sobre ela enforcava-o.

A rapariga núbil que desonrava não podia suceder ao pai e a mãe. O vassalo que seduzia a mulher ou filha do seu senhor perdia o feudo e o senhor que procedia de igual modo para com o vassalo, perdia a suserania. O herege era lançado às chamas.

Impunham-se multas em castigos de injurias e danos causados por queixas injustas ou apelação mal fundamentada. A usura fazia incorrer em confiscação de bens. Para prevenir crimes, a Lei reprimiu a vagabundagem. Quem não tinha residência fixa, nem profissão definida, devia ser expulso se não provasse ter meios de subsistência.

Os jogadores eram castigados e a lei faz cessar a ociosidade e os passa - tempos ruidosos e nocivos. Quando se cometia algum crime, procedia-se a captura do acusado e se o delito era leve, podia dar fiança para se soltar e se era grave, ficava preso. A acusação pertencia ao queixoso e o ato culposo não denunciado, não era motivo de processo. Não se admitia o acusador como testemunha; comunicava-se o delito ao acusado que podia ser aconselhado e defender-se sem restrições. No caso de igualdade de provas, devia ser absolvido. O crime prescrevia passados dez anos. A injuria no fim de um ano. E a simples contravenção no fim de um mês.

Para converter o direito em fato, era mister reformar também os juizes. Atitudes do rei em relação aos juizes, fez deles verdadeiros magistrados e esforçou-se por tornar-los incorruptíveis por meio do exemplo e da severidade. O rei ia muitas vezes sentar-se no banco onde o preboste de Paris exercia o seu ministério e não se levantava sem ter ouvido a sentença. Também intervinha improvisamente a meio dos processos para observar se passavam pelos tramitas devidos ou para lhes apressar as decisões.

Reprimiu com firmeza as violências dos vassalos, contra as pessoas subjugadas a sua jurisdição. O príncipe Ricardo, seu irmão, tinha preferido uma sentença injusta. Como a parte lesada fez interposição em recurso, o juiz iníquo mandou encarcerar. Tanto que soube deste abuso, Luiz IX representou o irmão e mandou restituir a vítima a liberdade e o castelo em que estava arrolado no inquérito. Todas as pretensões de uso de força o rei se opunha como autoridade da justiça escrita, citando a minúcia a legislação de Justiniano, que os doutores em direito não ousavam desacatar o cuidado da observação ao passo que os barões e o povo respeitavam tudo quanto procedia de um rei tido por santo. Assim ia o monarca, organizando os seus domínios e buscando ao mesmo tempo, introduzir alguma ordem nos vassalos. O barão tinha plena jurisdição sobre os seus

homens e nas suas terras, mas não sobre os homens do rei, exceto em caso de flagrante delito. Também facilitou a organização das comunas e concedeu números forais. Ordenou que todos os cônsules, jurados e vereadores de França, fossem eleitos pelas cidades e se apresentassem anualmente em Paris ao fiscalizador para prestarem contas ao rei das receitas e despesas. A autoridade real encontrava apoio nas comunas as quais convinha admiti-la como inviolável para resistirem ao feudalismo.”

As leis de São Luiz foram tão rigorosas as punições que o Papa Clemente IV julgou dever atenuá-las. Além de administrar Justiça, não negligenciava o Santo monarca o cuidado dos pobres.

Nasceu em Poissy no dia 25 de abril de 1214 e morreu no dia 25 de agosto de 1270.

Foi canonizado em 1297 pelo Papa Bonifácio VIII.

Texto extraído do livro: “História Universal” autor: César Cantu – publicada em 1879 págs. 190 a 197. Cópia fiel ao original.

Trabalho de pesquisa de Álvaro B. Marques.

VESTIMENTAS REGIONAIS NA ÍTALIA SÉCULO XIII

VESTIMENTAS REGIONAIS E MODA NA ÍTALIA NO SÉCULO XIII,


“Os franceses indo a Florença, levaram suas modas de vestir. Os florentinos já acostumados com seus trajes diziam: “ o nosso traje era de anos o mais bonito, o mais nobre, o mais sério que uma nação pode usar os seus habitantes. Como eram os dos romanos, envoltos na “toga”. Agora a gente mais nova usa com uma “cota” ou “saiote” curto e estreito, que não se pode vestir sem auxilio de uma pessoa. Com um cinto que faz lembrar uma cela de cavalo, seguro pelo bico de uma grande fivela, e uma enorme sacola alemã caída sobre o ventre. Acrescenta-se um capuz a moda dos joguei, com a parte flutuante pendente até a cintura, e mais abaixo ainda que seja ao mesmo tempo capuz e manto, caso necessita, com, muitos enfeites na cabeça, quando faz frio é uso deixar crescer a barba, para que o aspecto seja mais terrível, quando se vestem com armas. Os cavaleiros adotaram um sobretudo ou “garnacha” junta ao corpo, com cinto, como acima déssemos, peles de “veiro” ou arminho, e mangas com pontas que tocam no chão. Este trajo singular, que não é bonito e nem sério, foi adotado recentemente pelos mancebos de Florença e as mulheres novas usam mangas desmedidas. Veja discriminações do historiador Varchi, no seu livro: “História” volume XII, capitulo IV anno 1341 “ Em Milão, Galvano Fiamma, também lamenta que em 1340 os mancebos de Milão, abandonassem os costumes de uso dos pais e se transformassem em figuras excêntricas; começaram a usar roupas justas e curtas a espanholas, e os cabelos cortados a francesa e deixaram a barba crescer ao modo bárbaro. A montar cavalos com enormes esporas tipo alemã e a falar línguas como os Tártaros.

As mulheres também trocaram os costumes por outros bem piores em extravagâncias. Saem com vestidos esticados, descobrem o seio e o pescoço, que cingem de anéis dourados. Usam vestidos de seda e até com fios de ouro. Cobrem a cabeça de frisados ao modo estrangeiro. Apertadas em cinto de ouro, parecem amazonas no modo de cavalgar. Usam sapatos de ponta, jogam os dados, montam cavalos de guerras com luzidas armaduras e o que ainda é pior, os corações viris. Como a liberdade das almas é ocupação de toda a mocidade, tudo se consome em adornos feminis.”

“De noite, é muito costume andar nas ruas quase todos cobrem a cabeça com “Tocchi”. E os ombros com capas chamadas a espanhola, isto é, com romeira. Para uso em casa, trazem geralmente nos ombros um “palandau” ou um “catalão”e na cabeça um grande barrete, no verão usam-se uma “chimarras” de algodão ou “gabardinas” de sarja, e um

barrete pequeno. Para montar a cavalo, põe-se uma capa ou um gibão de pano ou camisão e de feltro quando se viaja. As calças são golpeadas nos joelhos e forradas de tafetás nas coxas: Há quem aplicam enfeites de veludo em cores.

Todos os Domingos se muda de camisa, que é franzida no pescoço e nos punhos, como toda a roupa é trocada, até o cinto, as luvas e a bolsa. É dia de missas e passeios nos jardins e praças públicas. Nos cumprimentos não se tira o capuz, exceto se o cumprimento é dirigido ao Magistrado supremo, ao bispo ou cardeal, apenas se levanta diante com os dois dedos para saudar os cavaleiros e inclinando de leve a cabeça em sinal de amizade.” (Texto extraído do livro: História Universal – autor César Cantu pásgs. 146 a 148 do vol. 13º livro. Publicado em 1879. – cópia fiel ao original)

É BOM SABER: No século XVII a moda veio com regras da França e não mais da Espanha, como no período anterior, influenciando a moda nos demais países da Europa e suas concessões. Assim venho a Revolução Industrial que popularizou a moda francesa e inglesa.

Trabalho de pesquisa de Álvaro B. Marques.

TORTURA MEDIEVAL


Na Idade Média a tortura que levou o período século XIII a XIX e era dirigida pela Igreja Católica Romana, a única maneira de obter confissões verdadeiras ou mesmo que não fosse a verdade. Os métodos de torturas eram variáveis os instrumentos e quase sempre levavam as vítimas a morte. Assim fez a Inquisição em todo o seu período na Idade Média em toda a Europa e suas concessões nas Américas ao ponto do Papa Clemente V pedir a sua extinção.

Nos países católicos na Idade Média existia a crença que a alma dos hereges e das bruxas estavam corrompidas e possuídas pelo diabo. Optava-se então pela limpeza das almas antes do castigo final (seria a morte).

Vamos acompanhar no livro “ História Universal” do autor: César Cantu nas págs. 146 a 148 publicado em 1879. “ Reprovado o processo inquisitório e especialmente a tortura, dizendo que a violência da dor, não pode arrancar a verdade, (a extorsão por meio da confissão). Frases ditas por Clemente V. Vindo a público as iniqüidades do processo, e souberam quanto os acusados sofreram na prisão, onde eram obrigados a pagar tudo. O cárcere, a postagem do fosso que atravessavam para irem ao interrogatório, e até o salário do homem que lhes punha ou tirava os ferros das mãos e dos pés. Um deles tinha sido torturado três vezes e permanecera trinta e seis semanas num cárcere úmido, a pão e água. Outro havia sido pendurado pelas partes genitais. A um terceiro, haviam queimado os pés a ponto de lhe saírem dois ossos dos calcanhares e alguns revelaram as torturas não menos cruéis do interrogatórios.

Mesmo abolidos os maus tratos físicos, continuaram nos subsolos úmidos e infectos das masmorras. As condenações a fogueira se multiplicou: “ condenou a fogueira cinquenta templários como relapso, isto é, por terem retratado as suas confissões. Foram queimados a fogo de lenha em praça pública sobre protesto do povo a inocência”. Os terrores espalhados por estes suplícios emudeceram muitos dos seus defensores da tortura.

A crueldade e a ignorância de uma época em que se martirizavam judeus, mulheres bruxas e leprosos. Juridicamente convencidos de terem envenenado poços e propagar a “peste negra” houve este fato no ano de 1348. Estabelecida a necessidade da confissão, introduziu no processo a extorsão no interrogatório com tortura. Havia várias maneiras de interrogatórios com torturas, por exemplo: Arrancar do réu a confissão; para lhe fazer denunciar os cúmplices, para obter certeza verdadeira das suas declarações e ás vezes aplicavam-se ressalvando as provas, para se poder condenar apesar de negativa em outros casos como penalidade, castigo da obstinação em negar fatos provados ou verossímeis. Estes meios eram empregados para extorquir uma confissão, conseqüência lógica dos processos clandestinos. Salvas algumas modificações, estes processos da autoridade penal, eram comuns a todos os reinos da Europa.

O acusado, cuja vida e a honra estava em risco, ficou privado dos recursos que poderia ter para se defender. Os juizes serviram-se desses depoimentos próprios para condenar eles, em vez de irem buscar provas dos fatos, independente das palavras forçadas dos réus.”

A inquisição também esteve aqui no Brasil, mas não houve tantos proceder. Os judeus e cristãs novos, feiticeiros e bruxas vindas expulsam de Portugal, foram severamente punidos e condenados..

MEUS COMENTÁRIOS

A Justiça Civil evoluiu muito no decorrer dos séculos em cada país e criaram suas leis de proteção ao homem e repreensões elaborando-se conforme o desejo da sociedade. Criaram Constituições próprias e definiram o Estado e o cidadão separando-se da Igreja.

Hoje nos temos a Organização Mundial dos Direitos Humanos, órgão fiscalizador para fins humanitários. Já atuando em vários países que têm regimes democráticos e de liberdade de imprensa. Não sei se realmente funciona como JUSTIÇA ou meramente especulativo dos poderosos países chamados de “primeiro mundo”. Sou adepto a livre expressão e liberdade humana. Lido com palavras que fazem a glória e a destruição do homem, sem conflitos, sem armas, sem guerras.

Álvaro B. Marques.

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É BOM SABER - INVENTOS E INVENTORES


“Você sabia que o primeiro Pára Raios foi inventado pelo monje Procópio Diwisch, na Moravia, fabricado em 1754? Esse Pára raios foi antes de sete anos do primeiro que Franklin, em Filadélfia, sobre a casa do negociante de nome Wert. O Pára raio terminava em 324 pontas.
O primeiro que apareceu e funcionou na Itália, foi devido ao padre Jerônimo M. Fonda, professor de física da Ciência de Roma, que em 1772 dirigiu a colocação do Pára raio na torre da igreja anexa a Universidade da Ciência.
O padre tinha escrito em 1770 uma obra sobre a maneira de preservar contra os raios dos edifícios, sendo o sistema por ele proposto não menos perfeito que os melhores sistemas modernos de hoje.” (Fonte do livro: História Universal – de César Cantu)
O Para-Raios, e uma haste de metal, geralmente de cobre ou alumínio, destinado a dar proteção as edificações atraindo as descargas elétricas atmosféricas, raios, para as suas pontas e desviando-as para o solo através de cabos de pequenas resistências elétricas. Como o raio tende a atingir o ponto mais alto de uma área, o para-raios é instalado no topo do prédio. Chamado também de Para Raios de FRANKLIN EM HOMENAGEM AO SEU CRIADOR Benjamin Franklin.” (Fonte da Google)
Você sabia que o “Bilhete Postal” foi inventado durante a guerra de 1870, entre a França e a Prússia. Paris estava cercada e as comunicações com os departamentos eram difíceis, senão impossível. A administração dos Correios de França, autorizada por um decreto de 25 de setembro de 1870, facultou a expedição de cartas postais, lançadas de Paris ao sabor do vento, em balões livres. Cartas que eram de pequeno formato em cartão de várias cores.
Ora, a administração dos Correios alemães, em território Francês, apreenderam algumas dessas correspondências e achando-a pratica, adaptou-a e transformou-se nos bilhetes postais de hoje, porém, um pouco menor em tamanho.
Mais tarde, com a paz, o serviço normalizou-se nos países da Europa e enfim pelo mundo. (Fonde do livro: “Álbum Popular Brasileiro” págs. 268)
MAIS ASSUNTOS SOBRE OS CORREIOS: “No reinado de Henrique IV da França, organizou o serviço dos Correios e estabeleceu uma “tarifa” de portes de cartas que logo assegurou uma nova receita ao Estado. Em maio de 1630 criaram mestres de postas e correios, cargos hereditários.
A pequena postas para os serviços internos da cidade, só foi estabelecida em Paris no ano de 1759, a exemplo de Londres onde já funcionava desde 1683. Ao mesmo tempo que facilitaram as comunicações dos particulares, as postas auxiliaram os governos a constituir e fortalecer esse poder central, como se vê no livro “Obra Política e Social do século XIX”.(Fonte do livro: História Universal – autor; César Cantu)
Você sabia que? O papel finalmente chegou à Europa em 1320. O papel moeda fora instituído na China em 1236 e Marco Pólo ficou maravilhado ao vê-lo.
A Bússola – (agulha magnética) foi aperfeiçoado pelo marinheiro Flávio Gioia, italiano em 1300. Já inventado pelos chineses (a.C.)
Bússola vem do italiano do sul “bússola” que significa “pequena caixa” de madeira de “buxo”. É composta por uma agulha magnética na horizontal suspensa pelo centro de gravidade e aponta sempre para o eixo norte sul, ao seguir a direção do norte magnético da Terra.
A INTRODUÇÃO DO VIDRAL
“Um dos ornamentos mais requisitados nas Catedrais góticas eram os vidros pintados, espécie de mosaico transparente. Encontravam-se esses trabalhos em vidros de cores nas Igrejas latinas, como em Santa Maria Maior de Roma, Santa Sofhia de Constantinopla e Nossa Senhora de Bethânia. Foi no século XII a introdução e o uso de desenhar e pintar quadros em vidraça. Chamado hoje de VIDRAL ou MOSAICO. Geralmente os temas desses quadros eram fatos de antigo ou do Novo Testamento e milagres de santos. Portanto, a pintura representava a vista do povo o que a voz do sacerdote e o canto do coro lhe tinha feito ouvir. Este devoto trabalho artístico na criação de Godofredo di Bonillon, o seu historiador,diz:”Foi um herói perfeito, tão terrível para os inimigos como querido dos seus familiares, que só lhe censurava um defeito o de se esquecer da hora de jantar, quando estava nas Igrejas a contemplar as vidraças por ele pintadas.”
“A arte de pintar em vidro teve o seu apogeu no século XVI em que floresceram João Cousin e Lucas de Leyde. A arte de pintar na Idade Média era considerada como parte integrante e essencial da missão evangelizadora, o manifestar do povo as doutrinas religiosas.” (Texto extraído do livro: “História Universal” – autor: César Cantu (reformado e acrescido até 1879) pág. 470/471)
Os vidrais da catedral gótica de Chartres (inicio do século XIII) formam, na França, o conjunto mais rico e mais completo da Idade Média.
Os símbolos cabalistas dos quatros elementos da natureza, segundo os Alquimistas árabes seus inventores, como vê abaixo. Representaram até o século XVIII, daí para cá, surgiu a Química. Os quatros elementos são: Terra, Água, Ar, Fogo.
A MORTE NEGRA NA EUROPA
A peste bubônica ou Morte Negra começou a espalhar pela Europa Ocidental, por volta de 1346. Trazido por mercadores do Ocidente em porões de navios por volta de meado do século XIV entre os anos de 1346 a 1352 O flagelo humano matou 1/3 da população européia. A doença é transmitida através das pulgas dos ratos. Estes ratos estavam contaminados com a bactéria Pateurella Pestis. E as pulgas destes roedores transmitiam as bactérias aos homens através de picada. Os ratos também morriam da doença, quando isto acontecia, as pulgas passavam rapidamente para os humanos para obterem seu alimento, o sangue. Isto porque nas cidades européias eram um ambiente favorável, pois estas possuíam condições precária de higiene. O esgoto a céu aberto e o lixo acumulava-se nas ruas. Rapidamente a proliferação dos ratos aumentou significantemente. T ornou-se assim uma epidemia. Relatos da época mostraram que a doença foi tão grave e fez tantas vítimas que faltavam caixões e espaços nos cemitérios, para enterrar os mortos. Os mais pobres eram enterrados em valas comuns, apenas enrolados em panos. A doença só foi controlada no final do século XIV COM A ADEÇÃO DE MEDIDAS DE HIGIÊNICAS NAS CIDADES MEDIEVAIS.
VIDRO
“O vidro é composto de areia da mesma forma que a cerâmica é feita de argila. O vidro não é verdadeiramente um sólido. Mas um líquido tão rígido que escorre perceptivamente e que “parece” ser sólido. É muito fácil de quebrar do que a cerâmica e muito mais belo por ser transparente e não há presença de impureza. Forma-se planos e formas excêntricas com lindas cores. Os mais antigos objetos de vidros foram descobertos em túmulos egípcios, datados de 2.500 a.C., eram simples ornamentos. Já nesta época tinham o conhecimento do espelho refletivo a imagem como espelho d’agua. O vidro é composto de areia e isso o Egito tem de sobra. Também atribui-se aos fenícios por terem descoberto na praia.”
(Fonte:”Cronologia das Ciências e das Descobertas” – autor: Issac Asimov. Págs. 77/78).
Caracterização do Material: “O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa obtida através do resfriamento de uma massa em fusão, que endurece pelo aumento contínuo de viscosidade até atingir a condição de rigidez, mas sem sofrer cristalização. (dic. Barsa)
A composição Química principal é a sílica que é a base do vidro. Em forma pura, o vidro é um óxido metálico super esfriado transparente de elevada dureza essencialmente inerte e biologicamente inativo que pode ser fabricado com superfícies muito lisas e impermeáveis. Estas propriedades desejáveis conduzem a um grande número de aplicações. No entanto, o vidro geralmente é frágil, quebra-se com facilidade. O vidro comum se obtém por fusão em torno de 1,250ºc de dióxido de silício(SiO2), carbonato de sódio(NO2CO2) e carbonato de cálcio(CaCO3). Sua decomposição é de 4000 anos. A cada l000 kg de vidro leva se 1300kg de areia.(Fonte Google)
A TORRE DE PISA (torre pendente di Pisa)
“Era chamado de “campanário de Pisa”, terceira maravilha da magnífica praça da Catedral de Pisa. Sua estrutura foi erigida em 1173 pelo escultor Bonanno Pisano que estabeleceu as bases. A Torre de Pisa é uma obra de arte em mármore branco realizada em fases do longo de um período de cerca de 117anos. É um grande cilindro ornado exteriormente de baixos relevos e estátuas, sobre o qual se enrolam duzentas e sete colunas pequenas. Têm a elegância grega e detalhes em formato de folhagens e cabeças de homens e de animais. Quando chegou no terceiro andar o terreno inclinou e o arquiteto paralisou a obra.”(Fonte do livro: “História Universal”- autor: César Cantu)
O CAMPANÁRIO DE PISA – Segundo a Wikipédia – enciclopédia livre) lendo abaixo: A construção começou em 9 de agosto de 1173 parou em quase um século. Em 1278 a construção foi reiniciada por Giovanni di Simone, arquiteto. Retornando a construção em 1284, do solo ao topo é de 55,86 mts. No lado mais baixo e de 56,70mts. Na parte mais alta. A espessura da parede na base mede 4,09mts e 2,48mts no topo. Seu peso é estimado em 14 a 500t. A torre tem 296 ou 294 degraus: o sétimo andar da face norte das escadas tem dois degraus a menos. Antes do trabalho de restauração realizado entre 1990 e 2001 a torre estava inclinada com um ângulo de 5,50 graus, estando agora, a torre inclinada em cerca de 3,99 graus. A torre começou a inclinar-se após a progressão de construção para o terceiro andar em 1178. Houve erro na fundação e o subsolo era fraco e instável.(Fonte: Wikipédia – Google)
ESTRANHA MANEIRA ICONOGRAFICA – ( DE PRESERVAR O PRESENTE)
Ainda nos fins do século 18 aplicavam nos alicerces das construções, medalhas e moedas que possam dizer no futuro a idade da construção. Até mesmo os monumentos se pensavam aplicar essa maneira de perpetuar. Fica sendo por vezes um segredo guardado na base. Então, todos os prédios tinham uma significação e a consciência do fim a q ue eram destinados, fazia com que se buscassem as proporções grandiosas de preferência a elegância, a pureza e a graça. Os prédios eram ornados em pinturas e afresco, aplicadas com clara de ovo e cola.”
(Fonte extraída do livro: “História Universal”- autor: César Cantu)
A PÓLVORA O CANHÃO E A ARMA
Vejamos abaixo o que conta nosso historiador César Cantu em seu livro XI volume publicado em 1879 – “Os antigos não conheceram o verdadeiro nitro e seus afeitos, nem o fabrico do sal de nitro, isto é a transformação do nitrato de sal em nitrato de potássio. É possível que o conhecimento desta substância viesse da Europa, Índia ou da China, onde já existia preparada pela natureza. Pois, já os indígenas sabiam, provavelmente, a maneira de misturar com o carvão.”
“Djeber Ben Naian, Químico árabe, informa-nos de que os seus compatriotas já no século VIII conheciam o sal de nitro.”
O Frade Rogério Bacon, ensinava como se deve preparar este sal para produzir detonações e para se fabricar na mistura os fogos de artifícios.
No Oriente falaram sobre o fogo líquido e as investigações mais recentes, asseveram que era produzido por diversas combinações, sendo o seu ingrediente principal o sal de nitro combinado com uma substância goma. Mas quem foi que primeiro ensinou a misturar 75 partes desse sal, com 15,5 de carvão e 9,5 de enxofre para fazer a pólvora? Não se sabe, realmente até a presente data. Tudo quanto se diz do Frade alemão Schwartz, é que ele descobriu acidentalmente esta composição ou uma tradição lendária; é mais provável que o processo fosse trazido pelos árabes e que estes o houvesse aprendido com os chineses. Porque aquele povo estava em contato com o mundo cristão é natural que a invenção chinesa se introduziu em muitos países e simultaneamente na Europa. Vemos aparecer a pólvora como de repente entre os povos mais distantes dos outros. Mas havia o comércio pela Índias Ocidentais e o mar era a estrada do mundo. Sua composição básica na pólvora negra: É composto de ingredientes granulados; enxofre(S), carvão vegetal (provê o Carbono) nitrato de potássio (Salitre – KN03, que provê o oxigênio) A proporção para a pólvora é:
Salitre 74,64% em enxofre 11,64% e carvão vegetal de 13,51%. A proporção básica de seus elementos constituintes é: 2 partes de enxofre: 3 partes de carvão mineral: 15 partes de Salitre. Pólvora substância explosiva, composta de salitre, carvão e enxofre.
A pólvora existem dois tipos de pólvora: pólvora negra e a pólvora “sem fumo”(o termo não é correto, pois deveria ser “com pouco fumo”). Quase todas as armas de fogo modernas usam pólvora “sem fumo”. Enquanto a pólvora negra é classificada como explosivo, a moderna pólvora “sem fumo” meramente queima rapidamente.
História:
A pólvora foi descoberta na China, durante a dinastia Han. A descoberta foi por acidente por alquimistas que procuravam pelo “elixir da longa vida” e as primeiras referências à pólvora aparecem como aviso em textos de alquimistas para não se misturarem certos materiais uns com outros. Por volta do século X a pólvora começou a ser usada com propósitos militares a um canhão surge em 1126 quando foram utilizados tubos feitos de bambu para se lançarem mísseis contra o inimigo.Eventualmente os tubos de bambu foram substituídos por tubos de metal e o mais antigo canhão na China data de 1290. Da China, o uso militar da pólvora parece ter se espalhado para o Japão e a Europa. A pólvora foi usada pela primeira vez para lançar projéteis de uma arma portátil de tamanho semelhante ao dos rifles na Arábia por volta de 1304.”
È bem certo que a pólvora mudou a natureza da guerra, subtraiu a coragem, a superioridade da força física, concorreu para restaurar a autoridade real no Ocidente. Defendeu os países civilizados contra novas invasões de bárbaros, e obrigou a todos policiarem-se.”
(Fonte – Google – Wokipédia.)
CANHÃO - História
“Soubemos que em 1220, os chineses serviram-se de canhões contra os mongóis, no cerco de Kai-fung-fu. Nesta época não se falavam de canhões, eram apenas flechas em brasas. Sabe-se que os chineses deveram aos jesuítas alguns aperfeiçoamentos na arte de fundir canhões. E que esses instrumentos mortíferos também apareceram nas guerras dos árabes em Espanha. Parece que os cristãos, começaram a conhece-los nos primeiros vinte anos do século XIV. Em documento florentino de 1326, fala-se em “bolas de ferro” e “conones de metalio”. Tanto é falso a artilharia figurado pela primeira vez em Ítalia, na guerra de Chioggia (1376-82).
Os franceses já tinham conhecimento em 1338 em Puy-Guillaume.O Historiador Villani, fala na época da batalha de Crecy (1346) como de uma coisa que já era nova, “bombardas que fazem tremer a terra com tal estampido que parece que Deus troveja com grande destruição humana e animais”.
Os franceses começaram a empregar na artilharia em 1338. Os espanhóis em 1343. Os ingleses em 1346. Os russos serviram-se de canhões em 1482, no cerco de Felling na Livonia e os suecos três anos depois. Em 1488 Ivan III Vasilievitz, vencedor dos tártaros, Chamou a Moscou o genovês Paulo Bosio, para fundir canhões em bronze, um dos quais para o Kremlin. Foi denominado pelo seu tamanho de “imperador dos canhões – czar Puska”.
Primitivamente, as peças foram fabricadas artesanalmente, junto com as outras maquinas de guerra. Eram feitas de laminas de metal encaixada em aduelas de madeira, apertadas estas por arcos de ferro. Mais adiante, fundiram-se canhões de ferro de diversos tamanhos; depois reconheceram as inconveniências do ferro puro e empregaram uma liga de cobre e estanho. No princípio do século XV, o maior canhão não pesava mais de cento e cinco libras ou seja 1470kg e apareceram outros de enorme tamanho. Em Vienna em 1478, expressou neste termo Albertoni Alegretti: “Experimentou-se a nossa bombarda, feito de duas peças. Fabricada por Pedro Campana; mede ao todo sete braças e meia de comprimento, a saber; o tubo é de cinco braças e a culatra duas e meia e cinco mil libras; atira trezentos e setenta pedras, conforme tamanho”. As peças variavam muito na construção e os nomes serpentina, colubrina, falcão, basilisco, gerifalto, águia, áspide. Etc. Indicavam diversas espécie de canhões, aos quais só no século passado XIX deram os calibres perfeitos. Com mudanças, surgiram enormes canhões, geralmente arremesso de pedras, mais também, as vezes tinham arremesso de ferro ou bronze. A operação de carregar o canhão era muito penosa e fazia perder muito tempo. Era preciso desparafusar a culatra, meter a pólvora e calibra-la com uma bucha, depois tornar a parafusar e ajustar por cima da bala: Isto depois de se refrescar o tubo com água ou pano molhado.
O enorme canhão que Maomé II dirigiu contra Constantinopla, só atirava sete vezes por dia e constantemente quebrava. No meio do século XV, as esquadra da França e da Inglaterra que se combatiam no Canal da Mancha, ufanaram por terem trocados em duas horas, trezentos tiros de artilharia. Foi neste mesmo século que as peças começaram a ser calibradas por medidas do diâmetro da boca e dividiram-se em dois tamanhos de tubos; as mais compridas deu-se o nome de “colubrina” e a mais curtas de canhões.
Na Itália, na batalha de Molinella, apareceu a primeira artilharia volante em 1468 e já os franceses fabricaram canhões leves, colocados sobre pequenos carros, um só homem transportava. O uso das balas de ferro, só apareceu no século XVI e aí se generalizou.
Arma de fogo leve, portátil:
Surgio no século XVIII os chamados “canhões de mãos”, assim foram denominados primitivamente, depois mosquete e o arcabuz, que substituíram a besta na missão de arremessar projétil de pequenas distâncias. A principio colocavam-se em posição nas fortalezas com o tempo foram aperfeiçoando para tornar-se projétil portátil.
A arma de fogo, foi igualmente combatida a pretexto de ser covardia e cruel, diziam que: “ acabaria de aniquilar a espécie humana e que anulava o ato heróico, com ela o rústico, fraco e medroso podia matar um campeão intrépido e guerreiro”.
Em 1550, começou a aparecer a pistola, assim chamada, segundo dizem, por ter sido inventada na cidade de Pistoia. Em novembro de 1517, fabricaram as primeiras espingardas de pederneira. Os exércitos franceses, só adotaram a espingarda de pederneira o chamado “fuzil” em 1703 com a baioneta e substituiu o “chuço” da infantaria. A baioneta foi inventada em Bayona no ano de 1640, houve melhoramento na sua função acoplar ao fuzil. Surgiram assim a “baioneta de virola”, inventada em 1681 com cabo oco, este progresso foi seguido por outros países. Funcionou pela primeira vez como defensiva, no cerco de Buda em 1686. Assim foi resolvido o problema de combater a distância e de perto.
Os espanhóis já em 1567 serviram do cartucho. Na época em que começou o uso das armas de fogo, começou a aumentar a espessura das muralhas em fortalezas, reforçaram as armaduras dos cavalheiros a tal ponto que no dizer de um contemporâneo “ pareciam bigorna” mas tiraram a agilidade dos cavaleiros. Tornou-se então mais difícil conservar está proteção e por isso as batalhas diminuíram. A arte da guerra foi a que mais cresceu nos períodos medievais.
Encontra-se menção de canhão de vapor nas obras de Leonardo da Vinci. E antes na descrição das invenções de Archimedes. Nos manuscritos de Leonardo da Vinci, letra 8 páginas 33, há diversos desenhos do célebre pintor, anotado como foi o seu hábito. Por baixo das letras leia-se: “Invenção de Archimedes, o architronite é uma máquina de bom cobre que arremessa bolas de ferro com grande estampido e furor”. Leonardo não diz que a invenção como sua e atribui a Archimedes. Com essas invenções a principal que foi as pólvora mudou a natureza da guerra, subtraiu a coragem, a superioridade da força física, concorreu para restaurar a autoridade real no Ocidente. Defendeu os países civilizados contra novas invasões de bárbaros e obrigou estes a policiarem-se.”
Muitas outras invenções assinalaram nesta época, por exemplo: Os belgas e os liegeneses, disputaram entre si a honra da descoberta do carvão mineral. Não se adivinhava, porém, que a hulha havia de ser um dos mais poderosos agentes da indústria e da civilização moderna.”(Fonte do livro: História Universal – autor César Cantu).
CARVÃO VEGETAL – É UM COMBUSTÍVEL FOSSEOS. Uma substância de cor negra obtida pela carbonização da madeira ou lenha. É muito utilizado como combustível para diversas atividades industrial e residencial. E aplicado também para o uso na medicina (carvão ativado) provem de certas madeiras mole e não resinosas(extraído de partes lenhosas, cascas e serragens) obtidas por combustão incompleta, o que lhe confere a capacidade absorvente. É uma fonte de energia.
Desde a antiguidade já se conhece o uso do carvão vegetal. No antigo Egito era utilizado na purificação de óleos e para aplicações medicinais. Já os índios brasileiros também há registro de uso, no tratamento de tumores e úlceras malignas. É ainda um notável condutor de oxigênio, sendo extraordinariamente eliminador de toxinas.”
(Fonte da Google)
HULHA – Carvão mineral, foi formado por troncos, raízes, galhos e folhas de árvores gigantes que cresceram há 250 milhões de anos em pântanos rasos. Essas partes de vegetais, após morrerem, depositaram-se no fundo lodoso e ficaram encobertos. O tempo e a homogênea – as jazidas de carvão, um enriquecimento no teor de carbono. A HULHA foi a mola propulsora da indústria do século XIX DURANTE A CHAMADA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, SENDO SUBSTITUIDA PELO PETRÓLEO NO SÉCULO XIX.” (Fonte Google)
Já neste tempo, começou na Europa o uso da “vela de iluminação” e das “cartas de jogar” (Fonte Google)
A LENTEÓCULOS Rogério Bacon, para aumentar o tamanho das letras à vista (atitude que os antigos, conseguiram por meio de um globo cheio de água) teve a idéia de aplicar ao olho, um segmento de esfera de vidro. Também indicava que no túmulo de Santa Maria Maior de Florença, existia uma lápida: “ Aqui jaz Salvino de Armato dos Armati de Florença inventor dos óculos”. “Deus lhe perdoe os seus pecados ano 1317”
Já Sandro Pipozzo de Florença, escreveu no “Tratado do Governo da Família” em 1299, lê-se: “Estou tão carregado de anos que não poderia ler, nem escrever se não fossem os vidro chamados (occhioli) óculos inventados recentemente”. (Fonte “História Universal”)
“Foram as experiências em óptica de Robert Brosseteste e seu auxiliar Roger Bacon que levaram à invenção dos óculos. Em 1284 as guildas de Veneza já os mencionavam e durante o século XIV o fabrico de óculos popularizou-se por toda a Europa. Nem sempre os óculos foram fabricados com a forma com que são conhecidos hoje em dia, pelo que, na antiguidade, era comum encontrar monóculos (apenas um lente) ou havia casos que usavam lentes sem armação. Em 1785 Benjamim Franklin inventou os primeiros óculos bifocais, com duas lentes a frente de cada olho unidas pela armação.”
(Fonte Google)
O inventor da comporta hidráulica atribui a Leonardo da Vinci o desenho, em 1481 (porta que separa, impede que mantém as águas de uma represa) Outros acreditam que foi Diniz e a Pedro Domingos de Viterbo.”
Fonte de pesquisa – Álvaro B. Marques

OS FAMOSOS CONVENTOS DA BAHIA


OS FAMOSOS CONVENTOS DA BAHIA E RECOLHIMENTOS DE MULHERES DURANTE TODO O SÉCULO XVIII E INÍCIO DO SÉCULO XIX
- Convento do Desterro – Fundado em 1677
- Recolhimento do Santo Nome de Jesus – Fundado em 1716 para abrigar meninas órfãs
Moças de classe média.
- Recolhimento do Bom Jesus dos Perdões, para abrigar mulheres que desejassem vida
Penitente – Fundado em 1723.
- Convento das Ursulinas das Mercês – Fundado em 1735.
- Recolhimento das Ursulinas da Soledade para ser casa de reclusas e educandário -
Fundado em 1739.
- Convento da Conceição da Lapa – Fundado em 1744.
- Recolhimento São Raimundo, para abrigar mulheres arrependidas em busca de
Regeneração – Fundado em 1755.
- Recolhimento de N.S. dos Humildes – Constituído para abrigar mulheres arrependidas
E atender finalidades educacionais – Fundado em 1807.
Note Bem: Geralmente quem patrocinava os Conventos eram os pais das reclusas. No ato da sua admissão os pais doavam para os Conventos os dotes das filhas e as escravas para servirem de companhia; as escravas além de cuidarem das sinhazinhas elas trabalhavam para o Convento. Assim também se procedia as Recolhidas arrependidas quando tinham família. Mas havia mulheres que passavam um período no Recolhimento como prova de castigo do seu erro consumado até o arrependimento total o que muitas resolviam ficar em definitivo. Muitas reclusas eram obrigadas a irem para o Convento ou Recolhimento a mando dos pais e outras por seu livre pedido, porque naquela época o cristianismo era forte e o povo temia a Deus. Havia outros motivos de caráter preconceituoso em não aceitar o namoro da filha com filho da terra ou daquele que não tinha dote.
“Durante todo o período colonial propunha-se um ideal de mulher pura, recatada, virtuosa e dedicada ao lar. Esta concepção era transmitida pela família e pela igreja. Considerada moral e Intelectualmente inferior ao homem, cabia a este tomar decisões sobre o seu destino, a ela só restava a obediência reforçada por leis civis, eclesiásticas e pelos costumes. Os Recolhimentos que atendiam a estes objetivos “casadoiros” eram fundamentais nesse processo. Administrada por uma instituição leiga a Santa Casa da Misericórdia, que se encarregava de escolher o pretendente e fornecer o dote às recolhidas este era o caso do Recolhimento do Santo Nome de Jesus.”
Textos de Maria José de Souza de Andrade – “Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia” págs. 225 a 226. vol. 90 – TRABALHO DE PESQUISA DE ÁLVARO.
OS CONVENTOS BAIANOS NA NARRATIVA DO HISTORIADOR THALES DE AZEVEDO NO SEU LIVRO: Igreja e Estado em Tensão e Crise”
“Construíram no período Colonial diversa igrejas, algumas de fina talha, e grandes Conventos masculinos e femininos. Nestes se recolham, quase sempre sem vocação, as moças que não têm dote para casar e aquelas cujos pais querem evitar o casamento com moços da terra: Indignado com esse costume, o conde dos Arcos, numa carta enviada ao conde das Galvêas, externava-se cruamente, dizendo que a Bahia era uma “terra de hotentotes”.Era uma tradição portuguesa a de família da nobreza, não aceitar união com os filhos da terra, por serem em geral muito pobres. Mas o demasiado orgulho para tratar de ganhar posição social ou para dar suas filhas em casamento a pessoas inferiores a elas, não achavam outro recurso senão manda-la definhar para um Convento, sem consultar suas tendências de preferência a casá-las. Compreende-se que a vida nesses Conventos não seja de todo piedosa, apesar do exemplo edificante de muitas monjas: ao contrário, as freiras de “véu preto” da camada superior da sociedade, filhas dos comerciantes, dos senhores de Engenhos dos “homens bons” da vereança e do governo, para ali levavam suas escravas como “serva”, e com estas ocupavam suas longas horas de reclusão no fabrico de doces, de flores, de bordados, e em recitativas e reuniões que davam ocasião e pretexto às visitas dos “freitráticos”, eram jovens admiradores seus, tudo a justificar medidas repressivas dos prelados aos namoros escandalosos e sacrílegos, inevitáveis frutos do regime de internamento forçado ou costumeiro das jovens que não conseguiam casar-se ou que não eram enviadas para os Conventos de Portugal para idênticos recolhimentos.
Esses internamentos de adolescentes e moças das melhores famílias, diversas vezes deram lugar ao protesto das autoridades da Colônia, as quais, alarmados com a falta de mulheres para constituir família, pediam ao rei providências preventivas.
O Convento do Desterro é exemplo típico desse costume, desde a sua fundação em 1677, foi por longo tempo o único desses claustros em que era permitida a profissão de brasileiras. Para tanto foram ali criadas 50 vagas para religiosas de “véu preto” e 25 para recolhidas de “véu branco”. As primeiras seriam moças brancas de comprovada limpeza de sangue e isentas de mancha da mestiçagem e de descendência de cristãos novos da nobreza colonial e capaze de trazer um dote suficiente ao seu sustento. Eram filhas dos nobres membros do senado da Câmara, Engenhos e mesmo dos grandes comerciantes de Salvador e do recôncavo baiano. Umas ingressavam na congregação religiosa por vocação. Outras eram internadas por seus pais ou tutores quando ficavam órfãs ou atingiam a idade de casar e não encontravam pretendente que conviesse às famílias. Algumas eram “moças” de famílias” em estado dependência. De todas essas, várias eram remetidas para Portugal, embora se tomassem medidas governamentais para impedir ou limitar essas transferências. Esses eram os meios pelos quais se regulavam os matrimônios, de modo a dificultar ou impossibilitar a mestiçagem e a alienação dos patrimônios pelo casamento entre pessoas de classes diferentes. Às religiosas ou antes, as seculares de “véu branco” eram jovens modestas,que ali procuravam abrigo e segurança. Ao lado das reclusas igualmente seculares, as “recolhidas”, ao lado das “educandas”, inscritas para receberem educação e voltarem ao mundo, e das “servas” que em sua condição subordinada, faziam os trabalhos domésticos”.
“ Sobre a presença, a vida de luxo, as intrigas das jovens da aristocracia rural baiana nesse Convento e os exemplos também, de santidade de algumas religiosas, eram comentados em saraus e rodinhas de estudantes.” ( “O Convento do Desterro” – autora: Ana Amélia Vieira do Nascimento.)
Meus Comentários – Álvaro
Os estudantes principalmente de Medicina naquela época, faziam muitas brincadeiras no período acadêmico dentro das “repúblicas” (casas que alugavam quartos a estudantes) e nas ruas também, quando eles cruzavam com as freiras diziam: “As freiras da Lapa e Desterro, só mijam em pé não mijam sentidas porque não querem”. Em realidade as freiras superioras eram francesas e usavam um chapelão e saias muito comprida arrastando ao chão. Eram as mais atacadas pelos rapazes.
Trabalho de pesquisa de Álvaro

A EXPANSÃO DA LAVOURA NA BAHIA SÉCULO 18


Fatos marcantes da época
“A lavoura da Bahia começou com a cana de açúcar moída nos Engenhos de almanjarra e de água, nos arredores da cidade e nos recôncavos e nas outras Capitanias.
A cultura de cana encontrou seu verdadeiro habitat nas terras do recôncavo e nas Villas: Matoim, Cotegipe, Mataripe, Marapé, Boca do Paraguassú, São Francisco do Conde, Santo Amaro e Cachoeira, foram-se erigidos por Senhores de Engenho. Seus terrenos eram ricos em argila preta ou massapé que é o terreno por excelência para esta cultura, terra humos, contém grande reservas de seiva e adubos químicos naturais. Mantém firme o solo em cinco e seis cortes. Passou a ser uma perene dádiva aos lavradores.
Nos fins do século XVI verificou-se um fenômeno econômico de grande alcance, “os Engenhos da Bahia, subiam de 36 e exportaram 120 mil arrobas de açúcar. Os alambiques eram oito. O movimento do tráfico para a Capital, vindo do recôncavo, era feito em embarcações em numero de 1.400, não havendo Engenho que não tivesse pelo menos de quatro embarcações para cima.”
D. Álvaro da Costa estabeleceu o regime de arrendamento aos pequenos colonos. Essa iniciativa deu grande impulso a agricultura, que contou, ao lado de outros elementos, com a ação das Ordens Religiosas que foram utilizando meios latifúndios. Os padres fundaram Engenhos nas sesmarias dadas pelos governos. Além dos jesuítas outros religiosos de São Bento e do Carmo, foram os mais privilegiados e fizeram os melhores Engenhos não só de cana de açúcar como também tinham plantações de fumo, algodão e hortas de legumes, não deixando o cultivo do mel que era usado como remédio. Essas propriedades agrícolas, chamadas: “Engenho dos Padres”, eram bem organizadas; os seus aparelhos bem montados e as sementes eram selecionados. Foram os jesuítas os inspiradores do aproveitamento hidráulicos para a moagem dos Engenhos. Ao contrario dos outros lavradores, os padres tinham viveiros próprios para a experiência em sementes e processos especiais para o fabrico do açúcar, além do perfeito acondicionamento das caixas de açúcar. As melhores sementes eram as da Índia, sendo que a cana mirim, eles preparavam um outro tipo de açúcar, especial mais fino, mais branco.
Logo, porém sofreu a agricultura um grande transtorno, seguidamente: a invasão holandesa, a peste da bicha e as secas constantes. Como não bastasse tudo isso, veio a concorrência das colônias da Inglaterra, com o fabrico da extração do açúcar da beterraba e a moléstia da cana de açúcar nas regiões do recôncavo.
Na criação do gado pelo seu pioneiro Garcia d’Avila, logo se estendeu para outras regiões sertanejas sendo ele o maior criador de gado. Como também, o criador Francisco Agostinho Gomes, introduziu na Bahia o gado Turina, propagou a cultura da pimenta e vez virem de Portugal e da Inglaterra, diferentes máquinas e instrumentos apropriados para o melhoramento dos processos agrícolas.
FUMO
A cultura do fumo teve início no século XVI e começaram a ser plantado nos arredores da cidade do Salvador, vindo ás primeiras sementes das Antilhas e da Ilha de Madeira. Era a “relva santa” de Gabriel Soares (o primeiro cronista). Entretanto, essa cultura só se desenvolveu no século XVIII, através da exportação para Lisboa, África e Ásia. Assim como a cana, em todo o recôncavo teve o seu habitat, em Santo Amaro e Villa de São Francisco do Conde, e principalmente nos campos de Cachoeira e São Félix.
Em 1791 foi introduzida a semente de fumo da Virgínia para Cachoeira, sendo o seu solo o mais indicado.
O fumo de primeira qualidade era exportado para as Índias e constituía esse comércio monopolista da Coroa, sendo exportado para a África o de ínfima qualidade para venda ou troca de escravo.
ALGODÃO
Foi cultivado na Bahia desde 1587, mas a sua produção desenvolveu-se no século XVIII. D. Fernando José de Portugal, o governador, foi quem mais se esforçou pelo plantio.A qualidade mais procurada, era a de origem da Pérsia, cultivado nos arredores da Villa de Abrantes, depois para o centro da Capitania a predominar em Villa Velha do Rio de Contas. Nosso grande comprador era a Inglaterra, depois passou a comprar nos Estados Unidos, com a guerra da Independência das 13 colônias que formaram os Estados Unidos o algodão da Bahia foi o grande exportador viveu progresso. Acabando a guerra volta os Estados Unidos a comercializar o algodão com a Inglaterra, que fornecia para as Índias e Egito.
O algodão da Bahia se restringiu para Portugal e consumo interno. É quando surgiu o interesse de se fabricar tecidos na Bahia e outras regiões do Brasil. Mas, a Bahia somente fabricava tecidos grossos os mais finos vinham da Inglaterra e muito tempo depois da França e Portugal.
OUTRAS CULTURAS
Mandioca, cacau, borracha, couro, solas, café.
A mandioca, já era conhecida nos primeiros anos de colonização. Os indígenas dominaram sua cultura e dela se faz a farinha de mandioca para o sustento da população, nunca tendo índice regular de exportação. Porque não era do hábito alimentar do estrangeiro este tipo de tubérculo, já o africano tinha o hábito e o cultivo era grande na África. Por isso o consumo interno sempre foi expressivo comercialmente no Brasil.
CACAU, de todas as culturas é a mais lucrativa para a Bahia. Seu habitat principal fora sempre regiões Sul do Estado. Originária da América Central, na zona tropical, que se estendeu de Norte a Sul, desde as províncias meridionais do México até a bacia do Amazonas, o cacaueiro achou aqui um clima propício e terras ricas para o seu plantio.
O primeiro plantador de cacau na Bahia foi Antonio Dias Ribeiro que em 1746, recebendo a semente do colono francês Luiz Frederico Warneaux, plantou-se na fazenda Cubículo em Rio Prado, Canavieira e dali se estendeu por todo o Sul do Estado.
BORRACHA – a borracha da Bahia é extraída da maniçoba e da mangabeira. A maniçoba foi descoberta na Bahia em 1887 em Maracás, mandando estudá-la a mando do Conselheiro Luiz Vianna. A maniçoba dicotiledôneo, foi conhecida em 1900 e descrita em 1907 pelo Dr. Ule. Seu habitat é a zona de Jequié, Maracás, Areia, Boa Nova, Conquista e Umburana, entre 12º e 15º de latitude. A maniçoba de Remanso, tem seu habitat entre o 8º e o 10º de latitude. Foi trazida para a Villa Nova com o nome de “Rasteiro do Galego” acredita-se que é plantação nativa, cresce em todos os tabuleiros arenoso.
CAFÉ, o café foi introduzido em Caravelas por missionários italianos barbadinhos de nomes: Fr. Pedro e Fr. Marcelo, os quais vinham do estremo Sul para pregar missões em Caravelas. “Traziam eles, em suas andanças, uns grãos pretos que duas vezes por dia, torravam uns grãos e moendo-os depois, preparava a bebida quente.” Depoimento de Manuel Fernandes Norinho, informado pelos ditos missionários, ser o café produto do Brasil, obteve meia dúzia de grãos e plantou no sítio do Sacco, uma légua distante de Viçosa. Anos depois, colheu o dito Norinho, mais de meia arroba dos poucos pés de café que cresceram extraordinariamente. E assim, popularizou-se o café brasileiro com largas exportações e consumo interno.
LARANJA – Foi iniciado na Bahia o cultivo pelos jesuítas, que tinham um horto de seleção na Quinta do Colégio ou Quinta dos Padres. As primeiras sementes, foram mandadas vir de Lisboa por Thomé de Sousa, em 1551, sendo distribuídas aos padres e a Garcia D’Avila que a cultivou em suas terras na estância de Itapagipe, anos depois deram o nome de fazenda do coronel.
A plantação por pevide, explicava o padre Nobre “era mais duradoura para a árvore e fazia com que frutificasse mais cedo”.
A cultura por enxertia, eram mais selecionadas (feitas por jesuítas). Em 1734, o conde de Sabugosa, cumprindo uma determinação do Conselho Ultramarino, mandou que se incentivasse o cultivo da laranja, chamado atenção para a “moléstia das manhas” que devia ser curada com “cal viva” caiando-se os troncos.
Em 1798, a maior cultura de laranja, fora a de Dnª Rita Campelo, moradora em Brotas e dona do solar que passou depois a ser o atual Hospital Militar do Exército.
Gabriel Soares descreveu a laranja em seu “Tratado Descritivo do Brasil” – o primeiro livro do cronista do século em 1647.
Meus Comentários:
As laranjas da Bahia eram famosas pelo seu aspecto e sabor inigualável. Não podendo ser exportadas por causa do rápido aproveitamento. Mas suas sementes foram para Portugal e Estados Unidos na Califórnia. Devemos saber que o clima ajuda muito nesta cultura.
Biografia
“A Margem da História da Bahia” – autor- Francisco Borges de Barros (Diretor do Museu do Estado – impresso em 1934)
“Breviário da Bahia” – autor: Afrânio Peixoto..
Trabalho de pesquisa - Álvaro